O herbicida propaquizafope é seletivo, sistêmico, posicionado em pós-emergência para o controle de gramíneas.
Marcas comerciais: Acert.
EC – Concentrado emulsionável
1 – Recomendações de uso:
Culturas: algodão, arroz irrigado tolerante ao propaquizafope (Max Ace) e soja.
Plantas daninhas controladas pelo propaquizafope:
Arroz-daninho (Oryza sativa)
Aveia (Avena strigosa)
Aveia-preta (Avena sativa)
Capim-arroz (Echinochloa crusgalli)
Capim-braquiária (Brachiaria decumbens)
Capim-carrapicho (Cenchrus echinatus)
Capim-colchão (Digitaria horizontalis)
Capim-custódio (Pennisetum setosum)
Capim-marmelada (Brachiaria plantaginea)
Capim-pé-de-galinha (Eleusine indica)
Cevada (Hordeum vulgare)
Grama-boiadeira (Luziola peruviana)
Milho voluntário (Zea mays)
Trigo voluntário (Triticum aestivum)
Posicionamento: algodão – aplicar propaquizafope em pós-emergência da cultura e das plantas daninhas. Realizar a aplicação quando as plantas daninhas estiverem, com no máximo, 3 a 4 folhas e/ou 4 perfilhos. No caso do capim-marmelada, pode ser realizada aplicação sequencial. Arroz Max ACE – até duas aplicações na cultura, 1ª aplicação na dose de 1,25 L/ha, após a semeadura do arroz e em pós-emergência das plantas invasoras (2 a 4 folhas), antes do estabelecimento da lâmina de água. 2ª aplicação, quando necessária, deve-se realizar na dose de 1,25 L/ha quando as plantas invasoras apresentarem de 2 a 4 folhas, visando o controle de reinfestações de um novo fluxo. Soja – em pós-emergência das plantas infestantes e da cultura. Realizar a aplicação quando as plantas infestantes estiverem com no máximo 4 folhas e/ou 2 a 5 perfilhos, a depender da espécie de gramínea. Assim como na cultura do algodão e arroz, existe a possibilidade de aplicação sequencial.
Doses: 50 a 125 g i.a./ha.
Consulte sempre um(a) engenheiro(a) agrônomo(a) e siga as prescrições da receita agronômica e da bula.
2 – Características físico-químicas do herbicida:
Grupo químico: ácido arilofenoxipropiônico.
Pressão de vapor: 4,4 x 10-7 Pa (25C).
Solubilidade: 0,63 mg/L de água (25ºC).
pKa: não ionizável.
Kow: log Kow = 4,78 (25ºC).
3 – Comportamento nas plantas:
Absorção e translocação: absorvido principalmente pelas folhas, embora apresente alguma absorção radicular. Propaquizafope apresenta mobilidade via floema.
Mecanismo de ação: inibidor da Acetil CoA carboxilase (ACCase).
Classificação HRAC: Grupo A.
Sintomatologia: paralização do crescimento, clorose das folhas mais jovens, que evolui para clorose generalizada, necrose dos meristemas e morte das plantas entre 10 e 20 dias.
Metabolismo e seletividade: rapidamente metabolizado em espécies tolerantes.
Casos de resistência: no Brasil, biótipos de capim-marmelada (Brachiaria plantaginea) e capim-colchão (Digitaria ciliaris) foram relatados como resistentes ao herbicida.
Mecanismos de resistência: principalmente sítio de ação alterado.
4 – Comportamento no ambiente:
Sorção:
Koc: 204 a 472 mL/g.
Persistência: a dissipação (DT50) ocorre em 3 dias.
Mobilidade: devido a baixa persistência, as possibilidades de mobilidade são reduzidas.
Volatilização: perdas desprezíveis.
5 – Tecnologia de aplicação terrestre:
Volume de calda: 100 a 300 L/ha.
Preparação da calda: encher o tanque do pulverizador com cerca de 2/3 da sua capacidade com água limpa. Em seguida, adicionar propaquizafope e o adjuvante nas doses recomendadas e completar com o restante da água sempre sob agitação, aplicando em seguida. É importante que o sistema de agitação do produto no tanque se mantenha em funcionamento durante toda a aplicação.
Tamanho de gotas: gotas grossas (G) a extremamente grossas (XC), ou seja, acima de 350 μ (micra).
Pontas de pulverização: não especificado em bula.
Altura da barra: deve permitir uma boa sobreposição dos jatos e cobertura uniforme no alvo, não ultrapassando 50 cm, tanto para o espaçamento quanto para a altura da barra.
Velocidade do vento: entre 3 e 10 km/h.
Umidade do ar: superior a 55%.
Temperatura: inferior a 30ºC.
Incompatibilidades e limitações de uso: utilizar somente sementes identificadas com o sistema de produção Arroz MAX ACE (variedades tolerantes ao ingrediente ativo propaquizafope). A segunda aplicação do herbicida, quando aplicável, pode ser realizada até o máximo perfilhamento (BBCH 29), não podendo ultrapassar o período de iniciação da panícula. Além disso, recomenda-se aguardar um intervalo de 10 dias após a aplicação do herbicida latifolicida pós-emergente, para o início do tratamento com propaquizafofe.
Facilitadores de eficácia: o estádio de desenvolvimento adequado é fundamental para que elevados percentuais de eficácia sejam obtidos. Além disso, não aplicar o produto sem adição de adjuvante – óleo mineral ou vegetal – com prejuízos na eficiência de controle.
Literatura consultada:
AGROFIT. Sistemas de agrotóxicos fitossanitários. Disponível em: https://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons. Acesso em: 18 abr. 23.
HEAP, I. The international herbicide-resistant weed database. Disponível em: www.weedscience.org. Acesso em: 18 abr. 23.
RODRIGUES, B. N.; ALMEIDA, F. L. S. Guia de herbicidas. 7ª ed. Londrina, 2018. 764 p.
SHANER, D. L. Herbicide Handbook. 10th Edition, Weed Science Society of America, Lawrence, 2014. 513 p.
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