Conheça e aplique melhor os herbicidas

Cloransulam-metílico

O herbicida cloransulam-metílico é seletivo, sistêmico, posicionado em pós-emergência para o controle de eudicotiledôneas.

Marcas comerciais: Pacto

WG – Grânulos dispersíveis em água

 

1 – Recomendações de uso:

Culturas: soja.
Plantas daninhas controladas pelo cloransulam-metílico:
Buva (Conyza bonariensis)
Carrapichão (Xanthium strumarium)
Carrapicho-rasteiro (Acanthospermum australe)
Corda-de-viola (Ipomoea grandifolia)
Guaxuma (Sida rhombifolia)
Nabo (Raphanus raphanistrum)
Picão-grande (Blainvillea latifolia)
Picão-preto (Bidens pilosa)
Trapoeraba (Commelina benghalensis)
Posicionamento: é recomendada a aplicação em pós-emergência inicial da planta daninha, quando as plantas infestantes estiverem no estádio de 2 a 4 folhas (plantas de 1 a 10 cm) e de 6 a 30 dias após a emergência da cultura da soja.
Doses: 20 a 40 g i.a./ha.

Consulte sempre um(a) engenheiro(a) agrônomo(a) e siga as prescrições da receita agronômica e da bula.

 

2 – Características físico-químicas do herbicida:

Grupo químico: sulfonanilida triazolopirimidina.
Pressão de vapor: 3,94 x 10-14 Pa (25ºC).
Solubilidade: 3 mg/L de água (pH 3 a 5, 25ºC) e 184 mg/L (pH 7, 25ºC).
pKa: 4,81 (ácido fraco).
Kow: 1,12 (pH 5).

 

3 – Comportamento nas plantas:

Absorção e translocação: prontamente absorvido tanto pelas raízes, quanto parte aérea, durante e após a emergência. Move-se tanto pelo floema quanto pelo xilema.
Mecanismo de ação: inibidor da Acetolactato sintase (ALS).
Classificação HRAC: grupo B.
Sintomatologia: as plantas daninhas mais suscetíveis não emergem do solo, quando aplicado em pré-emergência. Quando emergem, morrem logo em seguida. Nesse caso, e também quando cloransulam-metílico é aplicado em pós-emergência, sintomas comuns são localizados nos meristemas, como paralisação do crescimento, malformações, clorose internerval, que evolui para necrose e morte dentro de 2 a 3 semanas.
Metabolismo e seletividade: a seletividade em soja resulta da capacidade de rápida metabolização do herbicida.
Casos de resistência: dentre os 49 relatos de resistência ao herbicida, 6 se encontram no Brasil, em populações de leiteiro (Euphorbia heterophylla), nabo (Raphanus sativus, Raphanus raphanistrum), losna-branca (Parthenium hysterophorus) e caruru-palmeri (Amaranthus palmeri).
Mecanismos de resistência: sítio de ligação alterado.

4 – Comportamento no ambiente:

Sorção: maior sorção em solos com pH baixo.
Koc: 54,4 a 915 mL/g após 3 meses em 6 solos diferentes.
Kd: 4,0 mL/g em solo siltoso com 2,96% de matéria orgânica e pH 5,7.
Transformação: sujeito à rápida fotólise em água e no solo. No entanto, a principal rota de degradação parece ser a microbiana.
Persistência: permite o plantio de culturas como milho, algodão e sorgo dentro de 9 meses após a aplicação. Trigo pode ser semeado em 6 meses.
Mobilidade: baixa mobilidade no perfil do solo.
Volatilização: perdas desprezíveis.

5 – Tecnologia de aplicação terrestre:

Volume de calda: 100 a 300 L/ha.
Preparação da calda: nenhuma especificidade prescrita em bula.
Tamanho de gotas: não especificado em bula.
Pontas de pulverização: leque 80.02 a 80.04 ou 110.015 a 110.04.
Altura da barra: deve promover a cobertura uniforme da superfície a ser tratada.
Velocidade do vento: entre 3 e 10 km/h.
Umidade do ar: superior a 55%.
Temperatura: inferior a 30ºC.
Incompatibilidades e limitações de uso: não especificado em bula.
Facilitadores de eficácia: adicionar espalhante adesivo não-iônico na proporção de 0,2% v/v.

Literatura consultada:
AGROFIT. Sistemas de agrotóxicos fitossanitários. Disponível em: https://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons. Acesso em: 9 fev. 23.
HEAP, I. The international herbicide-resistant weed database. Disponível em: www.weedscience.org. Acesso em: 9 fev. 23.
RODRIGUES, B. N.; ALMEIDA, F. L. S. Guia de herbicidas. 7ª ed. Londrina, 2018. 764 p.
SHANER, D. L. Herbicide Handbook. 10th Edition, Weed Science Society of America, Lawrence, 2014. 513 p.

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