Conheça e aplique melhor os herbicidas

Clodinafope-propargil

O herbicida clodinafope-propargil é seletivo, sistêmico, posicionado em pós-emergência para o controle de gramíneas.

Marcas comerciais: Sedum (clodinafope-propargil + pinoxadem), Topik 240 EC, Traxos (clodinafope-propargil + pinoxadem).

EC – Concentrado emulsionável

1 – Recomendações de uso:

Culturas: soja, trigo.
Plantas daninhas controladas pelo clodinafope-propargil:
Aveia-preta (Avena strigosa)
Aveia (Avena sativa)
Azevém (Lolium multiflorum)
Capim-pé-de-galinha (Eleusine indica)
Capim-amargoso (Digitaria insularis)
Milho voluntário (Zea mays)
Posicionamento: aplicação em pós-emergência (início do perfilhamento) ou de 15 a 25 dias após a emergência da cultura.
Doses: 24 a 96 g i.a./ha, a depender da planta daninha, estádio e cultura.

Consulte sempre um(a) engenheiro(a) agrônomo(a) e siga as prescrições da receita agronômica e da bula.

2 – Características físico-químicas do herbicida:

Grupo químico: ácido arilofenoxipropiônico.
Pressão de vapor: 3,2 x 10-6 Pa (25ºC).
Solubilidade: 4,0 mg/L de água (pH 7, 25ºC).
pKa: 2,91 (ácido fraco).
Kow: log Kow = 3,9.

3 – Comportamento nas plantas:

Absorção e translocação: rapidamente absorvido pelas folhas das plantas. A translocação ocorre pelo floema, com acúmulo nos pontos de crescimento.
Mecanismo de ação: inibidor da Acetil CoA Carboxilase (ACCase).
Classificação HRAC: grupo A.
Sintomatologia: paralisação do crescimento em poucos dias após a aplicação. Após, ocorre amarelecimento das folhas jovens e necrose dos pontos de crescimento das gramíneas. Como resultado, as folhas centrais do soltam com facilidade e é possível observar a região escurecida pela necrose na base.
Metabolismo e seletividade: rapidamente metabolizado em culturas tolerantes.
Casos de resistência: até o momento, nenhum relato no Brasil. No entanto, são relatados 73 casos de gramíneas resistentes no mundo.
Mecanismos de resistência: sítio de ação alterado e metabolismo aumentado do herbicida.

4 – Comportamento no ambiente:

Sorção: média a baixa.
Koc: 1195 mL/g em solo siltoso, com pH 6,5 e 1,4% de carbono orgânico.
Kd: 16,6 mL/g em solo siltoso, com pH 6,5 e 1,4% de carbono orgânico.
Transformação: passível de fotólise em solo úmido, degradação microbiana e hidrólise, nesse caso, influenciada pelo pH do meio.
Persistência: clodinafope-propargil dissipa rapidamente no solo. Em condições climáticas favoráveis, a meia-vida do herbicida é de 1 dia.
Mobilidade: baixo potencial de mobilidade, permanecendo na camada superficial do solo (~10 cm).
Volatilização: perdas desprezíveis.

5 – Tecnologia de aplicação terrestre:

Volume de calda: 100 a 300 L/ha.
Preparação da calda: agitar a embalagem do produto vigorosamente antes da preparação da calda. Manter agitação constante, desde o preparo até o término da aplicação. Observar a necessidade de adição de óleo mineral à calda, conforme recomendação da bula.
Tamanho de gotas: 150 a 400 micrômetro, densidade de 20 gotas/cm².
Pontas de pulverização: jato plano ou cônico vazio.
Altura da barra: suficiente para sobrepor os jatos adequadamente.
Velocidade do vento: evitar aplicações com vento superior a 10 km/h.
Umidade do ar: mínima de 55%.
Temperatura: máxima de 27ºC.
Incompatibilidades e limitações de uso: exige período mínimo de 3 horas sem chuva, para que não ocorra comprometimento da eficácia de controle. Não aplicar em condições de déficit hídrico prolongado.
Facilitadores de eficácia: a aplicação é recomendada no período da manha (até as 10h) ou a tarde (após as 16h), uma vez que as condições comuns nesses horários proporcionam melhor absorção do produto pelas plantas e, consequentemente, maior eficácia. Além disso, o momento de maior eficácia no produto é na pós-emergência inicial das plantas daninhas (2 a 4 folhas).

Literatura consultada:
AGROFIT. Sistemas de agrotóxicos fitossanitários. Disponível em: https://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons. Acesso em: 7 fev. 23.
HEAP, I. The international herbicide-resistant weed database. Disponível em: www.weedscience.org. Acesso em: 7 fev. 23.
RODRIGUES, B. N.; ALMEIDA, F. L. S. Guia de herbicidas. 7ª ed. Londrina, 2018. 764 p.
SHANER, D. L. Herbicide Handbook. 10th Edition, Weed Science Society of America, Lawrence, 2014. 513 p.

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