Conheça e aplique melhor os herbicidas

Iodossulfurom-metílico-sódico

O herbicida iodossulfurom-metílico-sódico é seletivo, sistêmico, posicionado em pós-emergência para o controle de mono e eudicotiledôneas.

Marcas comerciais: Equip Plus (foramsulfurom + iodossulfurom-metílico-sódico), Esplanade Optima (indaziflam + iodossulfurom-metílico-sódico) e Hussar.

WG – Grânulos dispersíveis em água

1 – Recomendações de uso:

Culturas: arroz, cana-de-açúcar, eucalipto, milho, pinus e trigo.
Plantas daninhas controladas pelo iodossulfurom-metílico-sódico:
Aveia-preta (Avena strigosa)
Azevém (Lolium multiflorum)
Buva (Conyza bonariensis)
Caruru (Amaranthus retroflexus)
Corda-de-viola (Ipomoea grandifolia)
Nabiça (Raphanus raphanistrum)
Picão-preto (Bidens pilosa)
Soja (Glycine max)
Posicionamento: sempre em pós-emergência das culturas e das plantas daninhas. Arroz – a aplicação pode ser realizada até o pleno perfilhamento da cultura. Cana-de-açúcar – aplicar o produto quando a cultura se apresentar com até 50 cm de altura. Trigo – aplicar o produto em pós-emergência inicial e mediana das plantas daninhas. Especificamente para o controle da aveia-preta, realizar a aplicação até a fase de início do perfilhamento (1 perfilho) e para o controle da buva, aplicar nos estádios de desenvolvimento de 2 a 4 folhas. Realizar no máximo 01 aplicação por ciclo das culturas. Eucalipto e pinus – aplicar a mistura formulada com indaziflam somente em jato dirigido na entrelinha da cultura a 50 cm de distância da linha de plantio, em pré-emergência e pós-emergência das plantas daninhas, a partir de 45 dias após o plantio das mudas. Quanto a mistura com foramsulfurom, a aplicação deverá ocorrer na pós-emergência da cultura do milho e das plantas infestantes, quando a cultura se apresentar com 2 a 6 folhas e entre 10 a 25 cm de altura. As plantas infestantes deverão estar no estádio de 2 a 6 folhas no caso das dicotiledôneas e entre 1 folha até 1 perfilho para as gramíneas, devendo-se utilizar a dose maior em estágios mais desenvolvidos.
Doses: 3,5 a 20 g i.a./ha. A dose depende da cultura e das plantas daninhas.

Consulte sempre um(a) engenheiro(a) agrônomo(a) e siga as prescrições da receita agronômica e da bula.

2 – Características físico-químicas do herbicida:

Grupo químico: sulfoniluréia.
Pressão de vapor: 6,7 x 10-9 Pa (25ºC).
Solubilidade: 0,16 g/L de água (pH 5, 20ºC), 25 g/L (pH 7, 20ºC) e 65 g/L (pH 9, 20ºC).
pKa: 3,22 (ácido fraco).
Kow: log Kow = 1,07 (pH 5) e -0,70 (pH 7).

3 – Comportamento nas plantas:

Absorção e translocação: absorvido pelas raízes e pelas folhas. No entanto, a translocação ocorre, prioritariamente, pelo floema.
Mecanismo de ação: inibidor da Acetolactato sintase (ALS).
Classificação HRAC: grupo B.
Sintomatologia: o crescimento cessa rapidamente. Posteriormente, ocorre clorose dos pontos de crescimento, seguida por necrose e morte em algumas semanas.
Metabolismo e seletividade: o herbicida é degradado em plantas tolerantes.
Casos de resistência: os relatos de resistência totalizam, até o momento, 113 casos. No Brasil, biótipos de losna (Parthenium hysterophorus), picão-preto (Bidens subalternas), azevém (Lolium multiflorum) e nabo (Raphanus raphanistrum) foram relatados como resistente.
Mecanismos de resistência: sítio de ação alterado, metabolismo aumentado, dentre outros não relacionados ao sítio de ação.

4 – Comportamento no ambiente:

Sorção:
Koc: 10 – 90 mL/g.
Transformação: o iodossulfurom-metílico-sódico sobre fotodegradação.
Persistência: meia-vida de 1 a 5 dias.
Volatilização: não volátil.

5 – Tecnologia de aplicação terrestre:

Volume de calda: 200 a 300 L/ha.
Preparação da calda: utilizar água de boa qualidade, livre de coloides em suspensão (terra, argila ou matéria orgânica), pois a presença destes pode reduzir a eficácia do produto. Preencher o tanque do pulverizador com água até a metade de sua capacidade; em seguida fazer a pré-diluição do herbicida em um recipiente não reativo (plástico, fibra de vidro), adicionando a dose recomendada para cada cultivo em 5 a 10 litros de água. Agitar com um bastão plástico até que a pré-calda esteja homogênea, assegurando a completa umectação e dispersão dos aglomerantes presentes na formulação. Após esta etapa, adicionar a pré-mistura no pulverizador e completar o volume do tanque e colocar o adjuvante adesivo recomendado, mantendo sempre o sistema em agitação e retorno ligado durante todo o processo de preparo e pulverização. Não misturar com fertilizantes líquidos.
Tamanho de gotas: gota média a grossa.
Pontas de pulverização: tipo leque (jato plano).
Altura da barra: a mesma com relação ao alvo em toda sua extensão, devendo esta altura ser adequada ao estágio de desenvolvimento da cultura de forma a permitir uma perfeita cobertura das plantas.
Velocidade do vento: entre 3 e 10 km/h.
Umidade do ar: superior a 55%.
Temperatura: menor que 30ºC.
Incompatibilidades e limitações de uso: após o produto ter sido aplicado em determinada área, aguardar 30 (trinta) dias para semeadura de aveia e/ou azevém, na mesma área. Além disso, deve ser observado um período de 2 horas sem ocorrência de chuvas ou orvalhos intensos. Também, deve-se respeitar o prazo de 90 dias para semeadura das culturas de soja, milho, girassol, algodão, feijão e hortaliças.
Facilitadores de eficácia: adicionar o espalhante adesivo a base de lauril éter sulfato de sódio 0,3% da calda de aplicação, conforme prescrito em bula.

Literatura consultada:
AGROFIT. Sistemas de agrotóxicos fitossanitários. Disponível em: https://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons. Acesso em: 20 mar. 23.
HEAP, I. The international herbicide-resistant weed database. Disponível em: www.weedscience.org. Acesso em: 20 mar. 23.
RODRIGUES, B. N.; ALMEIDA, F. L. S. Guia de herbicidas. 7ª ed. Londrina, 2018. 764 p.
SHANER, D. L. Herbicide Handbook. 10th Edition, Weed Science Society of America, Lawrence, 2014. 513 p.

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