Conheça e aplique melhor os herbicidas

Trifluralina

O herbicida trifluralina é seletivo, de contato, posicionado em pré-emergência para o controle de mono e eudicotiledôneas.

Acesso rápido

 

Marcas comerciais

Trifluralina: Arrow, Premerlin 600 EC, Trifluralina, Trifluralina Nortox, Trifluralina Nortox Gold.
Hexazinona + trifluralina: Trifluralina H Nortox.

EC – Concentrado emulsionável

 

1 – Recomendações de uso

Culturas: algodão, alho, amendoim, arroz, aveia, beringela, cana-de-açúcar, cebola, cenoura, centeio, cevada, citros, couve-flor, ervilha, eucalipto, feijão, feijão-caupi, feijão-vagem, girassol, gladíolo, grão-de-bico, lentilha, mandioca, milho, pimentão, quiabo, repolho, roseira, seringueira, soja, tomate, trigo e triticale.
Plantas daninhas controladas por trifluralina:
Alfinetes-de-terra (Silene gallica)
Ançarinha-branca (Chenopodium album)
Apaga-fogo (Alternanthera tenella)
Azevém (Lolium multiflorum)
Beldroega (Portulaca oleracea)
Braquiarão (Brachiaria brizantha)
Capim-amargoso (Digitaria insularis)
Capim-arroz (Echinochloa crusgalli, Echinochloa colona)
Capim-braquiária (Brachiaria decumbens)
Capim-caiana (Panicum cayennense)
Capim-carrapicho (Cenchrus echinatus)
Capim-colchão (Digitaria horizontalis, Digitaria sanguinalis, Digitaria ciliaris, Digitaria nuda)
Capim-colonião (Panicum maximum)
Capim-favorito (Rhynchelytrum repens)
Capim-marmelada (Brachiaria plantaginea)
Capim-massambará (Sorghum halepense)
Capim-mimoso (Eragrostis pilosa)
Capim-oferecido (Pennisetum setosum)
Capim-pé-de-galinha (Eleusine indica)
Capim-rabo-de-raposa (Setaria geniculata)
Capim-tapete (Mollugo verticillata)
Caruru-de-mancha (Amaranthus viridis)
Caruru-gigante (Amaranthus retroflexus)
Caruru-rasteiro (Amaranthus deflexus)
Caruru-roxo (Amaranthus hybridus)
Cevadilha (Bromus catharticus)
Erva-branca (Gnaphalium spicatum)
Erva-de-bicho (Polygonum persicaria)
Grama-azul (Poa annua)
Painço (Panicum dichotomiflorum)
Papuã (Brachiaria platyphylla)
Pega-pingo (Spergula arvensis)
Poaia-branca (Richardia brasiliensis)
Posicionamento: algodão, amendoim, arroz, feijão, girassol, mandioca, milho, pimentão, soja, cevada e trigo– aplicar no solo, em pré-emergência das plantas daninhas e da cultura, sem incorporação e imediatamente após o plantio da cultura e até no máximo três dias após a última operação de manejo do solo para efetuação do plantio, período este em que as sementes das plantas daninhas e das culturas ainda não germinaram.
Cana-de-açúcar – em cana-planta, aplicar no solo após a cobertura dos toletes com 5-8 cm de terra, evitando assim o contato do produto com os toletes de cana. Aplicar trifluralina em pós-plantio e pré-emergência da cultura e das plantas infestantes. Em cana-soca, aplicar logo após a colheita, antes da brotação da cana-de-açúcar e da germinação das plantas infestantes.
Cebola e tomate (transplante) – aplicar em pré-transplante da cultura e pré-emergência das plantas infestantes. A dose maior é para solos com teores de matéria orgânica acima de 5%.
Cenoura – aplicar em pré-emergência da cultura e das plantas infestantes, no sistema plante e aplique, logo após o plantio ou até 2 dias após. No sistema de plantio direto aplicar o produto 7 a 12 dias após a dessecação da área para plantio.
Citros – aplicar em pré-transplante da cultura e das plantas infestantes. A dose maior é para solos com teores de matéria orgânica acima de 5%. Caso não ocorram chuvas até 7 dias após a aplicação, recomenda-se reativar o produto com uma leve incorporação a 2 cm, utilizando-se uma grade de arrasto totalmente travada ou uma capinadeira rotativa de dentes.
Eucalipto, seringueira – aplicar trifluralina em pré-emergência das plantas infestantes, antes da implantação das espécies florestais (pré-plantio), ou nas entrelinhas após a implantação (pós-plantio). Aplicar o produto apenas no sistema de plantio convencional.
Por outro lado, alguns produtos comerciais (Trifluralina Nortox e Trifluralina Milenia) requerem incorporação ao solo à profundidade de 5 a 10 cm, dentro de no máximo 8 horas após a aplicação. A incorporação deve ser feita com grade de discos ou enxada rotativa. Ainda, a mistura formulada de trifluralina + hexazinona deve ser pulverizada após o plantio, em pré emergência da cultura de cana-de-açúcar e das plantas daninhas.
Doses: 540 a 2250 g i.a./ha. A dose varia de acordo com a cultura, plantas daninhas, textura do solo (leve, médio e pesado) e teor de matéria orgânica.

Consulte sempre um(a) engenheiro(a) agrônomo(a) e siga as prescrições da receita agronômica e da bula.

2 – Características físico-químicas do herbicida

Grupo químico: dinitroanilina.
Pressão de vapor: 1,47 x 10-2 Pa (25ºC).
Solubilidade: 0,3 mg/L de água (25ºC).
pKa: não ionizável.
Kow: 118000.

imagem da molecula do herbicida Trifluralina - Trifluralina
Figura 1 - Estrutura molecular da trifluralina.
3 – Comportamento nas plantas

Absorção e translocação: a absorção ocorre, principalmente, pela parte aérea das plântulas durante a emergência (coleóptilo, hipocótilo e epicótilo). Outra forma, um pouco menos importante, é pelas raízes plantulares. Embora trifluralina se acumule em elevadas concentrações nos tecidos, sua mobilidade é bastante limitada, como resultado da alta afinidade pelos lipídeos das membranas celulares.
Mecanismo de ação: inibidor da formação de microtúbulos.
Classificação HRAC: grupo K1.
Sintomatologia: falha na emergência de plantas daninhas sensíveis, apesar da germinação não ser inibida. Ocorre inibição do crescimento radicular, principalmente de raízes laterais e secundárias. Além disso, ocorre o espessamento das extremidades. Em algumas espécies de gramíneas, como o milho, ocorre arroxeamento da base do caule. Também pode ocorre o intumescimento da base do caule, próximo ao solo, quebrando facilmente.
Metabolismo e seletividade: a velocidade de metabolização é dependente da espécie.
Casos de resistência: não foram encontrados relatos de resistência no Brasil. Em nível mundial, totalizam 26 casos.
Mecanismos de resistência: sítio de ação alterado e metabolismo aumentado.

4 – Comportamento no ambiente

Sorção: fortemente adsorvido ao solo. Embora ambas influenciem a adsorção, a afinidade pela matéria orgânica é maior do que pela argila.
Koc: média de 7000 mL/g.
Transformação: degradada por luz UV. Também por isso, algumas formulações de trifluralina requerem incorporação ao solo. Ainda, é degradada por microrganismo, com ênfase nos anaeróbicos.
Persistência: meia-vida típica de 45 dias. No entanto, dependendo das condições ambientais (frio, solo seco), pode chegar a 120 dias.
Mobilidade: imóvel.
Volatilização: podem ocorrer perdas por volatilização quando mantida por muito tempo na superfície de solo secos.

5 – Tecnologia de aplicação terrestre

Volume de calda: 150 a 400 L/ha.
Preparação da calda: coloque a dose indicada de trifluralina no pulverizador com água até ¾ de sua capacidade e em seguida completar o volume agitando constantemente, mantendo o agitador ou retorno em funcionamento. A agitação deve ser constante durante a preparação da calda e aplicação do produto.
Tamanho de gotas: acima de 350μ (micra).
Pontas de pulverização: bicos de jato em leque 80.03, 80.04 ou similar.
Altura da barra: utilizar a menor altura possível da barra para cobertura uniforme, reduzindo a exposição das gotas à evaporação e aos ventos, e consequentemente a deriva.
Velocidade do vento: mínimo – 3 km/hora; máximo – 10 km/hora.
Umidade do ar: mínimo 55%; máximo 95%.
Temperatura: entre 20 a 30ºC é o ideal.

6 – Incompatibilidades e limitações de uso

Com relação à cultura de arroz, além de ser recomendado apenas para arroz de sequeiro, pode ocorrer fitotoxicidade inicial de leve a moderada ao sistema radicular, com recuperação da cultura após 30 dias da aplicação. Além disso, o produto não deve ser aplicado em solo com teor de matéria orgânica superior a 6%. Ainda, a recomendação prevista em bula, a cerca da profundidade de semeadura de cada cultura deve ser observada, sob pena de fitointoxicação.

7 – Facilitadores de eficácia

Não aplicar o produto em solo seco, uma vez que a umidade condiciona a uma melhor ativação do produto. Ainda, o solo deve estar livre de torrões.

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Literatura consultada:
AGROFIT. Sistemas de agrotóxicos fitossanitários. Disponível em: https://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons. Acesso em: 18 mai. 23.
HEAP, I. The international herbicide-resistant weed database. Disponível em: www.weedscience.org. Acesso em: 18 mai. 23.
RODRIGUES, B. N.; ALMEIDA, F. L. S. Guia de herbicidas. 7ª ed. Londrina, 2018. 764 p.
SHANER, D. L. Herbicide Handbook. 10th Edition, Weed Science Society of America, Lawrence, 2014. 513 p.

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