Conheça e aplique melhor os herbicidas

Imazapir

O herbicida imazapir é seletivo, seletivo condicional, sistêmico, posicionado em pré e pós-emergência para o controle de mono e eudicotiledôneas.

Marcas comerciais: Amplexus (imazapique + imazapir), Bonara (imazapique + imazapir), Chopper Florestal, Clearsol DF, Contain, Cultifix, Izogor (imazapique + imazapir), Kifix (imazapique + imazapir), Mayoral (imazapique + imazapir), Vaboro (imazapique + imazapir) e Verdum WG (imazapique + imazapir).

SL – Concentrado solúvel
WG – Grânulos dispersíveis em água

 

1 – Recomendações de uso:

Culturas: arroz tolerante a imidazolinonas, cana-de-açúcar, canola tolerante a imidazolinonas, girassol tolerante a imidazolinonas, milho tolerante a imidazolinonas, pastagem, pinus, soja tolerante a imidazolinonas e soja.
Plantas daninhas controladas pelo imazapir:
Ançarinha-branca (Chenopodium album)
Apaga-fogo (Alternanthera tenella)
Azevém (Lolium multiflorum)
Beldroega (Portulaca oleracea)
Buva (Conyza bonariensis, Conyza canadensis)
Capim-amargoso (Digitaria insularis)
Capim-carrapicho (Cenchrus echinatus)
Capim-colchão (Digitaria horizontalis)
Capim-colonião (Panicum maximum)
Capim-marmelada (Brachiaria plantaginea)
Capim-pé-de-galinha (Eleusine indica)
Carrapicho-de-carneiro (Acanthospermum hispidum)
Caruru-de-mancha (Amaranthus viridis)
Caruru-roxo (Amaranthus hybridus)
Cheirosa (Hyptis suaveolens)
Corda-de-viola (Ipomoea grandifolia)
Erva-de-santa-luzia (Chamaesyce hirta)
Erva-de-touro (Tridax procumbens)
Erva-quente (Spermacoce alata)
Fruto-do-pombo (Phytolacca thyrsiflora)
Grama-seda (Cynodon dactylon)
Guanxuma (Sida rhombifolia)
Joá-de-capote (Nicandra physaloides)
Jurubeba (Solanum paniculatum)
Leiteiro (Euphorbia heterophylla)
Maria-mole (Senecio brasiliensis)
Nabiça (Raphanus raphanistrum)
Picão-branco (Galinsoga parviflora)
Picão-preto (Bidens pilosa)
Poaia-branca (Richardia brasiliensis)
Poaia-do-cerrado (Richardia scabra)
Sapé (Imperata brasiliensis)
Tiririca (Cyperus rotundus)
Trapoeraba (Commelina benghalensis)
Vassourinha-de-botão (Spermacoce verticillata)
Posicionamento: soja tolerante a imidazolinonas – desde a pós-emergência inicial, até a pós-emergência normal das plantas daninhas. Milho tolerante a imidazolinonas – aplicar em pré-emergência da cultura e pós-emergência das plantas daninhas. Pinus – aplicar em pré-plantio (45 a 90 dias antes do plantio) ou ainda, em pós-plantio com jato dirigido (60 dias após). Além disso, pode ser utilizado para erradicação de tocos de eucalipto. Canola e girassol tolerantes a imidazolinonas – aplicar em pós-emergência dos cultivos e das plantas daninhas. Cana soca seca – aplicar imazapir logo após a colheita em pré-emergência total da brotação da cana no período de abril a setembro. O cultivo poderá ser realizado antes ou após a aplicação. Cana-planta – a aplicação de despraguejamento poderá ser realizada em pré e/ou pós-emergência das plantas infestantes. Soja tolerante ou não-tolerante a imidazolinonas – aplicar a mistura formulada de imazapique + imazapir em manejo outonal (10 a 20 dias após a colheita do cultivo anterior) ou pré-plantio, em pré ou pós-emergência das plantas daninhas. Arroz tolerante a imidazolinonas – a mistura formulada de imazapique + imazapir possui flexibilidade quanto a época de aplicação, podendo ser recomendada para aplicações em pré-emergência ou pós-emergência das plantas daninhas e da cultura. O espectro de ação da mistura contempla as principais plantas daninhas da cultura, incluindo arroz daninho (Oryza sativa) e capim-arroz (Echinochloa ssp.). Além disso, a mistura é recomendada para pastagem formada a mais de um ano, com aplicação em pós-emergência, em dose única, variando em função das plantas daninhas, estádio de desenvolvimento ou necessidade de maior período de controle.
Doses: 40 a 799 g i.a./ha.

Consulte sempre um(a) engenheiro(a) agrônomo(a) e siga as prescrições da receita agronômica e da bula.

 

2 – Características físico-químicas do herbicida:

Grupo químico: imidazolinona.
Pressão de vapor: <1,3 x 10-5 Pa (45ºC).
Solubilidade: 11272 mg/L de água (pH 7, 25ºC).
pKa: 1,9; 3,6 e 11,0 (ácido fraco).
Kow: 1,3.

3 – Comportamento nas plantas:

Absorção e translocação: rápida absorção foliar. Porém, também é absorvido pelas raízes, translocando-se por ambos, xilema e floema.
Mecanismo de ação: inibidor da Acetolactato sintase (ALS).
Classificação HRAC: grupo B.
Sintomatologia: rápida inibição do crescimento. Posteriormente, os pontos de crescimento tornam-se cloróticos, seguida por lenta clorose e necrose foliar. Além disso, as nervuras e bainhas das folhas podem tornar-se arroxeadas.
Metabolismo e seletividade: a tolerância é resultado do rápido metabolismo.
Casos de resistência: até o momento, 33 casos são relatados. Biótipo de nabo (Raphanus raphanistrum) sobrevive ao imazapir e outros herbicidas no Brasil.
Mecanismos de resistência: principalmente sítio de ação alterado.

4 – Comportamento no ambiente:

Sorção: geralmente fracamente ligado ao solo, porém o comportamento é influenciado pelo teor de matéria orgânica, pH, umidade do solo e tempo de exposição.
Transformação: degradação microbiana é a principal forma de dissipação do imazapir no solo. No entanto, as taxas reduzem consideravelmente quando em ambiente anaeróbico, contribuindo para o aumento da persistência do herbicida nesse contexto.
Persistência: meia-vida varia de 25 a 142 dias, dependendo das características do solo e das condições ambientais.
Mobilidade: normalmente permanece na camada superior de 50 cm.
Volatilização: perdas insignificantes.

5 – Tecnologia de aplicação terrestre:

Volume de calda: 100 a 800 L/ha.
Preparação da calda: colocar água limpa no tanque do pulverizador (pelo menos 3/4 de sua capacidade) ou de tal forma que atinja a altura do agitador (ou retorno) e, com a agitação acionada, adicionar a quantidade recomendada do produto. Também manter a calda sob agitação constante durante a pulverização. A aplicação deve ser realizada no mesmo dia da preparação da calda.
Tamanho de gotas: usar pontas que possibilitem boa cobertura das plantas alvo e produzam gotas de classe acima de grossas em pré emergência das plantas daninhas e gotas de classe acima de muito grossas em pós emergência.
Pontas de pulverização: não especificado em bula.
Altura da barra: a barra deverá estar posicionada em distância adequada do alvo, conforme recomendação do fabricante do equipamento e pontas, de acordo com o ângulo de abertura do jato. Quanto maior a distância entre a barra de pulverização e o alvo a ser atingido, maior a exposição das gotas às condições ambientais adversas, acarretando perdas por evaporação e transporte pelo vento.
Velocidade do vento: entre 5 e 10 km/h.
Umidade do ar: superior a 60%.
Temperatura: inferior a 30ºC.
Incompatibilidades e limitações de uso: reage com ácidos, bases e oxidantes fortes. Para o cultivo de soja não tolerante, a aplicação de imazapique + imazapir deve ocorrer, no mínimo, 30 dias antes da semeadura. Além disso, é extremamente importante que aja uma precipitação acumulada de no mínimo 100 mm nesse período. A ocorrência de chuvas dentro de um período de quatro horas após a aplicação pode afetar o desempenho do produto. Enxaguar diversas vezes o tanque, as tubulações, mangueiras e barras, removendo os bicos e filtros, lavando-os separadamente. Não devem ser cultivados após a aplicação de imazapir na em canola e girassol tolerantes: hortaliças e frutas como repolho, cenoura, abóbora, cebola, pimentão, fumo, tomate e melancia. Podem ser cultivados: trigo, ervilha, azevém, cevada, aveia, soja, milho, feijão milho tolerante a imidazolinonas, amendoim, cana-de-açúcar e arroz. No entanto, o intervalo recomendado entre aplicação (safra ou safrinha) deve ser observado.
Facilitadores de eficácia: usar o adjuvante, conforme prescrito em bula, nas aplicações em pós-emergência.

Literatura consultada:
AGROFIT. Sistemas de agrotóxicos fitossanitários. Disponível em: https://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons. Acesso em: 16 mar. 23.
HEAP, I. The international herbicide-resistant weed database. Disponível em: www.weedscience.org. Acesso em: 16 mar. 23.
RODRIGUES, B. N.; ALMEIDA, F. L. S. Guia de herbicidas. 7ª ed. Londrina, 2018. 764 p.
SHANER, D. L. Herbicide Handbook. 10th Edition, Weed Science Society of America, Lawrence, 2014. 513 p.

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