Conheça e aplique melhor os herbicidas

Ametrina

O herbicida ametrina é seletivo, de ação sistêmica, posicionado em pré e pós-emergência para o controle de mono e eudicotiledôneas.

Acesso rápido

Marcas comerciais

Ametrina: Ameforce, Ametrex WG, Ametrex 500 SC, Ametrina Alta 500 SC, Ametrina CCAB 500 SC, Ametrina CCAB 800 WG, Ametrina Nortox, Ametrina R 500 SC Perterra, Ametrina 500 SC CCAB, Ametrina 500 SC Rainbow, Ametrina 800 WG CHDS, Ametrina 800 WG Rainbow, Compass, DK Plus, Gesamena Plus, Gesapax 500 Ciba-Geigy, Herbipak 500 BR, Hipertrina, Kaner 800 WG, Listar, MegaBR, Megatrina, Metrimex 500 SC, Potomac, Seletrina, Sugarina, Sugarina Plus, Sultão e Wiltryn.
Clomazona + ametrina: Crossover, Sinerge EC e Sirtaki Gold.
Flumioxazina + ametrina: Leale SC, Sumimax AMT.
Trifloxissulfurom-sódico + ametrina: Krismat WG.

Formulações disponíveis
EC – Concentrado emulsionável
SC – Suspensão concentrada
WG – Grânulos dispersíveis em água

1 – Recomendações de uso:

Culturas: abacaxi, café, cana-de-açúcar, mandioca, milho. Além dessas, a mistura formulada de ametrina + clomazona é recomendada para algodão.
Plantas daninhas controladas pela ametrina:
Capim-marmelada (Brachiaria plantaginea)
Capim-pé-de-galinha (Eleusine indica)
Capim-colchão (Digitaria horizontalis, Digitaria sanguinalis)
Capim-colonião (Panicum maximum)
Capim-braquiária (Brachiaria decumbens)
Capim-carrapicho (Cenchrus echinatus)
Corda-de-viola (Ipomoea grandifolia, Ipomoea nil, Ipomoea aristolochiaefolia, Ipomoea purpurea)
Apaga-fogo (Alternanthera tenella)
Beldroega (Portulaca oleraceae)
Caruru-de-mancha (Amaranthus viridis)
Caruru-roxo (Amaranthus hybridus)
Carrapicho-de-carneiro (Acanthospermum hispidum, Acanthospermum australe)
Falsa-serralha (Emilia sonchifolia)
Guanxuma (Sida rhombifolia, Sida cordifolia)
Leiteiro (Euphorbia heterophylla)
Macela (Achyrocline satureioides)
Maria-pretinha (Solanum americanum)
Mastruz (Lepidium virginicum)
Mentrasto (Ageratum conyzoides)
Nabo-bravo (Raphanus raphanistrum)
Picão-branco (Galinsoga parviflora)
Picão-preto (Bidens pilosa)
Poaia (Richardia brasiliensis)
Rubim (Leonorus sibiricus)
Trapoeraba (Commelina benghalensis)
Posicionamento: em pré ou pós emergência das plantas daninhas. No entanto, nas aplicações em pós-emergência, espalhante adesivo deve ser adicionado à calda de pulverização. Além disso, o momento de aplicação depende da cultura em questão, variando desde dias após a semeadura ou transplantio, assim como, manejos específicos como arruação em cafeeiros adultos ou na soca, após o corte da cana-de-açúcar. A aplicação pode ser única ou sequencial, conforme a reinfestação, espaçadas conforme a necessidade de manejo da cultura. Na cultura do milho, aplicar em pós-emergência, em jato dirigido na entrelinha, de 30 a 40 dias após o plantio.
Doses: 1,2 a 5,0 kg de i.a./ha, a depender da cultura, espécie e estádio da planta daninha e textura do solo.

Consulte sempre um(a) engenheiro(a) agrônomo(a) e siga as prescrições da receita agronômica e da bula.

2 – Características físico-químicas do herbicida:

Grupo químico: triazina.
Pressão de vapor: 3,60 x 10-4 Pa (25ºC).
Solubilidade: 200 mg/L de água (pH 7,0 a 22ºC).
pKa: 4,1 (20ºC). A ametrina comporta-se como base fraca.
Kow: 427 em soluções com pH 7 e 25ºC.

imagem da molecula do herbicida ametrina - Ametrina
Figura 1 - Estrutura molecular do herbicida Ametrina.
3 – Comportamento nas plantas

Absorção e translocação: absorvido pelas raízes e pela parte aérea. A absorção foliar é rápida e facilitada por adjuvantes. A translocação de ametrina ocorre principalmente pelo xilema, das raízes para as folhas. Dessa forma, o herbicida concentra-se nos meristemas apicais e na margem das folhas.
Mecanismo de ação: inibição da fotossíntese no Fotossistema II e no transporte de elétrons, causando acúmulos desses na proteína Qb, resultando em peroxidação de lipídeos.
Classificação HRAC: grupo C1.
Sintomatologia: inicia com clorose internerval das folhas e amarelecimento da borda em 2 ou 3 dias após a exposição. Os sintomas de ametrina evoluem para clorose e necrose. As injúrias costumam ser mais acentuadas em tecidos mais velhos da planta, podendo ocorrer também o bronzeamento da ponta das folhas. A morfologia das raízes não é afetada.
Metabolismo e seletividade: plantas tolerantes rapidamente metabolizam a ametrina pela oxidação do grupo metiltio ou pela conjugação com a glutationa.
Casos de resistência: no Brasil, não há relatos de resistência. Em 1987, no Hawaii foi relatada a resistência de capim-coqueirinho (Chloris barbata) ao herbicida. No Iran (2009), biótipos de capim-arroz (Echinochloa colona) identificados como resistentes a ametrina, além de atrazina e metribuzim, em cana-de-açúcar.
Mecanismos de resistência: alterações no sítio de ação do herbicida.

4 – Comportamento no ambiente

Sorção: maior adsorção em solos com maiores teores de matéria orgânica e argila. Também apresenta a maior adsorção dentre as triazinas.
Koc: médio de 300 mL/g de carbono orgânico do solo. 927 mL/g, em solo com 4,8% de matéria orgânica, 42% de argila e pH 5,9.
Kd: 26,2 mL/g de solo com 4,8% de matéria orgânica, 42% de argila e pH 5,9.
Transformação: degradação biológica aeróbica é a principal forma de dissipação da ametrina no solo.
Persistência: a meia-vida média relatada é de 60 dias, podendo variar significativamente, dependendo do solo e condições climáticas.
Mobilidade: pouco móvel.
Volatilização: negligenciável.

5 – Tecnologia de aplicação terrestre

Volume de calda: 150 a 400 L/ha.
Preparação da calda: manter o sistema de agitação em funcionamento.
Tamanho de gotas: acima de 300 mícron, mínimo de 20 gotas/cm².
Pontas de pulverização: leque plano (80.02, 80.04, 110.02, 110.04 e similares).
Altura da barra: 0,5 m acima do alvo ou suficiente para a sobreposição adequada dos jatos.
Velocidade do vento: de 3 a 10 km/h, porém inferior a 6 km/h quando próximo a cultivos suscetíveis.
Umidade do ar: superior a 55%.
Temperatura: inferior a 27ºC.

6 – Incompatibilidades e limitações de uso

Na cultura do café, aplicar em lavouras com idade superior a dois anos. Cultivares de cana-de-açúcar com maior suscetibilidade: IAC 51-205; IAC 52-326; CB-45-3; CB 49-260; CP 5122; CO 997; SP 71-799; SP 70-1143. Capim-colchão, colonião e braquiária apresentam tolerância em pós-emergência tardia. Além disso, para os alvos Brachiaria decumbens, Panicum maximum e Ipomoea grandifolia, a recomendação é de aplicação em pós-emergência nas culturas do abacaxi e cana-de-açúcar.

7 – Facilitadores de eficácia

Utilizar espalhante adesivo nas aplicações em pós-emergência. Além disso, a dose deve estar ajustada para a textura do solo. Quando aplicado em pré-emergência, o solo deve estar livre de torrões e observar a umidade do mesmo. A ametrina tem a eficácia reduzida em condições de estresse hídrico e estádios avançados das plantas daninhas. Por outro lado, necessita de 6 horas sem chuva após a aplicação em pós-emergência.

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Literatura consultada:
AGROFIT. Sistemas de agrotóxicos fitossanitários. Disponível em: https://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons. Acesso em: 24 jan. 23.
HEAP, I. The international herbicide-resistant weed database. Disponível em: www.weedscience.org. Acesso em: 24 jan. 23.
RODRIGUES, B. N.; ALMEIDA, F. L. S. Guia de herbicidas. 7ª ed. Londrina, 2018. 764 p.
SHANER, D. L. Herbicide Handbook. 10th Edition, Weed Science Society of America, Lawrence, 2014. 513 p.

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