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Mesotriona

Mesotriona é seletivo, sistêmico, posicionado em pós-emergência para o controle de mono e, principalmente, eudicotiledôneas.

Marcas comerciais: Bellum 480 SC, Calaris (atrazina + mesotriona), Calipen (atrazina + mesotriona), Calipen SC (atrazina + mesotriona), Callisto, Compete, Lamper 480 SC, Lumica, Meristo, Meson 480 SC, Mesopec, Mesotriona Cana Nortox, Mesotriona CCAB 480 SC, Mesotriona Nortox, Mesotrione 480 SC Proventis, Mesotrione Xtra (atrazina + mesotriona) e Tekove 480 SC.

SC – Suspensão concentrada
WG – Grânulos dispersíveis em água

1 – Recomendações de uso:

Culturas: cana-de-açúcar, milheto e milho.
Plantas daninhas controladas por mesotriona:
Apaga-fogo (Alternanthera tenella)
Beldroega (Portulaca oleraceae)
Capim-amargoso (Digitaria insularis)
Capim-colchão (Digitaria horizontalis)
Capim-pé-de-galinha (Eleusine indica)
Carrapicho-de-carneiro (Acanthospermum hispidum)
Carrapicho-rasteiro (Acanthospermum australe)
Caruru (Amaranthus retroflexus)
Caruru-roxo (Amaranthus hybridus)
Corda-de-viola (Ipomoea grandifolia)
Guanxuma (Sida rhombifolia)
Leiteiro (Euphorbia heterophylla)
Nabo (Raphanus raphanistrum)
Picão-branco (Galinsoga parviflora)
Picão-preto (Bidens pilosa)
Trapoeraba (Commelina benghalensis)
Posicionamento: cana-de-açúcar – aplicar em pós-emergência da cultura, após o rebrote da soqueira (cana-soca) ou após a brotação dos toletes (cana-planta), estando a cana com até 8 folhas. Milho e milheto – 2 a 3 semanas após a germinação, na pós-emergência das plantas infestantes. A mistura formulada de atrazina + mesotriona é recomendada para aplicação em pós-emergência, única ou sequencial, na cultura do milho, assim como para o manejo antecipado (manejo outonal) de buva (Conyza bonariensis) e soja voluntária. Nesse caso, é necessário o intervalo de 30 a 45 dias entre aplicação e a próxima semeadura. Além disso, pode ser utilizada para o controle de plantas daninhas e aplicação de pré-colheita na cana-de-açúcar.
Doses: 120 a 192 g i.a./ha.

Consulte sempre um(a) engenheiro(a) agrônomo(a) e siga as prescrições da receita agronômica e da bula.

2 – Características físico-químicas do herbicida:

Grupo químico: tricetona.
Pressão de vapor: 5,69 x 10-6 Pa.
Solubilidade: 2200 mg/L (pH 4,8, a 20ºC) e 15000 mg/L de água (pH 6,9, a 20ºC).
pKa: 3,12 (comporta-se como ácido fraco).

3 – Comportamento nas plantas:

Absorção e translocação: absorvido pela parte aérea e pelas raízes. Também pode ser absorvido durante o processo de germinação e emergência. Mobilidade via xilema e floema.
Mecanismo de ação: inibidor da Hidroxifenil Piruvato Dioxigenase (HPPD).
Classificação HRAC: grupo F2.
Sintomatologia: branqueamento dos tecidos novos seguido por necrose dentro de 3 a 5 dias.
Metabolismo e seletividade: rapidamente metabolizado em milho e cana-de-açúcar.
Casos de resistência: até o momento, são relatados 16 casos de resistência no mundo, sendo quase todos de caruru. Felizmente, nenhum no Brasil.
Mecanismos de resistência: não relacionados ao sítio de ação do herbicida.

4 – Comportamento no ambiente:

Sorção:
Koc: 14 a 390 mL/g.
Transformação: rapidamente degradado no solo por microrganismos.
Persistência: a meia-vida no solo varia de 5 a 15 dias.
Mobilidade: baixo potencial para lixiviação.
Volatilização: perdas desprezíveis.

5 – Tecnologia de aplicação terrestre:

Volume de calda: 100 a 300 L/ha.
Preparação da calda: o produto, na quantidade pré-determinada, poderá ser despejado diretamente no tanque do pulverizador, com pelo menos 1/4 de volume e o sistema de agitação ligado. Em seguida, completar o tanque. O óleo mineral é adicionado como último componente à calda de pulverização, com o tanque quase cheio, mantendo-se a agitação.
Tamanho de gotas: maiores que 400 micrometros.

Pontas de pulverização: bicos leque do tipo Teejet 80.02, 80.03, 80.04, 110.02, 110.03 ou 110.04 ou similares, operando a uma pressão de 30 a 50 libras por polegada quadrada.
Altura da barra: não especificado em bula.
Velocidade do vento: não aplicar com ventos superiores a 10 km/h.
Umidade do ar: acima de 60%.
Temperatura: de 25 a 30ºC.
Incompatibilidades e limitações de uso: não aplicar o produto com o solo seco, principalmente se ocorreu um período de estiagem prolongado, que predispõe as plantas infestantes ao estado de estresse por deficiência hídrica, pois tal condição irá comprometer a eficiência de controle com o herbicida. Por outro lado, a incidência de chuvas, logo após a aplicação, interfere negativamente na eficiência de controle, por acarretar a lavagem do produto. É necessário um período aproximado de 2 a 3 horas sem chuvas, após a aplicação, para que o herbicida seja absorvido pelas plantas. Além disso, o uso de inseticidas ou nematicidas fosforados e carbamatos pode aumentar o sintoma de fitotoxicidade de mesotriona em milho e cana-de-açúcar. Dessa forma, aplicar esses inseticidas e/ou nematicidas 7 dias antes ou após a aplicação do herbicida. Não aplicar sobre variedades ou híbridos especiais para milho pipoca e milho doce.
Facilitadores de eficácia: a adição de espalhantes ou adjuvantes à calda de pulverização é fundamental para o efeito pós-emergente do produto, imprimindo melhor controle das plantas infestantes. Recomenda-se óleo mineral na concentração de 0,5% volume/volume ou conforme especificado em bula.

Literatura consultada:
AGROFIT. Sistemas de agrotóxicos fitossanitários. Disponível em: https://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons. Acesso em: 25 mar. 23.
HEAP, I. The international herbicide-resistant weed database. Disponível em: www.weedscience.org. Acesso em: 25 mar. 23.
RODRIGUES, B. N.; ALMEIDA, F. L. S. Guia de herbicidas. 7ª ed. Londrina, 2018. 764 p.
SHANER, D. L. Herbicide Handbook. 10th Edition, Weed Science Society of America, Lawrence, 2014. 513 p.

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Aminopiralide

Mimetizador de auxinas, o aminopiralide é formulado em misturas muito eficientes no controle de folhas largas em cana-de-açúcar e pastagens.

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