Crescimento lento e deformação nos folíolos após a aplicação do herbicida? Conheça o sintoma de S-metolacloro na cultura da soja!
Os herbicidas inibidores da síntese de ácidos graxos de cadeia longa (K3, segundo o HRAC) inibem a atividade das elongases. Como resultado, afetam a divisão e expansão celular, além da composição e deposição da cera epicuticular.
O S-metolachloro é seletivo para a cultura da soja, no entanto, em situações que reduzem o seu metabolismo, como em baixas temperaturas ou em doses acima do recomendado para o tipo de solo, injúrias podem ocorrer.
Na figura 1, o encurtamento da nervura central dos folíolos, também chamado de “coração”. Um sintoma típico da injúria causada pelo herbicida!
S-metolacloro é uma cloroacetanilidada, usado em pré e pós-emergência de culturas como soja, feijão, cana-de-açúcar, milho e algodão. Controla gramíneas como capim-arroz, capim pé-de-galinha, arroz daninho e papuã. Dentre as folhas largas, estão espécies de caruru, erva-quente e beldroega.
O herbicida é principalmente absorvido pelo tecido jovem das plântulas, em especial, pelos coleóptilos das gramíneas. Dessa forma, é fitotóxico para as plantas daninhas durante a emergência do solo. No entanto, pequena absorção radicular também é verificada, podendo levar a sintomas de S-metolacloro na cultura já estabelecida.
A dose do herbicida é dependente dos teores de matéria orgânica e argila. A persistência é influenciada pelas condições ambientais e pelos microrganismos presentes, a principal forma de dissipação. Assim, o residual pode variar de 15 a 50 dias, havendo relatos de até três meses, onde ainda foram constados sintomas de S-metolacloro.
O conhecimento dos sintomas causados pelos herbicidas é essencial para o correto diagnóstico em campo. Para saber mais, clique aqui.
Literatura consultada
SENSEMAN, S. A. (Ed.). Herbicide handbook. 9.ed. Lawrence: Weed Science Society of America, 2007. 458 p.