Conheça e aplique melhor os herbicidas

Tepraloxidim

O herbicida tepraloxidim é seletivo, sistêmico, posicionado em pós-emergência para o controle de gramíneas.

Acesso rápido

Marcas comerciais de tepraloxidim: Aramo 200.

EC – Concentrado emulsionável

1 – Recomendações de uso

Culturas: algodão, feijão e soja.
Plantas daninhas controladas pelo tepraloxidim:
Aveia (Avena sativa)
Azevém (Lolium multiflorum)
Capim-camalote (Rottboelia exaltata)
Capim-carrapicho (Cenchrus echinatus)
Capim-colchão (Digitaria horizontalis, Digitaria sanguinalis)
Capim-custódio (Pennisetum setosum)
Capim-marmelada (Brachiaria plantaginea)
Capim-massambará (Sorghum halepense)
Capim-pé-de-galinha (Eleusine indica)
Milheto (Pennisetum americanum)
Milho voluntário (Zea mays)
Posicionamento: aplicar em pós-emergência da cultura e das plantas daninhas.
Doses: 75 a 100 g i.a./ha. A dose é resultado da espécie e estádio da planta daninha alvo.

Consulte sempre um(a) engenheiro(a) agrônomo(a) e siga as prescrições da receita agronômica e da bula.

2 – Características físico-químicas do herbicida

Grupo químico: oxima ciclohexanodiona.
Pressão de vapor: 2,7 x 10-5 Pa (25ºC).
Solubilidade: 430 mg/L de água (pH 6,5) e 7250 mg/L (pH 9).
pKa: 4,58. Dessa forma, tepraloxidim se comporta como ácido fraco.
Kow: log Kow = 2,44 (pH 4); 0,20 (pH 7), -1,15 (pH 9).

imagem da molecula do herbicida Tepraloxidim - Tepraloxidim
Figura 1 – Estrutura molecular do herbicida Tepraloxidim.
3 – Comportamento nas plantas

Absorção e translocação: absorvido pelas raízes e parte aérea. Translocado, predominantemente, pelo floema.
Mecanismo de ação: inibidor da Acetil CoA carboxilase (ACCase).
Classificação HRAC: grupo A.
Sintomatologia: inibição do crescimento em poucos dias após a aplicação. Como resultado do mecanismo de ação, ocorre clorose dos pontos de crescimento, seguida de necrose. Dessa forma, as folhas centrais das gramíneas soltam com facilidade, evoluindo para necrose generalizada e morte. Antes disso, as bainhas e folhas mais velhas podem exibir coloração avermelhada, arroxeada ou ainda, amarronzada.
Metabolismo e seletividade: metabolizado pelas gramíneas tolerantes.
Casos de resistência: até o momento, os relatos de resistência em nível mundial, totalizam sete casos.
Mecanismos de resistência: sítio de ação alterado. No entanto, os mecanismos não foram elucidados na maioria dos casos reportados.

4 – Comportamento no ambiente

Sorção:
Koc: 3,7 a 77,2 mL/g.
Kd: 0,11 a 1, mL/g.
Transformação: passível de fotodegradação no solo. Além disso, sofre rápida hidrólise quando em meio ácido.
Persistência: não persistente em condições aeróbicas. Porém, tepraloxidim apresenta moderada persistência em solos inundados, sob condições anaeróbicas.
Mobilidade: altamente móvel.
Volatilização: perdas desprezíveis.

5 – Tecnologia de aplicação terrestre

Volume de calda: 200 L/ha.
Preparação da calda: colocar água limpa no tanque do pulverizador (pelo menos 3/4 de sua capacidade) ou de tal forma que atinja a altura do agitador (ou retorno) e, com a agitação acionada, adicionar a quantidade recomendada do produto. Também manter a calda sob agitação constante durante a pulverização. Além disso, a aplicação deve ser realizada no mesmo dia da preparação da calda. Adicionar o adjuvante à calda após o produto.
Tamanho de gotas e pontas de pulverização: usar pontas que possibilitem boa cobertura das plantas alvo e produzam gotas de classe acima de muito grossas (VC), conforme norma ASABE.
Altura da barra: a barra deverá estar posicionada em distância adequada do alvo, conforme recomendação do fabricante do equipamento e pontas, de acordo com o ângulo de abertura do jato. Quanto maior a distância entre a barra de pulverização e o alvo a ser atingido, maior a exposição das gotas às condições ambientais adversas, acarretando perdas por evaporação e transporte pelo vento.
Velocidade do vento: entre 5 e 10 km/h.
Umidade do ar: acima de 60%.
Temperatura: abaixo de 30ºC.

6 – Incompatibilidades e limitações de uso

A ocorrência de chuvas dentro de um período de quatro horas após a aplicação pode afetar o desempenho do produto. Além disso, não deve ser aplicado logo após a ocorrência de chuva ou em condições de orvalho.

7 – Facilitadores de eficácia

A adição de adjuvante favorece a distribuição da calda sobre a folhagem, melhorando a penetração, o que resulta no melhor controle das plantas infestantes. Além disso, a adição de sulfato de amônio na concentração de 1 a 2% do volume da calda tende a minimizar os problemas decorrentes de adversidades ambientais, bem como melhorar o controle das plantas infestantes. Ainda, a aplicação no estádio adequado de controle é fundamental para a obtenção de elevados níveis de eficácia.

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Literatura consultada:
AGROFIT. Sistemas de agrotóxicos fitossanitários. Disponível em: https://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons. Acesso em: 5 mai. 23.
HEAP, I. The international herbicide-resistant weed database. Disponível em: www.weedscience.org. Acesso em: 5 mai. 23.
RODRIGUES, B. N.; ALMEIDA, F. L. S. Guia de herbicidas. 7ª ed. Londrina, 2018. 764 p.
SHANER, D. L. Herbicide Handbook. 10th Edition, Weed Science Society of America, Lawrence, 2014. 513 p.

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