O herbicida tem sido utilizado em misturas de tanque para o controle de plantas daninhas como a trapoeraba, em pós-emergência da cultura. A injúria de bentazon em soja é característica dos herbicidas inibidores do Fotossistema II (C3, segundo o HRAC). Saiba mais e identifique corretamente no campo!
O herbicida, ao bloquear o transporte de eletrons, interrompe a fixação de CO2. Além da paralisação do crescimento, a produção de clorofila tripleto e espécies reativas de oxigênio levam à peroxidação de lipídeos.
Como resultado, clorofilas e carotenoides são destruídos. A isto se deve a coloração inicial característica da injúria (Figura 1), que evolui para necrose e morte dos tecidos em plantas sensíveis.
Em espécies tolerantes, evolui para o “bronzeamento” das folhas. Embora frequentes, as injúrias de bentazon em soja não costumam evoluir para morte das plantas.
Bentazon é registrado para uso em pós-emergência de culturas como arroz, feijão, soja, trigo e milho. Dentre os alvos, estão picão-preto, cordas-de-viola, trapoeraba, losna-branca, beldroega e guanxuma. No arroz irrigado, é indicado para o controle de juncos e tiriricas do gênero Cyperus, além de erva-de-bicho (Polygonum hydropiperoides).
Embora prontamente absorvido pelas folhas, o uso de adjuvante não-iônico e a boa cobertura são essenciais para o bom desempenho. Além disso, maior eficiência de controle é obtida em estágios iniciais das plantas daninhas.
Quanto ao comportamento ambiental, o herbicida não possui atividade residual no solo, com pouca propensão à lixiviação e perdas por volatilização.
O conhecimento dos sintomas causados pelos herbicidas é essencial para o correto diagnóstico em campo. Para saber mais, clique aqui.
Literatura consultada
SENSEMAN, S. A. (Ed.). Herbicide handbook. 9.ed. Lawrence: Weed Science Society of America, 2007. 458 p.