O herbicida flumicloraque-pentílico é seletivo, de contato, posicionado em pós-emergência para o controle de mono e eudicotiledôneas.
Marcas comerciais: Radiant 100 EC, Resource e Resource 100.
EC – Concentrado emusionável
1 – Recomendações de uso:
Culturas: algodão e soja.
Plantas daninhas controladas pelo flumicloraque-pentílico:
Algodão (Gossypium hirsutum)
Anileira (Indigofera hirsuta)
Apaga-fogo (Alternanthera tenella)
Bamburral (Hyptis suaveolens)
Erva-de-touro (Tridax procumbens)
Estrelinha (Melampodium perfoliatum)
Falsa-serra (Emilia sonchifolia)
Guanxuma (Sida rhombifolia)
Trapoeraba (Commelina benghalensis)
Posicionamento: fazer uma aplicação na cultura da soja, no estágio de 2 a 4 trifólios e as plantas daninhas no estágio de 2 a 4 folhas. Flumicloraque-pentílico deve ser aplicado para a desfolha da cultura do algodão em uma única aplicação, somente quando as plantas de algodão apresentarem 80% ou mais de maçãs abertas.
Doses: 40 a 60 g i.a./ha.
Consulte sempre um(a) engenheiro(a) agrônomo(a) e siga as prescrições da receita agronômica e da bula.
2 – Características físico-químicas do herbicida:
Grupo químico: ciclohexenodicarboximida.
Pressão de vapor: 1,33 x 10-5 Pa (22,4ºC).
Solubilidade: 0,189 mg/L de água (25ºC).
pKa: –
Kow: 97720 (20ºC).
3 – Comportamento nas plantas:
Absorção e translocação: rapidamente absorvido pelas folhas, com praticamente nenhuma translocação.
Mecanismo de ação: inibidor da protoporfirinogênio oxidase (PROTOX).
Classificação HRAC: grupo E.
Sintomatologia: sob luz solar, os sintomas de flumicloraque-pentílico aparecem rapidamente. Os tecidos apresentam aspecto gorduroso, como resultado do extravasamento do conteúdo celular. Logo as lesões, que tem o formato das gotas interceptadas tornam-se marrons, secas e necróticas.
Metabolismo e seletividade: as culturas tolerantes degradam o herbicida rapidamente.
Casos de resistência: leiteiro (Euphorbia heterophylla) no Brasil e losna (Ambrosia artemisiifolia) nos Estados Unidos.
Mecanismos de resistência: absorção diferencial.
4 – Comportamento no ambiente:
Sorção: fortemente adsorvido a argila e a matéria orgânica.
Transformação: rapidamente degradado na água e no solo.
Persistência: meia-vida de, aproximadamente, 1 dia em solo siltoso.
Mobilidade: não lixivia.
Volatilização: perdas desprezíveis.
5 – Tecnologia de aplicação terrestre:
Volume de calda: 150 a 250 L/ha.
Preparação da calda: nenhuma recomendação específica prevista em bula.
Tamanho de gotas: 250 micra.
Pontas de pulverização: leque, série 80 ou 110.
Altura da barra: conforme o ângulo da ponta, o mínimo suficiente para a cobertura uniforme do alvo.
Velocidade do vento: entre 2 e 10 km/h.
Umidade do ar: superior a 70%.
Temperatura: inferior a 27ºC.
Incompatibilidades e limitações de uso: não especificado em bula.
Facilitadores de eficácia: adicionar adjuvante (óleo mineral emulsificado) à calda de pulverização, conforme prescrito em bula.
Literatura consultada:
AGROFIT. Sistemas de agrotóxicos fitossanitários. Disponível em: https://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons. Acesso em: 28 fev. 23.
HEAP, I. The international herbicide-resistant weed database. Disponível em: www.weedscience.org. Acesso em: 28 fev. 23.
RODRIGUES, B. N.; ALMEIDA, F. L. S. Guia de herbicidas. 7ª ed. Londrina, 2018. 764 p.
SHANER, D. L. Herbicide Handbook. 10th Edition, Weed Science Society of America, Lawrence, 2014. 513 p.