O herbicida flazasulfurom é seletivo, sistêmico, posicionado em pré e pós-emergência para o controle de mono e eudicotiledôneas.
Marcas comerciais: Katana.
WG – Grânulos dispersíveis em água
1 – Recomendações de uso:
Culturas: cana-de-açúcar, citros, café e tomate.
Plantas daninhas controladas pelo flazasulfurom:
Beldroega (Portulaca oleracea)
Capim-braquiária (Brachiaria decumbens)
Capim-carrapicho (Cenchrus echinatus)
Capim-colchão (Digitaria horizontalis)
Capim-marmelada (Brachiaria plantaginea)
Capim-pé-de-galinha (Eleusine indica)
Carrapicho-de-carneiro (Acanthospermum hispidum)
Caruru-de-mancha (Amaranthus viridis)
Corda-de-viola (Ipomoea grandifolia)
Leiteiro (Euphorbia heterophylla)
Nabiça (Raphanus raphanistrum)
Picão-preto (Bidens pilosa)
Tiririca (Cyperus rotundus)
Posicionamento: cana-de-açúcar, citros – aplicar logo após o plantio da cultura, antes da emergência das plantas daninhas. Café, cana-de-açúcar e tomate – plantas daninhas com até 2 perfilhos ou 6 folhas. Fazer duas aplicações: 1ª – quando a tiririca estiver com 5 a 8 folhas. 2ª – quando a rebrota estiver com 5 a 8 folhas (30 a 35 dias após a 1ª aplicação).
Doses: 37 a 100 g i.a./ha.
Consulte sempre um(a) engenheiro(a) agrônomo(a) e siga as prescrições da receita agronômica e da bula.
2 – Características físico-químicas do herbicida:
Grupo químico: sulfoniluréia.
Pressão de vapor: <1,3 x 10-5 Pa.
Solubilidade: 27 mg/L (pH 5), 2100 mg/L (pH 7).
pKa: 4,37 (20ºC). Flazasulfurom comporta-se como ácido fraco.
Kow: log Kow = -0,06.
3 – Comportamento nas plantas:
Absorção e translocação: absorvido tanto pelas raízes, quanto pela parte aérea. Translocado pelo floema.
Mecanismo de ação: inibidor da Acetolactato sintase (ALS).
Classificação HRAC: grupo B.
Sintomatologia: clorose dos pontos de crescimento, seguida de necrose foliar e morte.
Metabolismo e seletividade: rápido metabolismo nas espécies tolerantes.
Casos de resistência: populações de Senecio vulgaris, Conyza sumatrensis e Cyperus brevifolius sobrevivem ao herbicida na França e no Japão.
Mecanismos de resistência: sítio de ação alterado.
4 – Comportamento no ambiente:
Sorção: –
Koc: 30 a 43 mL/g.
Kd: –
Transformação: rapidamente degradado no solo.
Persistência: meia-vida de 13 a 16 dias.
Mobilidade: –
Volatilização: desprezível.
5 – Tecnologia de aplicação terrestre:
Volume de calda: 200 a 400 L/ha.
Preparação da calda: O sistema de agitação do produto no tanque, deve ser mantido em funcionamento durante toda a aplicação.
Tamanho de gotas: não especificado pela bula.
Pontas de pulverização: 80.02, 80.03, 110.02, 110.03.
Altura da barra: suficiente para proporcionar cobertura uniforme do alvo.
Velocidade do vento: não especificado em bula.
Umidade do ar: não especificado em bula.
Temperatura: não especificado em bula.
Incompatibilidades e limitações de uso: a distribuição inadequada do flazasulfurom pode resultar numa maior concentração do produto em algumas áreas e consequentemente causar fitotoxicidade em culturas subsequentes, principalmente na cultura do milho. Não realizar o plantio de outras culturas antes de 180 (cento e oitenta) dias após a aplicação do flazasulfurom. Observar que durante este período (180 dias) deverá ocorrer na área aplicada uma precipitação ou irrigação de no mínimo 500 mm. Não aplicar o produto em tomate envarado.
Literatura consultada:
AGROFIT. Sistemas de agrotóxicos fitossanitários. Disponível em: https://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons. Acesso em: 18 fev. 23.
HEAP, I. The international herbicide-resistant weed database. Disponível em: www.weedscience.org. Acesso em: 18 fev. 23.
RODRIGUES, B. N.; ALMEIDA, F. L. S. Guia de herbicidas. 7ª ed. Londrina, 2018. 764 p.
SHANER, D. L. Herbicide Handbook. 10th Edition, Weed Science Society of America, Lawrence, 2014. 513 p.