O herbicida piroxsulam é seletivo, sistêmico, posicionado em pós-emergência para o controle de mono e eudicotiledôneas no trigo.
Marcas comerciais: Tricea.
OD – Dispersão de óleo
1 – Recomendações de uso:
Culturas: trigo.
Plantas daninhas controladas por piroxsulam:
Azevém (Lolium multiflorum)
Aveia-preta (Avena strigosa)
Aveia-branca (Avena sativa)
Nabo (Raphanus raphanistrum)
Cipó-de-veado (Polygonum convolvulus)
Soja voluntária (Glycine max)
Posicionamento: aplicar em pós-emergência inicial, quando as plantas daninhas estiverem em estádio de 2-4 folhas.
Doses: 15,3 a 18 g i.a./ha.
Consulte sempre um(a) engenheiro(a) agrônomo(a) e siga as prescrições da receita agronômica e da bula.
2 – Características físico-químicas do herbicida:
Grupo químico: triazolopirimidina sulfonanilida.
Pressão de vapor: < 1 x 10-7 Pa (20ºC).
Solubilidade: 0,0626 g/L de água (20ºC).
pKa: 4,67.
Kow: log Kow = 1,08 (pH 4) e -1,01 (pH 7).
3 – Comportamento nas plantas:
Absorção e translocação: absorvido pelas raízes e parte aérea emergente e folhas. Move-se em direção aos tecidos novos, pelo xilema e floema.
Mecanismo de ação: inibidor da Acetolactato sintase (ALS).
Classificação HRAC: grupo B.
Sintomatologia: inibição do crescimento, clorose na região apical que evolui para necrose e morte. Além disso, as folhas mais velhas e nervuras (face abaxial) podem tornar-se avermelhadas.
Casos de resistência: até o momento, são relatadas 47 ocorrências de resistência. Incluindo, um biótipo de azevém no Brasil.
Mecanismos de resistência: dentre os casos cujos mecanismos foram avaliados, estão sítio de ação alterado, metabolismo aumentado, além de amplificação gênica.
4 – Comportamento no ambiente:
Sorção: fraca a moderadamente adsorvido ao solo.
Koc: 33,2 mL/g.
Kd: 0,60 mL/g
Transformação: principalmente microbiana.
Persistência: meia-vida média de 3,3 dias.
Mobilidade: limitada.
Volatilização: desprezível.
5 – Tecnologia de aplicação terrestre:
Volume de calda: 100 a 200 L/ha.
Preparação da calda: nenhuma recomendação específica destacada na bula.
Tamanho de gotas: não previsto em bula.
Pontas de pulverização: bicos leque ou equivalentes.
Altura da barra: a altura da barra, distância entre bicos e pressão utilizada devem ser calculadas de modo a obter uma cobertura uniforme da parte aérea das plantas daninhas.
Velocidade do vento: até 5 km/h. Evitar rajadas de vento.
Umidade do ar: mínima de 50%.
Temperatura: máxima de 27ºC.
Incompatibilidades e limitações de uso: evitar misturas em tanque.
Facilitadores de eficácia: para aplicação de piroxsulam é obrigatória a adição de adjuvante à calda de pulverização a fim de possibilitar a absorção do produto e seu efeito sobre as plantas daninhas. Dessa forma, a bula determina o uso de óleo vegetal, na dose de 0,5 L/ha.
Literatura consultada:
AGROFIT. Sistemas de agrotóxicos fitossanitários. Disponível em: https://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons. Acesso em: 24 abr. 23.
HEAP, I. The international herbicide-resistant weed database. Disponível em: www.weedscience.org. Acesso em: 24 abr. 23.
RODRIGUES, B. N.; ALMEIDA, F. L. S. Guia de herbicidas. 7ª ed. Londrina, 2018. 764 p.
SHANER, D. L. Herbicide Handbook. 10th Edition, Weed Science Society of America, Lawrence, 2014. 513 p.
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