O herbicida oxifluorfem é seletivo, de contato, posicionado em pré e pós-emergência para o controle de mono e eudicotiledôneas.
Marcas comerciais: Block, Galigan 240 EC e Goal BR.
EC – Concentrado emulsionável
1 – Recomendações de uso:
Culturas: algodão, arroz irrigado, café, cana-de-açúcar, citros, pinus, eucalipto, cebola e repolho.
Plantas daninhas controladas pelo oxifluorfem:
Arroz-daninho (Oryza sativa)
Beldroega (Portulaca oleraceae)
Capim-arroz (Echinochloa crusgalli)
Capim-braquiária (Brachiaria decumbens)
Capim-carrapicho (Cenchrus echinatus)
Capim-colchão (Digitaria horizontalis)
Capim-colonião (Panicum maximum)
Capim-gordura (Melinis nudiflora)
Capim-marmelada (Brachiaria plantaginea)
Capim-pé-de-galinha (Eleusine indica)
Carrapicho-de-carneiro (Acanthospermum hispidum)
Carrapicho-rasteiro (Acanthospermum australe)
Caruru-rasteiro (Amaranthus deflexus)
Caruru-roxo (Amaranthus hybridus)
Corda-de-viola (Ipomoea aristolochiaefolia)
Guanxuma (Sida rhombifolia)
Junquinho (Cyperus ferax, Cyperus difformis)
Leiteiro (Euphorbia heterophylla)
Mostarda (Brassica rapa)
Nabiça (Raphanus raphanistrum)
Picão-branco (Galinsoga parviflora)
Picão-grande (Blainvillea latifolia)
Picão-preto (Bidens pilosa)
Poaia-branca (Richardia brasiliensis)
Trapoeraba (Commelina benghalensis)
Posicionamento: algodão – aplicar oxifluorfem na forma de jato dirigido, em pré-emergência das plantas daninhas, ou no máximo com 3 a 4 cm de altura. Aplicar quando o algodoeiro tiver pelo menos 50 cm de altura, evitando que o produto atinja as folhas. Se o algodoeiro estiver menor, usar capas protetoras. Arroz irrigado – em pré-emergência, aplicar o herbicida após o plantio até o início da germinação do arroz (ponto de agulha) e em pré-emergência das plantas daninhas. Em benzedura, aplicar sobre a lâmina de água, na dose de 1 L/ha em pós-emergência das plantas daninhas e em pré-plantio da cultura. Em pré-plantio, para o controle de arroz-vermelho e outras plantas daninhas, recomenda-se aplicar oxifluorfem na dose de 3 a 4 L/ha, 15 a 20 dias antes do plantio. Café – em viveiro, após a semeadura direta nos canteiros, deve-se fazer irrigação e em seguida aplicar o herbicida antes do 5º dia. Para manter o viveiro no limpo, a aplicação deve ser feita em pré-emergência ou pós-emergência inicial das plantas daninhas. Após o transplante, aplicar oxifluorfem em jato dirigido para o colo das plantas. Em café adulto, logo após a arruação recomenda-se a aplicação em jato dirigido para o solo, de modo a cobrir toda a área que foi limpa. Na esparramação, recomenda-se a aplicação em jato dirigido para o solo. Cana-de-açúcar – em pré-emergência, aplicar após o plantio, antes da emergência das plantas daninhas. Na cana soca, efetuar uma aplicação em pré-emergência das plantas daninhas, até o estágio de 2-3 folhas da cana. Citros – No viveiro, aplicar oxifluorfem em jato dirigido, após o pegamento das mudas, tanto em pré-emergência ou quanto em pós-emergência inicial das plantas daninhas. No local definitivo, aplicar em jato dirigido para o colo da planta. Eucalipto e pinus – aplicar logo após o plantio das mudas. Nesse caso, a aplicação pode ser feita sobre as plantas transplantadas. No entanto, em eucalipto com folhas pilosas, recomenda-se dirigir o jato de pulverização para o colo das plantas. Cebola – deve ser aplicado somente em área com sistema de cultivo de cebolas transplantadas. Pulverizar em área total, até sete dias após o transplante das mudas e na pré-emergência das plantas infestantes. Repolho – aplicado somente em área com sistema de cultivo de repolhos transplantados. Pulverizar em área total, até três dias antes do transplante das mudas, em solo descoberto e na pré-emergência das plantas infestantes.
Doses: 180 a 1440 g i.a./ha.
Consulte sempre um(a) engenheiro(a) agrônomo(a) e siga as prescrições da receita agronômica e da bula.
2 – Características físico-químicas do herbicida:
Grupo químico: éter difenílico.
Pressão de vapor: 2,67 x 10-4 Pa (25ºC).
Solubilidade: 0,1 mg/L (20ºC).
pKa: não ionizável.
Kow: 29400 (25ºC).
3 – Comportamento nas plantas:
Absorção e translocação: prontamente absorvido pela parte aérea das plantas, inclusive durante a emergência. Por outro lado, a absorção radicular ocorre em menor grau. Principalmente sob luz, a mobilidade tanto via floema, quanto xilema, é muito limitada.
Mecanismo de ação: inibidor da Protoporfirinogênio oxidase (PROTOX).
Classificação HRAC: grupo E.
Sintomatologia: rápido extravasamento do conteúdo celular, evidenciado pelo aspecto encharcado das folhas. Essas lesões, que apresentam o formato das gotas de pulverização evoluem para necrose e dessecação dentro de 1 a 2 dias.
Metabolismo e seletividade: metabolizado muito lentamente pelas plantas.
Casos de resistência: biótipos de azevém (Lolium rigidum) e losna (Ambrosia artemisiifolia) são resistentes ao herbicida na Espanha e Estados Unidos, respectivamente.
Mecanismos de resistência: não identificados para os dois casos.
4 – Comportamento no ambiente:
Sorção: fortemente absorvido pelo solo. A adsorção aumenta com o aumento do conteúdo de matéria orgânica.
Koc: média de 100000 mL/g.
Transformação: fotólise é um importante meio de degradação do oxifluorfem no ambiente.
Persistência: moderado residual, com uma meia-vida média de 35 dias.
Mobilidade: imóvel na maioria dos solos. Porém, pode apresentar alguma mobilidade em solos extremamente arenosos.
Volatilização: pequenas perdas.
5 – Tecnologia de aplicação terrestre:
Volume de calda: 100 a 500 L/ha.
Preparação da calda: colocar água limpa até aproximadamente 2/3 da capacidade do tanque de pulverização. Em seguida, adicionar oxifluorfem nas doses recomendadas, completando o tanque com água e mantendo a agitação da calda durante o processo de preparo e aplicação.
Tamanho de gotas: acima de 300 micras, preferencialmente, gotas entre 440 e 520 micras. Além disso, usar densidade mínima de 20 gotas/cm².
Pontas de pulverização: bicos tipo leque 80.03, 80.04, 110.03, 110.04 ou similares.
Altura da barra: a altura dos bicos deverá ser aquela que proporcione o trespasse dos jatos, para que a superfície tratada receba uma quantidade uniforme de produto, evitando-se falhas ou acumulo de produto nas faixas.
Velocidade do vento: entre 3 e 10 km/h.
Umidade do ar: superior a 55%.
Temperatura: inferior a 30ºC.
Incompatibilidades e limitações de uso: não é recomendada a aplicação de oxifluorfem para o controle de plantas infestantes em áreas de cebola cultivada no sistema de semeadura direta, devido à possibilidade de ocorrer problemas de fitotoxicidade na cultura.
Facilitadores de eficácia: para aplicação, o solo deve estar úmido e livre de restos de cultura.
Literatura consultada:
AGROFIT. Sistemas de agrotóxicos fitossanitários. Disponível em: https://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons. Acesso em: 6 abr. 23.
HEAP, I. The international herbicide-resistant weed database. Disponível em: www.weedscience.org. Acesso em: 6 abr. 23.
RODRIGUES, B. N.; ALMEIDA, F. L. S. Guia de herbicidas. 7ª ed. Londrina, 2018. 764 p.
SHANER, D. L. Herbicide Handbook. 10th Edition, Weed Science Society of America, Lawrence, 2014. 513 p.
Cloransulam-metílico
O herbicida cloransulam-metílico controla plantas daninhas como corda-de-viola, picão e guanxuma, dentre outras, na cultura da soja.
Mesotriona
Controle beldroega, caruru, picão, capim-colchão e capim-pé-de-galinha na cana-de-açúcar, milho e milheto. Conheça a mesotriona!
Metribuzim
Velho conhecido, o metribuzim anda com roupa nova, como na mistura com S-metolacloro, para o controle de capins e caruru na soja. Saiba mais!
Ciclossulfamurom
Aplicado em pós-emergência, o ciclossulfamurom controla aguapé, angiquinho, sagitária, cruz-de-malta e ciperáceas no arroz.