O herbicida metsulfurom-metílico é seletivo, sistêmico, posicionado em pós-emergência para o controle de mono e, principalmente, eudicotiledôneas.
Marcas comerciais: Accurate, Ally, Chaparral (aminopiralide + metsulfurom-metílico), Concept, Metsuram 600 WG, Nufuron, Rometsol 600 WG, Wiking 600 WG e Zartan.
WG – Grânulos dispersíveis em água
1 – Recomendações de uso:
Culturas: arroz irrigado, arroz, aveia branca, aveia preta, café, cana-de-açúcar, centeio, cevada, citros, coco, dendê, pastagem (brachiaria decumbens, brachiaria humidicola e brachiaria brizantha), trigo e triticale.
Plantas daninhas controladas pelo metsulfurom-metílico:
Aguapé (Heteranthera reniformis)
Alfinete-da-terra (Silene gallica)
Angiquinho (Aeschynomene rudis)
Beldroega (Portulaca oleracea)
Carrapicho-de-carneiro (Acanthospermum hispidum)
Estelária (Stellaria media)
Falsa-serralha (Emilia sonchifolia)
Gervão-branco (Croton glandulosos)
Gorga (Spergula arvensis)
Guanxuma (Sida cordifolia, Sida rhombifolia)
Leiteiro (Euphorbia heterophylla)
Língua-de-vaca (Rumex obtusifolius)
Losna-branca (Parthenium hysterophorus)
Mussambê (Cleome affinis)
Nabo-bravo (Raphanus raphanistrum)
Orelha-de-urso (Stachys arvensis)
Picão-branco (Galinsoga parviflora)
Picão-preto (Bidens pilosa)
Rubim (Leonorus sibiricus)
Sagitária (Sagittaria montevidensis)
Serralha (Sonchus oleraceus)
Trapoeraba (Commelina benghalensis)
Posicionamento: arroz-irrigado e arroz – aplicar quando as plantas infestantes estiverem entre os estádios de 2 a 4 folhas e quando a cultura estiver entre 10 e 30 dias após a emergência. Além disso, o herbicida pode ser aplicado por “Benzedura manual”, em arroz irrigado, no sistema pré-germinado, nesse mesmo período. Aveia-branca – aplicar no estádio de 2 a 4 folhas das plantas infestantes e no perfilhamento da cultura. Aveia-preta – Aplicar quando as plantas infestantes estiverem com 2 a 6 folhas e cultura nos estádios de pré-perfilhamento e emborrachamento. Café – aplicar em jato dirigido nas entrelinhas da cultura. Cana-de-açúcar – aplicação na pré-emergência das plantas infestantes e da cultura. Cevada, centeio, trigo e triticale – aplicar quando as plantas infestantes estiverem com 2 a 6 folhas e a cultura nos estádios de pré-perfilhamento e emborrachamento. Pastagem – aplicação na pós-emergência das plantas infestantes e da cultura. Em caso de alta infestação, aplicar em área total. Caso a infestação seja desuniforme, em reboleiras ou manchas, aplique em jato dirigido. Manejo de outono/inverno – aplicação na pós-emergência das plantas infestantes e na pré-emergência da cultura. Aplicação no manejo de inverno em áreas cultivadas no do sistema de plantio direto. Citros, coco e dendê – aplicar em pós-emergência das plantas daninhas (estádio de 2 a 4 folhas), via aplicação dirigida na entrelinha da cultura até a projeção da copa desta.
Doses: 1,98 a 18 g i.a./ha.
Consulte sempre um(a) engenheiro(a) agrônomo(a) e siga as prescrições da receita agronômica e da bula.
2 – Características físico-químicas do herbicida:
Grupo químico: sulfoniluréia.
Pressão de vapor: 3,3 x 10-10 Pa.
Solubilidade: 548 mg/L de água (pH 5), 2790 mg/L (pH 7) e 213000 mg/L (pH 9, todos a 25ºC).
pKa: 3,3 a 25ºC. Comporta-se como ácido fraco.
Kow: 1 (pH 5) e 0,018 (pH 7).
3 – Comportamento nas plantas:
Absorção e translocação: rápida absorção foliar e radicular. Boa mobilidade pelo xilema, quando absorvido pelas raízes, porém, menor mobilidade pelo floema após aplicação foliar. Acumula-se nas áreas meristemáticas.
Mecanismo de ação: inibidor de Acetolactato sintase (ALS).
Classificação HRAC: grupo B.
Sintomatologia: rápida paralisação do crescimento, seguida por clorose dos pontos de crescimento dentro de dias. Os sintomas evoluem para necrose generalizada e morte em algumas semanas.
Metabolismo e seletividade: rapidamente metabolizado em espécies tolerantes como trigo e cevada.
Casos de resistência: dos 83 casos relatados até o momento, seis ocorrem no Brasil. Dois biótipos de sagitária (Sagittaria montevidensis), nabo (Raphanus sativus, R. raphanistrum), leiteiro (Euphorbia heterophylla) e flor-roxa (Echium plantagineum) sobrevivem ao herbicida.
Mecanismos de resistência: principalmente sítio de ação alterado.
4 – Comportamento no ambiente:
Sorção: baixa adsorção a argila. Por outro lado, metsulfurom-metílico apresenta maior adsorção à matéria orgânica.
Koc: média de 35 mL/g em pH 7.
Kd: 1,4 mL/g.
Transformação: passível de degradação microbiana (lenta) e hidrólise, principalmente em pH baixo.
Persistência: meia-vida pode varias de 1 a 6 meses.
Volatilização: perdas desprezíveis.
5 – Tecnologia de aplicação terrestre:
Volume de calda: 100 a 200 L/ha.
Preparação da calda: adicione o produto ao tanque do pulverizador quando este estiver com pelo menos metade de sua capacidade preenchida com água limpa e o sistema de agitação ligado. Complete o tanque com água até atingir o volume de calda recomendado. O adjuvante deve ser adicionado como último componente à calda de pulverização, com o tanque quase cheio, mantendo-se a agitação.
Tamanho de gotas: >150 a 200 μm.
Pontas de pulverização: não especificado em bula.
Altura da barra: regule a altura da barra para a menor possível a fim de obter uma cobertura uniforme e reduzir a exposição das gotas à evaporação e ao vento.
Velocidade do vento: entre 3 e 10 km/h.
Umidade do ar: acima de 50%.
Temperatura: abaixo de 30ºC.
Incompatibilidades e limitações de uso: pode haver incompatibilidade quando misturado com adjuvantes que reduzem o pH da calda abaixo de 3,0. Além disso, a mistura com inseticidas como malatiom e outros organofosforados podem resultar em injúria nas culturas. O produto comercial Ally apresenta “incompatibilidade biológica” com formulações do tipo concentrado emulsionável de Tebuconazole, Parathion methyl, Chlorpyrifos e Diclofop methyl. Além disso, não aplicar quando a temperatura estiver abaixo de 10ºC e na cultura do arroz irrigado. Também não aplicar o herbicida antes dos 10 dias da emergência (70% das plantas emergidas) ou após 30 dias da emergência. Para rotação de cultura observar o prazo de 90 dias após a aplicação de herbicida metsulfurom-metílico para girassol e algodão, 70 dias para milho, e 60 dias para soja e feijão.
Facilitadores de eficácia: precipitações até 6 horas após a aplicação podem comprometer a eficácia do herbicida metsulfurom-metílico. Adicionar à calda o adjuvante prescrito em bula.
Literatura consultada:
AGROFIT. Sistemas de agrotóxicos fitossanitários. Disponível em: https://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons. Acesso em: 30 mar. 23.
HEAP, I. The international herbicide-resistant weed database. Disponível em: www.weedscience.org. Acesso em: 30 mar. 23.
RODRIGUES, B. N.; ALMEIDA, F. L. S. Guia de herbicidas. 7ª ed. Londrina, 2018. 764 p.
SHANER, D. L. Herbicide Handbook. 10th Edition, Weed Science Society of America, Lawrence, 2014. 513 p.
Clomazona
Sabia que clomazona pode ser aplicado em algodão, arroz irrigado, arroz, batata, cana de açúcar, eucalipto, fumo, mandioca, melão, pimentão e soja?
Acifluorfem-sódico
Pós-emergente, o acifluorfem-sódico controla folhas largas como caruru e corda-de-viola na soja e no feijão.
Foramsulfurom
O herbicida foramsulfurom é seletivo para milho, aplicado em pós-emergência para o controle de capins, guanxuma, leiteiro e outras daninhas.
Piroxasulfona
Tem produto novo para controle de azevém em trigo. Piroxasulfona é opção também para milho e soja. Conheça e aplique melhor esse herbicida!