O fumigante metam-sódico é seletivo, sistêmico, posicionado em pré-semeadura para o controle de mono e eudicotiledôneas.

Marcas comerciais: Bunema 300 SL.

SL – Concentrado solúvel

1 – Recomendações de uso:

Culturas: abóbora, abobrinha, alho, batata, batata doce, berinjela, beterraba, cebola, cenoura, fumo, gengibre, mandioquinha-salsa, morango, pepino, pimenta, pimentão, plantas ornamentais, rabanete e tomate.
Plantas daninhas controladas pelo metam-sódico:
Beldroega (Portulaca oleracea)
Capim-carrapicho (Cenchrus echinatus)
Capim-pé-de-galinha (Eleusine indica)
Caruru-de-mancha (Amaranthus viridis)
Caruru-roxo (Amaranthus hybridus)
Guanxuma (Sida rhombifolia)
Mastruz (Lepidium virginicum)
Picão-branco (Galinsoga parviflora)
Picão-preto (Bidens pilosa)
Poaia (Richardia brasiliensis)
Trapoeraba (Commelina benghalensis)
Posicionamento: como fumigante de solo, em pré-emergência das plantas daninhas e pré-semeadura (14 a 21 dias) das culturas. Revolver a terra na maior profundidade possível, destorroar e deixar a superfície plana, similar à preparação para plantio. Se a terra estiver seca, fazer uma boa irrigação entre 5 a 10 dias antes da aplicação de metam-sódico, mantendo a umidade do solo entre 60 a 80% da capacidade de campo. Como trata-se de um herbicida pós-emergente, logo, há necessidade de irrigar o solo para que ocorra a superação de dormência das sementes das plantas daninhas e germinação. A aplicação de metam-sódico nas doses que variam de 750 a 1000 litros/ha, na profundidade de 20 cm a 30 cm respectivamente, pode ser realizada de várias maneiras: através da água de irrigação por aspersor, pivô central ou gotejamento. Após a aplicação, é necessário adotar medidas para evitar a evasão do gás fumigante liberado, como cobertura com filme plástico, uso de rolo compactador ou irrigação.
Doses: 287 a 383 kg i.a./ha.

Consulte sempre um(a) engenheiro(a) agrônomo(a) e siga as prescrições da receita agronômica e da bula.

2 – Características físico-químicas do herbicida:

Grupo químico: precursor de isotiocianato de metila.
Pressão de vapor: 3,2 x 10³ Pa (25ºC).
Solubilidade: 722000 mg/L de água (20ºC).
pKa: 4,9 (ácido fraco).
Kow: 0,19.

3 – Comportamento nas plantas:

Absorção e translocação: apesar de ter atividade foliar, é prontamente absorvido pelas raízes e translocado brevemente pelo xilema, uma vez que danifica o tecido vascular.
Mecanismo de ação: não é completamente compreendido. Metam-sódico interfere em diversos processos, como na atividade de enzimas contendo cobre e outros metais cofatores enzimáticos. Além disso, interage com grupos tiol em enzimas em proteínas.
Classificação HRAC: grupo Z.
Sintomatologia: inibe a emergência ou causa a morte durante o processo de germinação.
Metabolismo e seletividade: rapidamente convertido para metil isotiocianato, que é a forma fitotóxica.
Casos de resistência: não foram localizados relatos de resistência.

4 – Comportamento no ambiente:

Sorção: fracamente adsorvido ao solo.
Koc: média de 10 mL/g.
Kd: 0,02 – 0,08 mL/g.
Transformação: passível de fotólise e degradado rapidamente na presença de umidade no solo.
Persistência: extremamente curta (1 a 5 horas em solo úmido).
Mobilidade: lixivia facilmente.
Volatilização: metil isotiocianato é altamente volátil.

5 – Tecnologia de aplicação terrestre:

Volume de calda: 750 a 1000 L/ha.
Incompatibilidades e limitações de uso: não deve ser utilizado em misturas.
Facilitadores de eficácia: para garantir a eficácia apropriada, é requerida a umidade mínima do solo, variando entre 60 a 80% da capacidade de campo.

Literatura consultada:
AGROFIT. Sistemas de agrotóxicos fitossanitários. Disponível em: https://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons. Acesso em: 28 mar. 23.
HEAP, I. The international herbicide-resistant weed database. Disponível em: www.weedscience.org. Acesso em: 28 mar. 23.
SHANER, D. L. Herbicide Handbook. 10th Edition, Weed Science Society of America, Lawrence, 2014. 513 p.