O herbicida MSMA é seletivo, sistêmico, posicionado em pós-emergência para o controle de mono e eudicotiledôneas.
Marcas comerciais: Ancosar 720, Castle (diurom + MSMA), Dessecan, MSMA 720 e Volcane.
SC – Suspensão concentrada
SL – Concentrado solúvel
1 – Recomendações de uso:
Culturas: algodão, café, cana-de-açúcar e citros.
Plantas daninhas controladas pelo MSMA:
Beldroega (Portulaca oleracea)
Capim carrapicho (Cenchrus echinatus)
Capim-braquiária (Brachiaria decumbens)
Capim-colchão (Digitaria horizontalis, Digitaria sanguinalis)
Capim-colonião (Panicum maximum)
Capim-marmelada (Brachiaria plantaginea)
Capim-massambará (Sorghum halepense)
Capim-pé-de-galinha (Eleusine indica)
Capim-rabo-de-raposa (Setaria geniculata)
Carrapicho-de-carneiro (Acanthospermum hispidum)
Caruru-de-mancha (Amaranthus viridis)
Caruru-roxo (Amaranthus hybridus)
Corda-de-viola (Ipomoea aristolochiaefolia, Ipomoea grandifolia)
Guanxuma (Sida rhombifolia)
Mastruz (Lepidium virginicum)
Mostarda (Brassica rapa)
Nabo-bravo (Raphanus raphanistrum)
Picão-branco (Galinsoga parviflora)
Picão-preto (Bidens pilosa)
Poaia-branca (Richardia brasiliensis)
Rubim (Leonorus sibiricus)
Serralha (Sonchus oleraceus)
Tiririca (Cyperus rotundus)
Trapoeraba (Commelina benghalensis)
Posicionamento: sempre em pós-emergência das plantas daninhas. Algodão – a aplicação deve ser em jato dirigido para as plantas daninhas, em direção à base das plantas do algodoeiro, evitando contato com as folhas da cultura. Aplicar quando a cultura estiver com aproximadamente 40 a 50 cm de altura. Cana-de-açúcar – a aplicação deve ser realizada logo após o plantio (em cana planta) ou após o corte da cultura (em cana soca). Citros – aplicar em jato dirigido para as plantas daninhas, evitando contato com as folhas da cultura. Além disso, a mistura de MSMA + diurom é recomendada para algodão, cana-de-açúcar, citros e café.
Doses: 1800 a 2880 g i.a./ha.
Consulte sempre um(a) engenheiro(a) agrônomo(a) e siga as prescrições da receita agronômica e da bula.
2 – Características físico-químicas do herbicida:
Grupo químico: organoarsênico.
Pressão de vapor: 1,33 x 10-3 Pa (20ºC).
Solubilidade: 1.040.000 mg/L de água (25ºC).
pKa: 4,1 e 9,02.
Kow: < 1.
3 – Comportamento nas plantas:
Absorção e translocação: absorvido pelas folhas e translocado prioritariamente pelo simplasto. Porém, quando absorvido pelas raízes, o MSMA apresenta alguma mobilidade pelo xilema.
Mecanismo de ação: ainda não é bem estabelecido.
Classificação HRAC: grupo Z.
Sintomatologia: clorose foliar seguida de rápida dessecação (necrose), que parece ser resultado de destruição da membrana celular.
Metabolismo e seletividade: o metabolismo passa pela conjugação com compostos orgânicos endógenos.
Casos de resistência: até o momento são relatadas sete ocorrência de resistência ao MSMA. Todas nos Estados Unidos, com carrapichão (Xanthium strumarium).
Mecanismos de resistência: não foram encontradas informações.
4 – Comportamento no ambiente:
Sorção: fortemente adsorvido ao solo, fixado pelo Fe e Al.
Koc: 7000 mL/g (médio).
Kd: 18,7 mL/g em solo argilo-siltoso.
Transformação: sofre alguma degradação microbiana.
Persistência: moderada a longa. A meia vida média, em condições de campo é de 180 dias.
Mobilidade: média a baixa mobilidade em solos arenosos. Por outro lado, é imóvel em solos com alto teor de silte e argila.
Volatilização: sem perdas por essa via.
5 – Tecnologia de aplicação terrestre:
Volume de calda: 167 a 500 L/ha.
Preparação da calda: colocar água limpa até aproximadamente 2/3 da capacidade do tanque de pulverização. Em seguida, adicionar MSMA na dose recomendada, completando o tanque com água e mantendo a agitação da calda durante o processo de preparo e pulverização.
Tamanho de gotas: não especificado em bula. No entanto, é importante boa cobertura das plantas daninhas.
Pontas de pulverização: jato do tipo leque (ex. 80.04 e 110.04).
Altura da barra: o mínimo possível para proporcionar cobertura uniforme do alvo.
Velocidade do vento: evitar ventos superiores a 10 km/h.
Umidade do ar: mínimo de 60%.
Temperatura: entre 20 e 30ºC.
Incompatibilidades e limitações de uso: o uso de água com rica em Ca, Mg e Fe (dura ou salobra) para a preparação da calda pode resultar em precipitação, uma vez que esses cátions formam sais insolúveis com o herbicida. Além disso, não utilizar as áreas de cana-de-açúcar para o plantio de outras culturas em um intervalo de 2 anos após a última aplicação do herbicida.
Facilitadores de eficácia: chuvas até seis horas após a aplicação podem comprometer a eficácia do MSMA. Além disso, deve-se evitar a aplicação em dias nublados.
Literatura consultada:
AGROFIT. Sistemas de agrotóxicos fitossanitários. Disponível em: https://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons. Acesso em: 31 mar. 23.
HEAP, I. The international herbicide-resistant weed database. Disponível em: www.weedscience.org. Acesso em: 31 mar. 23.
RODRIGUES, B. N.; ALMEIDA, F. L. S. Guia de herbicidas. 7ª ed. Londrina, 2018. 764 p.
SHANER, D. L. Herbicide Handbook. 10th Edition, Weed Science Society of America, Lawrence, 2014. 513 p.
S-metolacloro
S-metolacloro, isolado ou em mistura com flumioxazina, metribuzim, atrazina, fomesafem e outros é valiosa opção no manejo de resistência.
Diclosulam
Diclosulam controla, em pré-emergência, plantas daninhas como beldroega, buva, caruru, erva-quente e alguns capins na soja e cana-de-açúcar.
Orthosulfamuron
Controle cruz-de-malta, sagitária e junquinho na cultura do arroz. Conheça o orthosulfamuron, que também é maturador da cana-de-açúcar!
Azinsulfurom
Seletivo e sistêmico, o azinsulfurom controla ciperáceas e sagitária na cultura do arroz irrigado.