Conheça e aplique melhor os herbicidas

Imazapique

O herbicida imazapique é seletivo, sistêmico, posicionado em pré e pós-emergência para o controle de mono e eudicotiledôneas.

Marcas comerciais: Amplexus (imazapique + imazapir), Bonara (imazapique + imazapir), Izogor (imazapique + imazapir), Kifix (imazapique + imazapir), Mayoral (imazapique + imazapir), Only (imazapique + imazetapir), Plateau, Plateau Spin, Vaboro, (imazapique + imazapir), Verdum WG (imazapique + imazapir) e Zelone (imazapique + imazetapir).

GR – Granulado
SL – Concentrado solúvel
WG – Grânulos dispersíveis em água

1 – Recomendações de uso:

Culturas: amendoim, arroz tolerante a imidazolinonas, cana-de-açúcar, milho tolerante a imidazolinonas, pastagem, soja tolerante a imidazolinonas, soja convencional e sorgo tolerante a imidazolinonas.
Plantas daninhas controladas pelo imazapique:
Anileira (Indigofera hirsuta)
Apaga-fogo (Alternanthera tenella)
Beldroega (Portulaca oleracea)
Capim pé-de-galinha (Eleusine indica)
Capim-braquiária (Brachiaria decumbens)
Capim-colchão (Digitaria horizontalis)
Capim-colonião (Panicum maximum)
Capim-marmelada (Brachiaria plantaginea)
Caruru (Amaranthus retroflexus)
Corda-de-viola (Ipomoea aristolochiaefolia, Ipomoea grandifolia, Merremia cissoides)
Falsa-serralha (Emilia sonchifolia)
Guanxuma (Sida rhombifolia)
Picão-preto (Bidens pilosa)
Tiririca (Cyperus rotundus)
Posicionamento: cana-de-açúcar – aplicação única em preparação de área (30 a 45 dias antes do plantio em pré ou pós-emergência das plantas daninhas). Além disso, em cana-soca, realizar aplicação única em pré ou pós-emergência das plantas daninhas e em pré da cana-soca. Além disso, a formulação GR deve ser utilizada na pré-emergência das plantas daninhas no cultivo da cana-soca. Neste caso, deve ser distribuída com o auxílio de granuladora manual ou tratorizada. Amendoim – aplicação única em pré ou pós-emergência das plantas daninhas. Em pastagem, a mistura formulada de imazapique + imazapir é aplicada em pós-emergência das plantas daninhas e da cultura. Ainda, é utilizado no sistema Clearfield (CL) de produção, com aplicação em dose única ou sequencial, dependendo da cultura, infestação, estádio de desenvolvimento e fluxos de germinação das plantas daninhas.
Doses: 98 a 245 g i.a./ha, a depender da cultura, plantas daninhas e época de aplicação.

Consulte sempre um(a) engenheiro(a) agrônomo(a) e siga as prescrições da receita agronômica e da bula.

2 – Características físico-químicas do herbicida:

Grupo químico: imidazolinona.
Pressão de vapor: <1,3 x 10-5 Pa (60ºC).
Solubilidade: 2200 mg/L de água (25ºC).
pKa: 2,0; 3,9 e 11,1 (ácido fraco).
Kow: 0,16 (pH 5), 0,01 (pH 7) e 0,002 (pH 9).

3 – Comportamento nas plantas:

Absorção e translocação: absorvido pelas folhas e raízes, movendo-se tanto pelo xilema quanto pelo floema. Embora, este último seja a rota prioritária.
Mecanismo de ação: inibidor da Acetolactato sintase (ALS).
Classificação HRAC: grupo B.
Sintomatologia: rápida inibição do crescimento. Ao longo das semanas, os pontos de crescimento tornam-se cloróticos, lesão que evolui para necrose e morte da planta. Pode ocorrer o arroxeamento de folhas e/ou nervuras.
Metabolismo e seletividade: a rápida velocidade do metabolismo é a principal fonte de tolerância.
Casos de resistência: até o momento, 13 casos são relatados. Dentre eles, populações de arroz daninho (Oryza sativa), nabo (Raphanus raphanistrum) e junquinho (Cyperus iria), no Brasil.
Mecanismos de resistência: principalmente sítio de ação alterado.

4 – Comportamento no ambiente:

Sorção: a adsorção é maior em solos ácidos e com maiores teores de matéria orgânica e argila. No entanto, é reversível.
Transformação: degradado por microrganismos aeróbicos.
Persistência: meia-vida média de 120 dias.
Mobilidade: permanece na camada superficial do solo.
Volatilização: perdas desprezíveis.

5 – Tecnologia de aplicação terrestre:

Volume de calda: 200 a 250 L/ha.
Preparação da calda: colocar água limpa no tanque do pulverizador (pelo menos 3/4 de sua capacidade) ou de tal forma que atinja a altura do agitador (ou retorno) e, com a agitação acionada, adicionar a quantidade recomendada do produto. Também manter a calda sob agitação constante durante a pulverização. A aplicação deve ser realizada no mesmo dia da preparação da calda. Em formulação do tipo WG o produto deve ser adicionado lentamente no tanque do pulverizador sob agitação constante ou pré dissolvido em recipiente adequado. Em pós emergência, adicionar o adjuvante à calda após o produto, conforme dose recomendada. Para os menores volumes de aplicação, não exceder a concentração de 0,5% v/v da calda ou a recomendação descrita na bula do adjuvante.
Tamanho de gotas: usar pontas que possibilitem boa cobertura do solo e produzam gotas de classe acima de grossas, quando utilizado em pré-emergência e gotas de classe acima de muito grossas quando utilizado como pós-emergente.
Pontas de pulverização: não especificado em bula.
Altura da barra: a barra deverá estar posicionada em distância adequada do alvo, conforme recomendação do fabricante do equipamento e pontas, de acordo com o ângulo de abertura do jato. Quanto maior a distância entre a barra de pulverização e o alvo a ser atingido, maior a exposição das gotas às condições ambientais adversas, acarretando perdas por evaporação e transporte pelo vento.
Velocidade do vento: entre 5 e 10 km/h.
Umidade do ar: evitar umidade relativa do ar inferior a 60%.
Temperatura: evitar temperaturas maiores que 30ºC.
Incompatibilidades e limitações de uso: a ocorrência de chuvas dentro de um período de quatro horas após a aplicação pode afetar o desempenho do produto. Não aplicar logo após a ocorrência de chuva ou em condições de orvalho. Além disso, não deve ser aplicado em cana-planta.
Facilitadores de eficácia: em pós-emergência adicione o surfactante recomendado.

Literatura consultada:
AGROFIT. Sistemas de agrotóxicos fitossanitários. Disponível em: https://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons. Acesso em: 15 mar. 23.
HEAP, I. The international herbicide-resistant weed database. Disponível em: www.weedscience.org. Acesso em: 15 mar. 23.
RODRIGUES, B. N.; ALMEIDA, F. L. S. Guia de herbicidas. 7ª ed. Londrina, 2018. 764 p.
SHANER, D. L. Herbicide Handbook. 10th Edition, Weed Science Society of America, Lawrence, 2014. 513 p.

Conheca e aplique melhor mobile - Imazapique

Isoxaflutol

Controle capim-amargoso, capim-pé-de-galinha, caruru, picão e muitas outras plantas daninhas, em pré-emergência, com isoxaflutol!

Ver herbicida »

AVISO DE DIREITOS AUTORAIS: 

Todo o material desse site, sendo proibida toda e qualquer forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer outra forma de uso, sem autorização prévia. E-mail: contato@weedout.com.br

 

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Quer estar por dentro das novidades no manejo de plantas daninhas? Deixe seu email!

Também detestamos spam. Não se preocupe, você não receberá email todo dia! :)

Artigos relacionados:

error:

Facilite a eficácia de controle.

Conheça e aplique melhor: um guia completo de todos os herbicidas registrados para uso no Brasil.

Domine o controle químico das plantas daninhas.

Mantenha-se atualizado!

Receba, direto no seu email, um resumo mensal do nosso conteúdo.

Fique tranquilo, também não gostamos de spam.