O herbicida oxadiazona é seletivo, de contato, posicionado em pré e pós-emergência para o controle de mono e eudicotiledôneas.
Marcas comerciais: Ronstar 250 BR.
EC – Concentrado emulsionável
1 – Recomendações de uso:
Culturas: alho, arroz, arroz irrigado, cana-de-açúcar e cebola.
Plantas daninhas controladas por oxadiazona:
Ançarinha-branca (Chenopodium album)
Arroz-daninho (Oryza sativa)
Beldroega (Portulaca oleracea)
Capim-arroz (Echinochloa crusgalli, Echinochloa colona)
Capim-carrapicho (Cenchrus echinatus)
Capim-colchão (Digitaria sanguinalis, Digitaria horizontalis)
Capim-colonião (Panicum maximum)
Capim-favorito (Rhynchelytrum repens)
Capim-marmelada (Brachiaria plantaginea)
Capim-pé-de-galinha (Eleusine indica)
Capim-tapete (Mollugo verticillata)
Caruru-de-espinho (Amaranthus spinosus)
Caruru-de-mancha (Amaranthus viridis)
Caruru-rasteiro (Amaranthus deflexus)
Caruru-roxo (Amaranthus hybridus)
Erva-de-santa-maria (Chenopodium ambrosioides)
Guanxuma (Sida cordifolia, Sida rhombifolia)
Hortelã-do-brejo (Heteranthera reniformis)
Nabo (Raphanus raphanistrum)
Picão-branco (Galinsoga parviflora)
Poaia-branca (Richardia brasiliensis)
Quebra-pedra (Phyllanthus tenellus)
Trevo-azedo (Oxalis oxyptera)
Posicionamento: controle no arroz vermelho e outras plantas infestantes – finalizar o preparo do solo (nivelamento e alisamento) 20 a 25 dias de antecedência à data prevista para a semeadura e retirar a água por um período de 5 a 7 dias para que as sementes de arroz daninho e outras espécies iniciem a germinação. Notando-se a emergência das plantas daninhas, colocar água nos quadros e aplicar oxadiazona pura ou fazendo a diluição adequada (1 litro de produto comercial para 2 litros de água) utilizando-se frascos plásticos com capacidade para 1 litro, com tampas perfuradas e aplicados pelo método da benzedura. A água deve ser mantida nos quadros durante 7 a 10 dias e trocada 3 a 5 dias antes da semeadura. A troca de água deve ser feita deixando-se escoar do quadro 24 a 36 horas e 1 dia após a drenagem os quadros devem ser novamente inundados para então ser feita a semeadura com sementes pré-germinadas. Após a semeadura, prosseguir com as atividades normais de condução da cultura. Alho – aplicar na pós-semeadura, porém, em pré-emergência da cultura e das plantas daninhas. Arroz – aplicar na pós-semeadura da cultura e na pré-emergência das plantas daninhas. Em solos arenosos ou soltos deve-se compactá-los antes de aplicar o produto. Arroz irrigado – em pós-semeadura, aplicar em pré ou pós-emergência das plantas daninhas, até no máximo 3 folhas. Inundar a lavoura quando o arroz tiver de 10 a 12 cm de altura. Em pré-plantio, aplicar na pré-emergência das plantas daninhas. Cana-de-açúcar – em pós-plantio, aplicar em pré ou pós-emergência da cultura e na pré-emergência das plantas daninhas. Em pós-cultivo, aplicar na pré-emergência das plantas daninhas através de tratamento dirigido, evitando atingir as folhas da cultura. Cebola – aplicar na pós-repicagem da cultura, também em pós-semeadura quando realizado plantio direto das sementes ou depois do transplante das mudas e na pré-emergência das plantas daninhas.
Doses: 750 a 1000 g i.a./ha.
Consulte sempre um(a) engenheiro(a) agrônomo(a) e siga as prescrições da receita agronômica e da bula.
2 – Características físico-químicas do herbicida:
Grupo químico: oxadiazolona.
Pressão de vapor: 1,03 x 10-4 Pa (25ºC).
Solubilidade: 0,7 mg/L de água (20ºC).
pKa: não ionizável.
Kow: 63100.
3 – Comportamento nas plantas:
Absorção e translocação: absorvido pela parte aérea da plântula durante o processo de emergência, com menor absorção radicular. Prontamente absorvido pelas folhas, quando aplicado em pós-emergência. Acumula-se nos tecidos mais velhos, porém, o movimento é muito limitado na presença de luz.
Mecanismo de ação: inibidor da protoporfirinogênio oxidase (PROTOX).
Classificação HRAC: grupo E.
Sintomatologia: apesar de emergirem do solo, as plântulas logo apresentam murcha, necrose e morrem com aspecto dessecado. Após aplicação foliar e sob luz, os sintomas se apresentam rapidamente, na forma de pontos cloróticos, dessecação e necrose. Algumas plantas podem apresentar o sintoma de bronzeamento das folhas. Devido à quase imobilidade da oxadiazona, as lesões apresentam o formato das gotas interceptadas.
Casos de resistência: capim-pé-de-galinha (Eleusine indica) é relatada como resistente ao herbicida, em campos de golfe, nos Estados Unidos. No Brasil não há relatos.
Mecanismos de resistência: não elucidado nos dois biótipos.
4 – Comportamento no ambiente:
Sorção: fortemente adsorvido pelos coloides do solo e pela matéria orgânica.
Koc: média de 3200 mL/g.
Persistência: com meia-vida de 60 dias, oxadiazona apresenta moderada a longa persistência.
Mobilidade: baixo potencial para lixiviação. No entanto, devido à forte adsorção ao solo, pode mover-se junto aos sedimentos presentes na água no sistema de cultivo de sementes pré-germinadas de arroz.
Volatilização: perdas desprezíveis.
5 – Tecnologia de aplicação terrestre:
Volume de calda: 200 a 400 L/ha.
Preparação da calda: utilizar água de boa qualidade, livre de coloides em suspensão (terra, argila ou matéria orgânica), pois a presença destes pode reduzir a eficácia do produto. Preencher o tanque do pulverizador com água até a metade de sua capacidade, inserir a dose recomendada, completar a capacidade com água, mantendo sempre o sistema em agitação e retorno ligado durante todo o processo de preparo e pulverização para manter homogênea a calda de pulverização.
Tamanho de gotas: gotas médias a grossas.
Pontas de pulverização: tipo leque (jato plano).
Altura da barra: certificar-se que a altura da barra é a mesma com relação ao alvo em toda sua extensão, devendo esta altura ser adequada ao estágio de desenvolvimento da cultura de forma a permitir uma perfeita cobertura das plantas.
Velocidade do vento: entre 3 e 10 km/h.
Umidade do ar: maior que 55%.
Temperatura: menor que 27ºC.
Incompatibilidades e limitações de uso: em solos com teor de matéria orgânica igual ou superior a 3,5 % poderá ser observada uma redução no controle das plantas infestantes.
Literatura consultada:
AGROFIT. Sistemas de agrotóxicos fitossanitários. Disponível em: https://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons. Acesso em: 4 abr. 23.
HEAP, I. The international herbicide-resistant weed database. Disponível em: www.weedscience.org. Acesso em: 4 abr. 23.
RODRIGUES, B. N.; ALMEIDA, F. L. S. Guia de herbicidas. 7ª ed. Londrina, 2018. 764 p.
SHANER, D. L. Herbicide Handbook. 10th Edition, Weed Science Society of America, Lawrence, 2014. 513 p.
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