Conheça e aplique melhor os herbicidas

Terbutilazina

O herbicida terbutilazina é seletivo, sistêmico, posicionado em pré e pós-emergência para o controle de mono e eudicotiledôneas.

Acesso rápido

Marcas comerciais: Click, Sonda, Sonda HT, Terbumax, Terbutilazina Oxon 500 SC.

SC – Suspensão concentrada
WG – Grânulos dispersíveis em água

1 – Recomendações de uso

Culturas: milheto, milho e sorgo.
Plantas daninhas controladas por terbutilazina:
Capim-braquiária (Brachiaria decumbens)
Capim-colchão (Digitaria horizontalis)
Capim-marmelada (Brachiaria plantaginea)
Capim-pé-de-galinha (Eleusine indica)
Caruru-de-mancha (Amaranthus viridis)
Caruru-roxo (Amaranthus hybridus)
Corda-de-viola (Ipomoea grandifolia)
Erva-quente (Spermacoce latifolia)
Guanxuma (Sida cordifolia)
Leiteiro (Euphorbia heterophylla)
Picão-preto (Bidens pilosa)
Poaia-branca (Richardia brasiliensis)
Soja voluntária (Glycine max)
Trapoeraba (Commelina benghalensis)
Posicionamento: milheto e sorgo – aplicar logo após o plantio, na pré-emergência da cultura e das plantas infestantes, através de tratamento em área total. Milho – aplicar logo após a semeadura, em pré-emergência da cultura e das plantas infestantes, através de tratamento em área total ou em faixas com largura aproximada de 50 cm ao longo do sulco de plantio. Na ocorrência de plantas infestantes de folhas largas e estreitas, pode-se aplicar na pós-emergência inicial com as plantas infestantes no estádio de até 6 folhas. Em pós-emergência, pode ser aplicado em área total, com a cultura do milho já estabelecida.
Doses: 500 a 1500 g i.a./ha.

Consulte sempre um(a) engenheiro(a) agrônomo(a) e siga as prescrições da receita agronômica e da bula.

2 – Características físico-químicas do herbicida

Grupo químico: triazina.
Pressão de vapor: 1,5 x 10-4 Pa (20ºC).
Solubilidade: 8,5 mg/L de água (20º).
pKa: 2,0. Terbutilazina comporta-se como ácido fraco.
Kow: log Kow = 3,04.

imagem da molecula do herbicida Terbutilazina - Terbutilazina
Figura 1 - Estrutura molecular do herbicida Terbutilazina.
3 – Comportamento nas plantas

Absorção e translocação: absorção radicular, seguida por translocação, predominantemente, via xilema. Ocorre acúmulo nos meristemas apicais.
Mecanismo de ação: inibidor da fotossíntese no fotossistema II.
Classificação HRAC: grupo C1.
Sintomatologia: clorose seguida de necrose.
Metabolismo e seletividade: terbutilazina é metabolizada em plantas tolerantes.
Casos de resistência: até o momento, são relatados seis casos de resistência ao herbicida. Porém, nenhum ocorre no Brasil.
Mecanismos de resistência: sítio de ação alterado.

4 – Comportamento no ambiente

Sorção:
Koc: 162 a 278 mL/g.
Transformação: passível de degradação microbiana e hidrólise, cuja velocidade depende do pH do meio.
Persistência: DT50 varia de 88 a 116 dias.
Mobilidade: pode ser lixiviado para camadas subsuperficiais sob chuvas intensas, em solos arenosos.
Volatilização: não volátil.

5 – Tecnologia de aplicação terrestre

Volume de calda: 250 a 400 L/ha.
Preparação da calda: o produto na quantidade pré-determinada, pode ser despejado diretamente no tanque do pulverizador, com 1/4 do volume e o sistema de agitação ligado. Em seguida completar o volume com água.
Tamanho de gotas: gotas de tamanho médio a grande, de 20 a 40 gotas/cm².
Pontas de pulverização: bicos leques do tipo Teejet 80.03, 80.04, 110.03, 110.04 ou similares.
Altura da barra: ajuste a barra de forma a obter uma distribuição uniforme do produto, de acordo com o desempenho dos elementos geradores de gotas. Todas as pontas da barra deverão ser mantidas a mesma altura em relação ao topo das plantas ou do alvo de deposição. Regule a altura da barra para a menor possível a fim de obter uma cobertura uniforme e reduzir a exposição das gotas à evaporação e ao vento.
Velocidade do vento: entre 3 e 10 km/h.
Umidade do ar: acima de 50%.
Temperatura: abaixo de 30ºC.

6 – Incompatibilidades e limitações de uso

O produto não deve ser aplicado em solos mal preparados com torrões ou em solo seco. Além disso, não deve ser aplicado na pré-emergência das culturas de milheto e sorgo, nos solos de textura arenosa. A seletividade de terbutilazina ocorre através de mecanismos fisiológicos, particularmente, as plantas de milho conseguem metabolizar a terbutilazina em compostos não tóxicos após sua absorção. No entanto, em milheto e sorgo, a seletividade do é resultado do posicionamento do produto em relação as plantas quando aplicado na pré-emergência dessas culturas, particularmente nos solos de textura média a pesada (argilosos), nos quais o herbicida permanece estável nas primeiras camadas, devido a maior adsorção pelos coloides e fora do alcance dos pontos de penetração. Nos solos arenosos, a estabilidade da terbutilazina na camada superficial tende a ser menor, devido a menor adsorção e maior lixiviação. Tal situação predispõe a maiores riscos de fitotoxicidade, a qual se manifesta através da clorose, necrose, morte da planta logo após a germinação. Por isso, o herbicida não é recomendado para aplicação na pré-emergência de milheto e sorgo, neste padrão de solo.

7 – Facilitadores de eficácia

Na aplicação em pré-emergência, o solo deve estar preparado, livre de torrões e restos culturais e com boa umidade para melhor eficácia do produto. Na aplicação em pós-emergência, deve-se respeitar o estádio de desenvolvimento da planta infestante. Além disso, utilizar adjuvante à base de óleo mineral na dose 0,25% v/v, ou conforme recomendação do fabricante. Também, a ocorrência de chuvas normais nas duas primeiras semanas após a aplicação é benéfica para o bom funcionamento do produto, porém, precipitações excessivas nesse período poderão comprometer a atividade residual do herbicida.

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Literatura consultada:
AGROFIT. Sistemas de agrotóxicos fitossanitários. Disponível em: https://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons. Acesso em: 6 mai. 23.
HEAP, I. The international herbicide-resistant weed database. Disponível em: www.weedscience.org. Acesso em: 6 mai. 23.
RODRIGUES, B. N.; ALMEIDA, F. L. S. Guia de herbicidas. 7ª ed. Londrina, 2018. 764 p.
SHANER, D. L. Herbicide Handbook. 10th Edition, Weed Science Society of America, Lawrence, 2014. 513 p.

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