O herbicida metamifope é seletivo, sistêmico, posicionado em pós-emergência para o controle de gramíneas.
Marcas comerciais: Strike.
SC – Concentrado emulsionável.
1 – Recomendações de uso:
Culturas: arroz, arroz irrigado e trigo.
Plantas daninhas controladas por metamifope:
Aveia-preta (Avena strigosa)
Capim-arroz (Echinochloa crusgalli, Echinochloa colona)
Capim-colchão (Digitaria horizontalis)
Capim-do-banhado (Panicum dichotomiflorum)
Capim-marmelada (Brachiaria plantaginea)
Capim-pé-de-galinha (Eleusine indica)
Grama-boiadeira (Leersia hexandra)
Posicionamento: realizar aplicação em área total, em pós-emergência da cultura e das plantas infestantes, quando estas apresentarem o estágio de 2 a 4 folhas. Para a cultura do arroz irrigado, a aplicação deve ocorrer antes que a área esteja inundada, de modo que a pulverização atinja diretamente o alvo. Recomenda-se inundar a área até 3 dias após a aplicação.
Doses: 225 a 300 g i.a./ha.
Consulte sempre um(a) engenheiro(a) agrônomo(a) e siga as prescrições da receita agronômica e da bula.
2 – Características físico-químicas do herbicida:
Grupo químico: ariloxifenoxipropionato.
Pressão de vapor: 1,51 x 10-4 Pa (25ºC).
Solubilidade: 0,69 mg/L de água (pH 7, 20ºC).
Kow: log Kow = 5,45 (pH 7, 20ºC).
3 – Comportamento nas plantas:
Absorção e translocação: absorção foliar, com predominância da translocação via xilema.
Mecanismo de ação: inibidor da Acecil CoA carboxilase (ACCase).
Classificação HRAC: grupo A.
Sintomatologia: clorose dos tecidos novos, acompanhada de paralisação do crescimento. Dentro de alguns dias, ocorre necrose do ponto de crescimento, fazendo com que este solte com facilidade, evoluindo para morte da planta em algumas semanas.
Metabolismo e seletividade: menor absorção foliar e sensibilidade reduzida da ACCase explicam a seletividade do metamifope em arroz, quando comparado ao capim-arroz, por exemplo.
Casos de resistência: capim-arroz e leptocloa resistem ao herbicida na Coréia do Sul.
Mecanismos de resistência: sítio de ação alterado.
4 – Comportamento no ambiente:
Transformação: passível de fotodegradação e metabolismo por microrganismos em solos aeróbicos e anaeróbicos.
Persistência: meia-vida de 53 a 78 dias.
Volatilização: perdas desprezíveis.
5 – Tecnologia de aplicação terrestre:
Volume de calda: 150 a 200 L/ha.
Preparação da calda: colocar água limpa no tanque do pulverizador (pelo menos 3/4 de sua capacidade) ou de tal forma que atinja a altura do agitador (ou retorno). Com a agitação acionada, adicionar a quantidade recomendada do produto. Também manter a calda sob agitação constante durante a pulverização. A aplicação deve ser realizada no mesmo dia da preparação da calda.
Tamanho de gotas: não especificado em bula, no entanto, aplique com o maior tamanho de gota possível, sem prejudicar a cobertura e eficiência do produto.
Pontas de pulverização: não especificado em bula.
Altura da barra: regule a altura da barra para a menor possível a fim de obter uma cobertura uniforme e reduzir a exposição das gotas à evaporação e ao vento.
Velocidade do vento: entre 3 e 10 km/h.
Umidade do ar: acima de 50%.
Temperatura: abaixo de 30ºC.
Incompatibilidades e limitações de uso: evitar aplicações de metamifope em condições de estresse hídrico e solo seco, quando as plantas se encontram murchas durante o dia, sob pena de baixa eficácia.
Facilitadores de eficácia: adicionar adjuvante à base de óleo mineral na dose de 0,25 a 0,5% v/v ou, na dose recomendada pelo fabricante.
Literatura consultada:
AGROFIT. Sistemas de agrotóxicos fitossanitários. Disponível em: https://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons. Acesso em: 25 mar. 23.
HEAP, I. The international herbicide-resistant weed database. Disponível em: www.weedscience.org. Acesso em: 25 mar. 23.
RODRIGUES, B. N.; ALMEIDA, F. L. S. Guia de herbicidas. 7ª ed. Londrina, 2018. 764 p.
SHANER, D. L. Herbicide Handbook. 10th Edition, Weed Science Society of America, Lawrence, 2014. 513 p.
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