Conheça e aplique melhor os herbicidas

Lactofem

O herbicida lactofem é seletivo, de contato, posicionado em pós-emergência para o controle de mono e, principalmente, eudicotiledôneas.

Marcas comerciais: Acillatem, Brado, Drible, Epik, Lactofen Sumitomo 240 EC, Lato e Naja.

EC – Concentrado emulsionável

 

1 – Recomendações de uso:

Culturas: soja
Plantas daninhas controladas pelo lactofem:
Anileira (Indigofera hirsuta)
Apaga-fogo (Alternanthera tenella)
Beldroega (Portulaca oleracea)
Capim-tapete (Mollugo verticilata)
Carrapicho-de-carneiro (Acanthospermum australe)
Carrapicho-rasteiro (Acanthospermum hispidum)
Caruru (Amaranthus retroflexus)
Caruru-de-espinho (Amaranthus spinosus)
Caruru-de-mancha (Amaranthus viridis)
Caruru-rasteiro (Amaranthus deflexus)
Caruru-roxo (Amaranthus hybridus)
Cheirosa (Hyptis suaveolens)
Corda-de-viola (Ipomoea purpurea, Ipomoea aristolochiaefolia, Ipomoea grandifolia)
Erva-de-touro (Tridax procumbens)
Erva-quente (Spermacoce latifolia)
Falsa-serralha (Emilia sonchifolia)
Guanxuma (Sida rhombifolia)
Joá-de-capote (Nicandra physaloides)
Leiteiro (Euphorbia heterophylla)
Malva-de-espinho (Malachra fasciata)
Maria-pretinha (Solanum americanum)
Mentrasto (Ageratum conyzoides)
Mentruz (Lepidium virginicum)
Nabo (Raphanus raphanistrum)
Picão (Blainvillea latifolia)
Picão-branco (Galinsoga parviflora)
Picão-preto (Bidens pilosa)
Poaia-branca (Richardia brasiliensis)
Trapoeraba (Commelina benghalensis)
Posicionamento: realizar uma única aplicação, em pós-emergência, quando a soja estiver entre o 3º e 4º trifólio e as plantas daninhas com até 4 folhas.
Doses: 120 a 180 g i.a./ha.

Consulte sempre um(a) engenheiro(a) agrônomo(a) e siga as prescrições da receita agronômica e da bula.

2 – Características físico-químicas do herbicida:

Grupo químico: éter difenílico.
Pressão de vapor: 5,3 x 10-7 Pa (20ºC) e 1,0 x 10-6 Pa (25ºC).
Solubilidade: 0,1 mg/L de água (22ºC).
pKa: não ionizável.

3 – Comportamento nas plantas:

Absorção e translocação: prontamente absorvido pelas folhas, com translocação muito limitada, principalmente na presença de luz. Logo, é considerado de contato.
Mecanismo de ação: inibidor da protoporfirinogênio oxidase (PROTOX).
Classificação HRAC: grupo E.
Sintomatologia: os sintomas aparecem dentro de horas após a aplicação, quando as plantas estão expostas ao sol. Iniciam pela aparência gordurosa dos tecidos, devido ao extravasamento do conteúdo celular, evoluindo para dessecação e necrose, dentro de 1 a 2 dias. Em algumas espécies ou ainda, em subdoses, pode ocorrer o aspecto bronzeado das folhas.
Metabolismo e seletividade: lactofem é rapidamente metabolizado em espécies tolerantes.
Casos de resistência: até o momento, constam 20 relatos de resistência no mundo. No Brasil, biótipo de leiteiro (Euphorbia heterophylla) sobrevive ao lactofem e outros herbicidas.
Mecanismos de resistência: em caruru, estudos apontam sítio de ação alterado, além de outros mecanismos, até então, desconhecidos. Na população de leiteiro, foi verificada absorção diferencial de fomesafem, ao qual o biótipo também é resistente.

4 – Comportamento no ambiente:

Sorção: fortemente adsorvido à matéria orgânica.
Koc: média de 10000 mL/g.
Transformação: rapidamente degradado por microrganismos aeróbicos. Além disso, é rapidamente hidrolisado em água. Porém, é estável sob pH de 5 a 7.
Persistência: usualmente se dissipa em menos de 7 dias na maioria dos solos.
Mobilidade: imóvel. Subprodutos apresentam maior mobilidade em solos arenosos.
Volatilização: perdas desprezíveis.

5 – Tecnologia de aplicação terrestre:

Volume de calda: 100 a 300 L/ha.
Preparação da calda: o abastecimento do tanque do pulverizador deve ser feito enchendo o tanque até ¾ da sua capacidade com água, mantendo o agitador ou retorno em funcionamento. Adicionar o herbicida, completando por fim o volume com água. A agitação deve ser constante durante a preparação e aplicação do produto. Prepare apenas a quantidade necessária de calda para uma aplicação, pulverizando o mais rápido possível após a sua preparação. Caso aconteça algum imprevisto que interrompa a agitação do produto, agitar vigorosamente a calda antes de reiniciar a operação.
Tamanho de gotas: média a muito grossas. Cabe ressaltar que o herbicida requer excelente cobertura do alvo.
Pontas de pulverização: jato plano ou jato cônico.
Altura da barra: deve permitir boa cobertura das plantas daninhas. Cuidar para que a barra esteja na mesma altura em toda a sua extensão.
Velocidade do vento: entre 3 e 10 km/h. Evitar aplicações com vento superior a 10 km/h.
Umidade do ar: superior a 60%.
Temperatura: entre 20 e 30ºC.
Incompatibilidades e limitações de uso: nos primeiros 10 dias após a aplicação pode ocorrer despigmentação, clorose e enrugamento das nervuras dos folíolos, os quais são reversíveis aos 20 dias, sem prejuízo à produtividade. A cultura da soja não pode estar em condições vegetativas precárias, pois poderá ter sua tolerância reduzida. Além disso, se houver orvalho na lavoura espere o mesmo secar, caso contrário pode ocorrer o aumento da fitotoxicidade. Ainda, precipitações após 1 hora da aplicação não interferem na eficiência do produto.
Facilitadores de eficácia: por ser um herbicida de contato, a calda com lactofem deve atingir todas as gemas e partes da planta para que não haja rebrote ou deficiência no controle.

Literatura consultada:
AGROFIT. Sistemas de agrotóxicos fitossanitários. Disponível em: https://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons. Acesso em: 21 mar. 23.
HEAP, I. The international herbicide-resistant weed database. Disponível em: www.weedscience.org. Acesso em: 21 mar. 23.
RODRIGUES, B. N.; ALMEIDA, F. L. S. Guia de herbicidas. 7ª ed. Londrina, 2018. 764 p.
SHANER, D. L. Herbicide Handbook. 10th Edition, Weed Science Society of America, Lawrence, 2014. 513 p.

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