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Saiba como as condições ambientais afetam a pulverização

Temperatura, umidade relativa e velocidade do vento inadequados estão dentre os principais fatores ambientais que comprometem a eficácia dos defensivos agrícolas. Por isso, se você ainda não usa um termo-higro-anemômetro digital para monitorar essas variáveis, certamente está perdendo dinheiro!  

As condições ambientais antes, durante a após a pulverização influenciam a eficácia dos defensivos agrícolas, tanto do ponto de vista físico, quanto fisiológico. Porém, nesse artigo, vamos discutir o que acontece com as gotas durante a pulverização. 

O objetivo primário de toda pulverização é depositar a maior quantidade de pesticida no alvo, certo? Além disso, a gota deve permanecer tempo suficiente na superfície da planta, para que o ingrediente ativo seja absorvido e chegue ao seu sítio de ação em concentração necessária para ser letal. 

Acontece que temperatura, umidade relativa do ar e velocidade do vento atuam diretamente nesses dois momentos! Condições inadequadas favorecem a deriva dos pesticidas aplicados, o que pode resultar em:

Velocidade do vento

Além da velocidade, a direção e estabilidade do ar influenciam na pulverização. À medida que a velocidade do vento aumenta, aumentam também a quantidade de pesticida perdida e a distância que ele se move para fora do alvo. 

Para se ter uma ideia, vamos considerar gotas de 100 mícrons, que estão dentro da fração derivável e têm, aproximadamente, a espessura de um fio de cabelo. Sob temperatura constante de 24ºC, umidade relativa do ar de 60% e altura da barra em relação ao alvo de 0,45 m, o deslocamento sob vento de 3,2 km/h é de 1,3 m. Quando o vento atinge 16,1 km/h, o deslocamento das gotas chega à 4,1 m. Imagina então quando a pulverização ocorre totalmente fora das condições ideais!  

Não é recomendado pulverizar sob velocidades de vento superiores a 10 km/h. No entanto, algumas bulas admitem ventos de até 15 km/h. Por isso, consulte sempre a bula!

Umidade relativa do ar e temperatura:

Ambas afetam a taxa de evaporação da gota e, consequentemente, seu tamanho, duração e distância de deriva. As recomendações previstas nas bulas comumente indicam UR mínima de 55% e temperaturas inferiores a 30ºC. Outras publicações sugerem a interrupção da pulverização com UR inferiores a 50%, sob pena de redução da eficácia de controle. 

O tamanho das gotas importa!

Sobretudo, é primordial destacar que existe uma correlação entre o tamanho das gotas de pulverização e o efeito deletério das condições ambientais. 

A distância da deriva aumenta à medida que o diâmetro das gotas diminui e a velocidade do vento aumenta, uma vez que gotas pequenas tendem a viajar numa velocidade muito próxima a do vento. No entanto, gotas com diâmetro de 200 mícrons ou maiores são afetadas de forma bem mais tênue. 

Como as gotas menores têm maior área de superfície em relação ao volume e tempos de voo mais longos do que as gotas maiores, a temperatura tem maior influência nas distâncias de deriva das gotas menores. Dessa forma, com o aumento da temperatura, aumenta a taxa de evaporação das gotas, resultando na evaporação completa muitas vezes antes de atingir o alvo.

Por outro lado, simulações tem mostrado que sob condição de maior velocidade do vento, pode ocorrer aumento considerável no deslocamento da fração derivável (gotas menores que 150 mícrons) em UR superior a 80%, uma vez que há manutenção da gota em razão da menor evaporação.

Avalie sempre as condições meteorológicas 

Medir a temperatura, umidade relativa do ar e velocidade do vendo antes e durante a pulverização é primordial para o sucesso da operação. Você não pode mudar as condições ambientais, mas pode decidir aguardar por condições adequadas ou, se possível, fazer os ajustes necessários para minimizar os impacto das condições ambientais na pulverização. 

O termo-higro-anemômetro digital é o equipamento utilizado para essa operação. Para adquirir o seu, basta clicar aqui.

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Figura 1 - Termo-higro-anemômetro digital GVDA GD155. Meça umidade relativa, temperatura e velocidade do vento com precisão.

Literatura consultada:

ANTUNIASSI, U. R.; BOLLER, W. org. Tecnologia de aplicação para culturas anuais – 2. ed. rev. ampl. – Passo Fundo: Aldeia Norte; Botucatu: FEPAF, 2019. 373 p.

OZKAN, H. E.; ZHU, H. Effect of major variables on drift distances of spray droplets. Disponível em: https://ohioline.osu.edu/factsheet/fabe-525. Acesso em: 08 dez. 2022.

ZHU, H. et al.  Simulation of drift of discrete sizes of water droplets from field sprayers. Transactions of the ASAE, v. 37, n. 5, p. 1401-1407, 1994.

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