Conheça e aplique melhor os herbicidas

Isoxaflutol

O herbicida isoxaflutol é seletivo e seletivo condicional, sistêmico, posicionado em pré-emergência para o controle de mono e eudicotiledôneas.

Marcas comerciais: Adengo (isoxaflutol + tiencarbazona-metílica), Atitude Gold 750 WG, DistintoBR, Durance TM, Fordor Flex, Palmero, Palmero WG, Provence Total (indaziflam + isoxaflutol), Provence 750 WG, Sunaim, Sunpass, Sunward, Tandera, Veden 750 WG e Viana.

SC – Suspensão concentrada
WG – Grânulos dispersíveis em água

 

1 – Recomendações de uso:

Culturas: algodão tolerante a isoxaflutol, algodão, batata, cana-de-açúcar, eucalipto, mandioca, milho, pinus e soja tolerante a isoxaflutol.
Plantas daninhas controladas pelo isoxaflutol:
Capim-amargoso (Digitaria insularis)
Capim-braquiária (Brachiaria decumbens)
Capim-carrapicho (Cenchrus echinatus)
Capim-colchão (Digitaria horizontalis)
Capim-colonião (Panicum maximum)
Capim-marmelada (Brachiaria plantaginea)
Capim-pé-de-galinha (Eleusine indica)
Caruru (Amaranthus retroflexus)
Caruru rasteiro (Amaranthus deflexus)
Caruru-de-mancha (Amaranthus viridis)
Caruru-roxo (Amaranthus hybridus)
Corda-de-viola (Ipomoea purpurea)
Guanxuma (Sida rhombifolia)
Joá-de-capote (Nicandra physaloides)
Mentrasto (Ageratum conyzoides)
Picão-branco (Galinsoga parviflora)
Picão-preto (Bidens pilosa)
Posicionamento: algodão – utilizar na modalidade de aplicação em pós-emergência de jato dirigido, utilizando bicos defletores e jato plano, em torno de 50 dias após a germinação. Batata e mandioca – fazer a aplicação em pré-emergência das plantas daninhas, logo após o plantio da cultura. Cana-de-açúcar – para plantios novos na cultura da cana de açúcar, a recomendação é de aplicação de metade da dose logo após o plantio, na pré-emergência da cultura e das plantas infestantes, seguido de uma segunda aplicação no momento da “quebra do lombo” na pré-emergência das plantas daninhas, com a outra metade da dose em jato dirigido na entre linha da cultura, aos 60 dias após a semeadura. Com exceção da modalidade de aplicação em cana planta onde se recomenda a aplicação sequencial, realizar somente uma única aplicação na pré-emergência da cultura e das plantas infestantes. Milho – fazer uma única aplicação na pré-emergência da cultura e das plantas infestantes. Eucalipto e pinus – fazer uma aplicação após o plantio, ou mesmo no transplante. Algodão e soja tolerantes a isoxaflutol – realizar única aplicação, sobre solo úmido, na pré-emergência das plantas daninhas e da cultura. Quando não for realizada aplicação em pré-emergência na soja, pode ser realizada uma aplicação em pós-emergência da cultura, tendo como limite, o estádio V2.
Doses: 30 a 262 g i.a./ha.

Consulte sempre um(a) engenheiro(a) agrônomo(a) e siga as prescrições da receita agronômica e da bula.

 

2 – Características físico-químicas do herbicida:

Grupo químico: isoxazol.
Pressão de vapor: 3,2 x 10-7 Pa (20ºC) e 1 x 10-6 Pa (25ºC).
Solubilidade: 6,8 mg/L de água (pH 5) e 6,2 mg/L em pH 5,5.
pKa: não ionizável.
Kow: log Kow = 2,32.

 

3 – Comportamento nas plantas:

Absorção e translocação: absorvido pelas raízes e estruturas das sementes, no processo de germinação. Transloca-se primariamente pelo xilema.
Mecanismo de ação: inibidor da Hidroxifenil Piruvato Dioxigenase (HPPD).
Classificação HRAC: grupo F2.
Sintomatologia: os tecidos novos emergem brancos e, ao serem expostos ao sol, necrosam.
Metabolismo e seletividade: culturas tolerantes metabolizam rapidamente o herbicida. Por outro lado, em plantas daninhas altamente suscetíveis, o metabolismo é muito mais lento.
Casos de resistência: até o momento, biótipos de caruru (Amaranthus rudis) e nabo (Raphanus raphanistrum) foram relatados como resistente nos Estados Unidos e na Austrália, respectivamente.
Mecanismos de resistência: sítio de ação alterado, metabolismo aumentado e mecanismos não relacionados ao sítio de ação, porém, ainda não elucidados.

Para acessar todos os herbicidas registrados para uso no Brasil, clique aqui.

 

4 – Comportamento no ambiente:

Sorção:
Koc: varia de 93 a 131 mL/g.
Transformação: isoxaflutol é passível de hidrólise química e degradação microbiana no solo.
Persistência: dissipação em condições de campo (DT50) varia de 0,5 a 2,4 dias.
Mobilidade: móvel no solo.
Volatilização: perdas desprezíveis.

 

5 – Tecnologia de aplicação terrestre:

Volume de calda: 100 a 400 L/ha.
Preparação da calda: efetuar uma pré-mistura da dose recomendada em um vasilhame com um pouco de água, despejar a seguir esta calda no pulverizador, que deverá conter água até a metade de sua capacidade. Após este procedimento, completar a capacidade do reservatório do pulverizador com água, mantendo sempre o sistema em agitação antes e durante todo o processo de pulverização.
Tamanho de gotas: gota média a grossa e direcionando para o solo.
Pontas de pulverização: jato plano (leque) da série 80 ou 110 a uma pressão de 60 psi, de tal forma que se obtenha uma densidade mínima de 20 gotas/cm².
Altura da barra: ajustar a altura da barra com relação ao solo de acordo com as recomendações do fabricante das pontas.
Velocidade do vento: inferior a 10 km/h.
Umidade do ar: superior a 55%.
Temperatura: até 27ºC.
Incompatibilidades e limitações de uso: não aplicar o herbicida em áreas que receberam calagens pesadas em intervalo menor que 90 dias. Além disso, não aplicar em solos leves com menos de 1 % de matéria orgânica. Na cultura do milho, não aplicar o produto em cultivares, variedades de milho branco, milho pipoca e linhagens puras. Para esta cultura, também não aplicar o produto em solos arenosos.
Facilitadores de eficácia: para o preparo da calda, deve-se utilizar água de boa qualidade, livre de coloides em suspensão (terra, argila ou matéria orgânica), uma vez que a presença destes pode reduzir a eficácia do produto.

Literatura consultada:
AGROFIT. Sistemas de agrotóxicos fitossanitários. Disponível em: https://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons. Acesso em: 21 mar. 23.
HEAP, I. The international herbicide-resistant weed database. Disponível em: www.weedscience.org. Acesso em: 21 mar. 23.
RODRIGUES, B. N.; ALMEIDA, F. L. S. Guia de herbicidas. 7ª ed. Londrina, 2018. 764 p.
SHANER, D. L. Herbicide Handbook. 10th Edition, Weed Science Society of America, Lawrence, 2014. 513 p.

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