O herbicida ciclossulfamurom é seletivo, sistêmico, posicionado em pós-emergência para o controle de eudicotiledôneas e ciperáceas.
Marcas comerciais: Invest (WG).
WG – Grânulos dispersíveis em água.
1 – Recomendações de uso:
Culturas: arroz.
Plantas daninhas controladas pelo ciclossulfamurom:
Aguapé-de-flecha (Sagittaria montevidensis)
Aguapé-mirim (Heteranthera reniformis)
Angiquinho (Aeschynomene denticulata)
Capim-macho (Ischaemum rugosum)
Chapéu-de-couro (Sagittaria guyanensis)
Cruz-de-malta (Ludwigia longifolia)
Falso-cominho (Fimbristylis miliacea)
Junquinho (Cyperus iria, Cyperus difformis)
Tiriricão (Cyperus esculentus)
Posicionamento: aplicar em pós-emergência, em arroz cultivado sob semeadura direta, em sistema pré-germinado, no método de benzedura ou pulverização ou, ainda, pulverizar no sistema de transplante de mudas.
Doses: 40 g i.a./ha.
Consulte sempre um(a) engenheiro(a) agrônomo(a) e siga as prescrições da receita agronômica e da bula.
2 – Características físico-químicas do herbicida:
Grupo químico: sulfoniluréia.
Pressão de vapor: <2,2 x 10-5 Pa (20ºC).
Solubilidade: 0,14 mg/L de água (pH 5), 5,79 mg/L (pH 7) e 579 mg/L (pH 9).
pKa: 5,04 (ácido fraco).
Kow: 733 (pH 5), 70,4 (pH 6), 37,6 (pH 7), 3,96 (pH 8).
3 – Comportamento nas plantas:
Absorção e translocação: absorvido tanto pelas raízes, quanto pela parte aérea. Ciclossulfamurom move-se prontamente pela planta.
Mecanismo de ação: inibidor da Acetolactato sintase (ALS).
Classificação HRAC: grupo B.
Sintomatologia: paralisação do crescimento, clorose, necrose e morte.
Metabolismo e seletividade: metabolizado rapidamente por culturas tolerantes como arroz, trigo e cevada. Em espécies suscetíveis, o metabolismo é reduzido.
Casos de resistência: biótipos de sagitária (Sagittaria montevidensis) e junquinho (Cyperus difformis) foram relatados como resistentes ao ciclossulfamurom no Brasil. Há relatos de diversas outras espécies no mundo.
Mecanismos de resistência: sítio de ação alterado.
4 – Comportamento do ciclossulfamurom no ambiente:
Sorção: moderadamente a fortemente adsorvido às partículas do solo.
Koc: –
Kd: 4,6 mL/g.
Transformação: rapidamente degradado na água, sob presença de luz. Além disso, ciclossulfamurom é também degradado por microrganismos do solo. Este processo é fortemente influenciado pelo pH do meio.
Persistência: meia-vida de dois meses em solo com pH 6,1. A persistência aumenta em solos com pH elevado.
Mobilidade: imóvel, permanecendo na camada tratada de 1 a 3 cm de solo.
Volatilização: desprezível.
5 – Tecnologia de aplicação terrestre:
Volume de calda: 200 a 300 L/ha.
Preparação da calda: recomenda-se a adição de adjuvante a 0,25% v/v.
Tamanho de gotas: 200 a 300 micron, de 40 a 80 gotas/cm².
Pontas de pulverização: 80.02, 80.03 ou 110.02, 110.03.
Altura da barra: de 30 a 50 cm em relação ao alvo.
Velocidade do vento: inferior a 8 km/h.
Umidade do ar: superior a 55%.
Temperatura: inferior a 30ºC.
Incompatibilidades e limitações de uso: instável em meio alcalino.
Facilitadores de eficácia: é muito importante iniciar a irrigação até 7 dias após a aplicação e manter a lâmina d’água para melhor funcionamento do produto.
Literatura consultada:
AGROFIT. Sistemas de agrotóxicos fitossanitários. Disponível em: https://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons. Acesso em: 5 fev. 23.
HEAP, I. The international herbicide-resistant weed database. Disponível em: www.weedscience.org. Acesso em: 5 fev. 23.
RODRIGUES, B. N.; ALMEIDA, F. L. S. Guia de herbicidas. 7ª ed. Londrina, 2018. 764 p.
SHANER, D. L. Herbicide Handbook. 10th Edition, Weed Science Society of America, Lawrence, 2014. 513 p.