O herbicida imazamoxi é seletivo, sistêmico, posicionado em pós-emergência para o controle de mono e eudicotiledôneas.
Marcas comerciais: Adifac (bentazona + imazamoxi), Amplo (bentazona + imazamoxi), Raptor 70 DG e Sweeper.
SL – Concentrado solúvel
WG – Grânulos dispersíveis em água
1 – Recomendações de uso:
Culturas: amendoim, arroz tolerante a imidazolinonas, canola tolerante a imidazolinonas, feijão, girassol tolerante a imidazolinonas, soja e trigo tolerante a imidazolinonas.
Plantas daninhas controladas pelo imazamoxi:
Apaga-fogo (Alternanthera tenella)
Aveia-preta (Avena strigosa)
Azevém (Lolium multiflorum)
Beldroega (Portulaca oleraceae)
Caruru (Amaranthus lividus)
Caruru-de-espinho (Amaranthus spinosus)
Caruru-roxo (Amaranthus hybridus)
Cheirosa (Hyptis suaveolens)
Cipó-de-veado (Polygonum convolvulus)
Colza (Brassica rapa)
Corda-de-viola (Ipomoea aristolochiaefolia, Ipomoea grandifolia)
Erva-salsa (Bowlesia incana)
Esparguta (Stellaria media)
Guaxuma (Sida rhombifolia)
Joá-de-capote (Nicandra physaloides)
Leiteiro (Euphorbia heterophylla)
Maria-pretinha (Solanum americanum)
Nabiça (Raphanus raphanistrum)
Picão-preto (Bidens pilosa)
Poaia-branca (Richardia brasiliensis)
Trapoeraba (Commelina benghalensis)
Posicionamento: soja e feijão – aplicar imazamoxi em pós-emergência, do 1º até o 3º trifólio. Girassol, canola e trigo tolerantes a imidazolinonas – aplicar o produto com as plantas daninhas em crescimento vegetativo, nos estádios de 2 a 4 folhas. A mistura formulada de bentazona + imazamoxi é seletiva para as culturas do feijão, amendoim e arroz tolerante a imidazolinonas cultivado nos sistemas de sequeiro e irrigado.
Doses: 24 a 91 g i.a./ha.
Consulte sempre um(a) engenheiro(a) agrônomo(a) e siga as prescrições da receita agronômica e da bula.
2 – Características físico-químicas do herbicida:
Grupo químico: imidazolinona.
Pressão de vapor: 1,3 x 10-5 Pa (60ºC).
Solubilidade: miscível em água.
pKa: 2,3; 3,3 e 10,8. Dessa forma, imazamoxi estará na forma ionizada quando em meio com pH de 5 a 9.
Kow: 5,36.
3 – Comportamento nas plantas:
Absorção e translocação: rapidamente absorvido pelas folhas. É também absorvido pelas raízes, porém de forma muito mais lenta. Move-se na planta tanto pelo floema, quanto pelo xilema.
Mecanismo de ação: inibidor da Acetolactato sintase (ALS).
Classificação HRAC: grupo B.
Sintomatologia: inibição rápida do crescimento, seguida de lenta clorose, que evolui para necrose e morte.
Metabolismo e seletividade: rápido metabolismo para formas não tóxicas nas espécies tolerantes. Além disso, nessas espécies, também se verifica mobilidade lenta, favorecendo a degradação. Por outro lado, nas plantas mais suscetíveis, o metabolismo costuma ser mais lento.
Casos de resistência: dos 71 relatos, leiteiro (Euphorbia heterophylla) sobrevive ao herbicida no Brasil.
Mecanismos de resistência: principalmente sítio de ação alterado.
4 – Comportamento no ambiente:
Sorção: fracamente ligado ao solo. No entanto, a adsorção aumenta com o conteúdo de matéria orgânica, argila, com o tempo e em solo seco.
Transformação: degradado por microrganismos aeróbicos.
Persistência: meia-vida de 20 a 30 dias.
Mobilidade: se mantém na camada superficial do solo.
Volatilização: perdas desprezíveis.
5 – Tecnologia de aplicação terrestre:
Volume de calda: 100 a 300 L/ha.
Preparação da calda: usar água livre de coloides em suspensão, uma vez que estes reduzem a eficácia do produto. Manter a agitação acionada durante todo o procedimento e, se necessário, pré-diluir o herbicida.
Tamanho de gotas: a densidade de gotas deve ser de 40-80 gotas por centímetro quadrado, de tamanho entre 200-300 micra.
Pontas de pulverização: não especificado em bula.
Altura da barra: o mínimo para permitir cobertura uniforme dos alvos.
Velocidade do vento: entre 3 e 10 km/h.
Umidade do ar: superior a 55%.
Temperatura: preferencialmente entre 20 e 30ºC. Evite temperaturas acima de 30ºC. Além disso, evitar a aplicação quando houver previsão de geadas.
Incompatibilidades e limitações de uso: a ocorrência de chuvas até quatro horas após a aplicação pode reduzir a eficácia do imazamoxi. Culturas tolerantes que podem ser semeadas em sucessão e rotação: trigo, ervilha, azevém, cevada, aveia, milho, feijão, amendoim, arroz, algodão, soja e sorgo.
Facilitadores de eficácia: usar adjuvante não iônico, conforme recomendado em bula. A presença de luz solar aumenta a velocidade de controle.
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Literatura consultada:
AGROFIT. Sistemas de agrotóxicos fitossanitários. Disponível em: https://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons. Acesso em: 14 mar. 23.
HEAP, I. The international herbicide-resistant weed database. Disponível em: www.weedscience.org. Acesso em: 14 mar. 23.
RODRIGUES, B. N.; ALMEIDA, F. L. S. Guia de herbicidas. 7ª ed. Londrina, 2018. 764 p.
SHANER, D. L. Herbicide Handbook. 10th Edition, Weed Science Society of America, Lawrence, 2014. 513 p.