O herbicida hexazinona é seletivo, sistêmico, posicionado em pré e pós-emergência para o controle de mono e eudicotiledôneas.
Direto ao ponto
Marcas comerciais:
Hexazinona: Baguera, Broker 750 WG, Canion, Hexafort, Hexafort WG, Hexanil 750 WG, Hexazinona Nortox, Hexazinona 750 Volcano, Hexazinona 750 WG Cropchem, Hexazinone UPL 250 SL, Hexazinone 250 SL BASE, MagnusBR, Token, Varun, Zest 750 WG e Zino 750 WG.
Hexazinona + clomazona: Discover 500 WP e Kairos.
Hexazinona + diurom + amicarbazona: Guerrero e Zonic.
Hexazinona + diurom + sulfometurom-metílico: Front.
Hexazinona + diurom + tebutiurom: Hexazinona DT Nortox.
Hexazinona + diuron: Advance, Attuare, Confidence, DemolidorBR, Dexa WG, Dihex, Diuron 468 hexazinona 132 CCAB WG, Dizone, Duo, Halley 600, Hexaron, Hexaron WG, Hexazinona – D Nortox, Hexazuron, Hexicana, Hugecane, Jump, Marte WG, Quickcane, Rancho, Seculo, Velbow, Vellsan, Velpar-K WG e Volpe.
Hexazinona + S-metolacloro: Fegrat, Grover e Grover SE.
Hexazinona + tebutiurom: Hexazinona – T Nortox.
Hexazinona + trifluralina: Trifluralina H Nortox.
EC – Concentrado emulsionável
SE – Suspo-emulsão
SL – Concentrado solúvel
SP – Pó solúvel
WG – Grânulos dispersíveis em água
WP – Pó molhável
1 – Recomendações de uso
Culturas: cana-de-açúcar
Plantas daninhas controladas pelo herbicida hexazinona:
Beldroega (Portulaca oleracea)
Braquiária (Brachiaria decumbens)
Buva (Conyza canadensis)
Capim-braquiária (Brachiaria decumbens)
Capim-carrapicho (Cenchrus echinatus)
Capim-colchão (Digitaria horizontalis, Digitaria ciliaris)
Capim-colonião (Panicum maximum)
Capim-marmelada (Brachiaria plantaginea)
Capim-pé-de-galinha (Eleusine indica)
Carrapicho-rasteiro (Acanthospermum australe)
Caruru-gigante (Amaranthus retroflexus)
Caruru-rasteiro (Amaranthus deflexus)
Caruru-roxo (Amaranthus hybridus)
Corda-de-viola (Ipomoea grandifolia, Ipomoea purpurea)
Erva-quente (Spermacoce latifolia)
Fedegoso-branco (Senna obtusifolia)
Guanxuma (Sida rhombifolia)
Guanxuma-branca (Sida glaziovii)
Leiteiro (Euphorbia heterophylla)
Losna-branca (Parthenium hysterophorus)
Malva-branca (Sida cordifolia)
Picão-preto (Bidens pilosa)
Trapoeraba (Commelina benghalensis)
Posicionamento: realizar apenas uma aplicação. Aplicação em pré e pós-emergência da cultura de cana-de-açúcar. Antes da emergência da cultura, a aplicação deve ser até o estádio de “esporão” (cana-planta) ou início de perfilhamento (cana soca). Para aplicação em pós-emergência, recomenda-se que as plantas infestantes estejam em pleno desenvolvimento vegetativo. Em pré-emergência, as doses maiores devem ser utilizadas quando o solo apresentar alto teor de matéria orgânica e/ou argila e alta pressão de plantas daninhas. Para aplicação em pós–emergência, usar espalhante adesivo de acordo com as recomendações do fabricante.
Doses: 187 a 500 g i.a./ha., a depender principalmente da textura do solo.
Consulte sempre um(a) engenheiro(a) agrônomo(a) e siga as prescrições da receita agronômica e da bula.
2 – Características físico-químicas do herbicida
Grupo químico: triazinona.
Pressão de vapor: 2,7 x 10-5 Pa (25ºC).
Solubilidade: 33000 mg/L de água (25ºC).
pKa: não ionizável.
3 – Comportamento nas plantas
Absorção e translocação: é prontamente absorvido pelas raízes e translocado pelo xilema. Além disso, é absorvido pelas folhas, porém, nessa circunstância, a movimentação para outras partes da planta é restrita.
Mecanismo de ação: inibidor da fotossíntese no fotossistema II.
Classificação HRAC: grupo C1.
Sintomatologia: clorose foliar seguida por necrose.
Metabolismo e seletividade: é convertido para diversos metabólitos secundários, sendo que a velocidade do metabolismo implica nos diferentes níveis de seletividade.
Casos de resistência: biótipos de Rumex acetosella e Capsella bursa-pastoris são relatados como resistentes no Canadá e nos Estados Unidos, respectivamente.
Mecanismos de resistência: sítio de ação alterado.
4 – Comportamento no ambiente
Sorção:
Koc: média de 54 mL/g.
Transformação: fotodegradado na água e no solo. Além disso, também é degradado por microrganismos no solo.
Persistência: moderadamente longo residual, com meia-vida de aproximadamente 90 dias em condições de campo.
Volatilização: perdas desprezíveis.
5 – Tecnologia de aplicação terrestre
Volume de calda: 200 a 600 L/ha.
Preparação da calda: encher metade do tanque do pulverizador com água e adicionar o herbicida mantendo o misturador mecânico ou o retorno em funcionamento e completar o volume do tanque com água. Além disso, a agitação da calda deve ser contínua durante o preparo e durante a operação de aplicação.
Tamanho de gotas: VMD entre 420 a 520 mícrons.
Pontas de pulverização: tipo leque jato plano.
Altura da barra: que permita boa cobertura do solo e/ou das plantas daninhas. Observar que a barra em toda sua extensão esteja na mesma altura.
Velocidade do vento: entre 3 e 10 km/h.
Umidade do ar: superior a 55%.
Temperatura: até 30ºC.
Incompatibilidades e limitações de uso: evitar o plantio de outras culturas por um período mínimo de 1 ano após a aplicação do herbicida. Além disso, não aplicar o herbicida em solos leves (arenosos) contendo menos de 1% de matéria orgânica. A cana-de-açúcar na qual foi aplicado o produto não deve servir para alimentação animal.
Facilitadores de eficácia: a umidade é importante para a ativação do herbicida, desta forma para cana-planta é recomendável que as aplicações sejam realizadas após as primeiras precipitações. Ainda, nas aplicações em pré-emergência o solo deve estar preparado, úmido, sem a presença de torrões e restos de culturas.
Conheça e aplique melhor os herbicidas:
Piritiobaque-sódico
Staple 280 CS (piritiobaque-sódico) controla beldroega, carrapicho, caruru, corda-de-viola, leiteiro, picão e trapoeraba no algodão.
Metribuzim
Velho conhecido, o metribuzim anda com roupa nova, como na mistura com S-metolacloro, para o controle de capins e caruru na soja. Saiba mais!
Diurom
Diurom pode ser aplicado em abacaxi, alfafa, algodão, banana, cacau, café, cana-de-açúcar, citros, eucalipto, seringueira, soja e videira.
Acetocloro
O herbicida acetocloro é seletivo, de ação não sistêmica, posicionado em pré-emergência para o controle de mono e eudicotiledôneas.
Literatura consultada:
AGROFIT. Sistemas de agrotóxicos fitossanitários. Disponível em: https://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons. Acesso em: 13 mar. 23.
HEAP, I. The international herbicide-resistant weed database. Disponível em: www.weedscience.org. Acesso em: 13 mar. 23.
RODRIGUES, B. N.; ALMEIDA, F. L. S. Guia de herbicidas. 7ª ed. Londrina, 2018. 764 p.
SHANER, D. L. Herbicide Handbook. 10th Edition, Weed Science Society of America, Lawrence, 2014. 513 p.