O herbicida asulam é seletivo, sistêmico, posicionado em pós-emergência para o controle de gramíneas na cana-de-açúcar.
Marcas comerciais: Asulox 400 (SL).
SL – Concentrado solúvel
1 – Recomendações de uso do asulam:
Culturas: cana-de-açúcar.
Plantas daninhas controladas:
Capim-amargoso (Digitaria insularis)
Capim-colchão (Digitaria horizontalis, Digitaria sanguinalis)
Capim-favorito (Rhynchelitrum repens)
Capim-fino (Brachiaria mutica)
Capim-gengibre (Paspalum maritimum)
Capim-marmelada (Brachiaria plantaginea)
Capim-pé-de-galinha (Eleusine indica)
Grama-seda (Cynodon dactylon)
Posicionamento: realizar apenas uma aplicação, em pós-emergência da cultura e das plantas daninhas.
Doses: 3600 g e.a./ha.
Consulte sempre um(a) engenheiro(a) agrônomo(a) e siga as prescrições da receita agronômica e da bula.
2 – Características físico-químicas do herbicida:
Grupo químico: sulfanilicarbamato.
Pressão de vapor: 1,3 x 10-5 Pa (25ºC).
Solubilidade: 534000 mg/L de água (27ºC).
pKa: 4,82 (ácido fraco).
Kow: 1,01.
3 – Comportamento nas plantas:
Absorção e translocação: prontamente absorvido pelas folhas e, em menor grau, pelas raízes. Móvel no xilema e floema e transloca-se para os pontos de crescimento. Em gramíneas perenes, pode se mover para as estruturas de reserva.
Mecanismo de ação: inibidor da síntese de DHP.
Classificação HRAC: grupo I.
Sintomatologia: clorose em folhas jovens e atrofia de plantas, seguidas por necrose dos tecidos. Ocorre primeiro a morte dos pontos de crescimento (em 1 a 2 semanas) enquanto o restante da planta senesce lentamente.
Metabolismo e seletividade: metabolizado pelas espécies tolerantes.
Casos de resistência: não foram encontrados registros de resistência ao asulam.
4 – Comportamento no ambiente:
Sorção: fraca a moderadamente adsorvido pelo solo.
Koc: média de 40 mL/g.
Transformação: degradado pela luz solar e por fungos do solo.
Persistência: a meia-vida em condições de campo é de 7 dias, no entanto, pode variar de acordo com as características do solo.
Mobilidade: média a elevada mobilidade. No entanto, o potencial para lixiviação é muito baixo, como resultado da rápida degradação.
Volatilização: negligenciável.
5 – Tecnologia de aplicação terrestre:
Volume de calda: 200 L/ha.
Preparação da calda: usar agitação constante desde a preparação da calda até o término da pulverização.
Tamanho de gotas: grossas ou extremamente grossas.
Pontas de pulverização: não especificado em bula.
Altura da barra: deve permitir a adequada sobreposição dos jatos.
Velocidade do vento: entre 2 e 10 km/h.
Umidade do ar: igual ou superior à 55%.
Temperatura: máxima de 30ºC.
Incompatibilidades e limitações de uso: incompatível com produtos ácidos, por isso, deve ser aplicado isoladamente.
Facilitadores de eficácia: a penetração foliar máxima ocorre quando temperaturas entre 25 e 35ºC sucedem à aplicação.
Literatura consultada:
AGROFIT. Sistemas de agrotóxicos fitossanitários. Disponível em: https://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons. Acesso em: 28 jan. 23.
HEAP, I. The international herbicide-resistant weed database. Disponível em: www.weedscience.org. Acesso em: 28 jan. 23.
RODRIGUES, B. N.; ALMEIDA, F. L. S. Guia de herbicidas. 7ª ed. Londrina, 2018. 764 p.
SHANER, D. L. Herbicide Handbook. 10th Edition, Weed Science Society of America, Lawrence, 2014. 513 p.