Marcas comerciais: Agile (cletodim + haloxifope-P-metílico), Araddo (cletodim + fluroxipir-meptílico), Cartago, Cebrate (cletodim + quizalofope-P-etílico), Centurion, Clect, Clethodim R 240 EC Perterra, Cletodim BRX, Cletodim CCAB 240 EC, Cletodim Nortox, Cletodim 240 EC PLS CL1, Cletodim 240 EC Proventis, Cletodim 240 Tecnomyl, Freno 240 EC, Grasidim Full, Simodim, Haloxyfop 200 + Cletodim 250 EC UPL (cletodim + haloxifope-P-metílico), Interllect, Jaffa, Kennox (cletodim + haloxifope-P-metílico), Kraken 240 EC, Kroll (cletodim + quizalofope-P-etílico), Lord, Poquer, Proteno, Select Force, Select One Pack, Select 240 EC, Selefen (cletodim + fenoxaprope-P-etílico), Viance.

EC – Concentrado emulsionável

1 – Recomendações de uso do cletodim

Culturas: abacate, abacaxi, acerola, algodão, alho, amendoim, amora, arroz irrigado, aveia, batata yacon, batata, batata-doce, beringela, beterraba, cacau, café, caju, cana-de-açúcar, canola, caqui, cará, carambola, cebola, cenoura, centeio, cevada, citros, duboisia, ervilha, eucalipto, feijão, feijão-caupi, figo, fumo, gengibre, gergelim, girassol, goiaba, grão-de-bico, inhame, jiló, lentilha, linhaça, maçã, mamão, mamona, mandioca, mandioquinha-salsa, manga, mangaba, maracujá, melancia, milho, morango, nabo, oliveira, pimenta, pimentão, pinus, quiabo, rabanete, soja, tomate, trigo, triticale, uva.
Plantas daninhas controladas pelo cletodim:
Arroz voluntário (Oryza sativa)
Aveia-preta (Avena strigosa)
Azevém (Lolium multiflorum)
Capim-amargoso (Digitaria insularis)
Capim-arroz (Echinochloa crusgalli)
Capim-camalote (Rottboellia exaltata)
Capim-carrapicho (Cenchrus echinatus)
Capim-colchão (Digitaria horizontalis)
Capim-colonião (Panicum maximum)
Capim-custódio (Pennisetum setosum)
Capim-de-rhodes (Chloris gayana)
Capim-marmelada (Brachiaria plantaginea)
Capim-massambará (Sorghum halepense)
Capim-mimoso (Eragrostis ciliares)
Capim-pé-de-galinha (Eleusine indica)
Capim-rabo-de-raposa (Setaria geniculata)
Milheto voluntário (Pennisetum americanum)
Milho voluntário (Zea mays)
Trigo voluntário (Triticum aestivum)
Posicionamento: em pós-emergência das plantas daninhas, na dessecação pré-semeadura de culturas suscetíveis como arroz irrigado ou após a emergência das culturas tolerantes. Na cultura da cana-de-açúcar, cletodim é utilizado como maturador e também para incrementar os parâmetros relacionados à qualidade. Dessa forma, é aplicado de 40 a 60 dias antes da colheita. Além disso, é recomendada a aplicação em pré-emergência das culturas e pós-emergência das plantas daninhas no caso do milho, aveia, centeio, cevada, trigo e triticale (restrito à alguns produtos comerciais). Por outro lado, a grande maioria dos produtos comerciais recomenda a aplicação em pré-semeadura nessas culturas, respeitando o intervalo mínimo de 7 dias entre a aplicação e implantação. Cletodim também é recomendado para o manejo, em pré-semeadura da soja, em áreas com capim-amargoso resistente ao glifosato. Nesse caso, deve ser aplicado no florescimento da planta daninha e realizar aplicações sequenciais, com intervalos de, aproximadamente, 21 dias. No caso das frutíferas, a recomendação é de aplicação nas entrelinhas do pomar.
Doses: 24 a 240 g i.a./ha.

Consulte sempre um(a) engenheiro(a) agrônomo(a) e siga as prescrições da receita agronômica e da bula.

2 – Características físico-químicas do herbicida

Grupo químico: óxima ciclohexanodiona.
Pressão de vapor: <1,33 x 10-5 Pa (20ºC).
Solubilidade: 11,9 mg/L de água (25ºC).
pKa: 4,1 (ácido fraco).
Kow: >3000 (pH 5), 40 (pH 7).

3 – Comportamento nas plantas

Absorção e translocação: facilmente absorvido pelas folhas. Move-se pelo simplasto (floema).
Mecanismo de ação: inibidor da Acetil CoA Carboxilase (ACCase).
Classificação HRAC: grupo A.
Sintomatologia: paralização do crescimento e clorose foliar. Ocorre a necrose do ponto de crescimento logo acima do nó, fazendo com que as folhas centrais soltem facilmente. As folhas mais velhas podem tornar-se avermelhadas ou arroxeadas.
Metabolismo e seletividade: metabolizado rapidamente nas culturas tolerantes. Por outro lado, o espectro peculiar de ação provém, principalmente, da diferença no sítio de ação, entre as espécies tolerantes e suscetíveis.
Casos de resistência: populações de azevém (Lolium perene ssp. multiflorum) são resistentes ao herbicida no Brasil. Os casos de resistência de gramíneas, no mundo, totalizam 33.
Mecanismos de resistência: sítio de ação alterado, metabolismo aumentado e sequestro do herbicida.

4 – Comportamento de cletodim no ambiente

Sorção: fracamente adsorvido ao solo.
Koc: –
Kd: 0,05-0,23 mL/g, média de cinco solos.
Transformação: hidrólise e fotodegradação.
Persistência: não persistente, com meia-vida de aproximadamente 3 dias.
Mobilidade: –
Volatilização: desprezível.

5 – Tecnologia de aplicação terrestre

Volume de calda: 100 a 300 L/ha.
Preparação da calda: manter o agitador sempre acionado e garanta que o tanque esteja isento de resíduos de outros produtos, a fim de evitar incompatibilidades.
Tamanho de gotas: 200 a 500 mícron, mínimo de 20 gotas/cm².
Pontas de pulverização: tipo leque, da série 80 ou 110.
Altura da barra: de 30 a 50 cm acima do alvo, conforme ângulo da ponta escolhida.
Velocidade do vento: entre 2 e 10 km/h.
Umidade do ar: mínima de 60%.
Temperatura: até 30ºC.
Incompatibilidades e limitações de uso: antagonismo no controle de gramíneas, quando misturado em tanque com bentazona e acifluorfem-sódico. Em períodos de seca prolongada, recomenda-se não aplicar o produto.
Facilitadores de eficácia: o uso de adjuvante, conforme recomendado em bula, é essencial para assegurar um bom controle. Observar o estádio de até 4 perfilhos para a aplicação de cletodim. No caso de perenes, até 40 cm de altura.

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