Conheça e aplique melhor os herbicidas

Trifloxissulfurom-sódico

O herbicida trifloxissulfurom-sódico é seletivo, sistêmico, posicionado em pós-emergência para o controle de mono e eudicotiledôneas.

Acesso rápido

 

Marcas comerciais

Trifloxissulfurom-sódico: Actend, Envoke, Table e Trifloxissulfurom CCAB 750 WG.
Ametrina + trifloxissulfurom-sódico: Krismat WG.

WG – Grânulos dispersíveis em água

 

1 – Recomendações de uso

Culturas: algodão e cana-de-açúcar.
Plantas daninhas controladas pelo trifloxissulfurom-sódico:
Anileira (Indigofera hirsuta)
Apaga-fogo (Alternanthera tenella)
Carrapichão (Xanthium cavanillesii)
Carrapicho-de-carneiro (Acanthospermum hispidum)
Caruru-de-mancha (Amaranthus viridis)
Caruru-gigante (Amaranthus retroflexus)
Cheirosa (Hyptis suaveolens)
Corda-de-viola (Ipomoea grandifolia)
Erva-de-santa-luzia (Chamaesyce hirta)
Erva-de-touro (Tridax procumbens)
Fedegoso-branco (Senna obtusifolia)
Leiteiro (Euphorbia heterophylla)
Mentrasto (Ageratum conyzoides)
Nabo (Raphanus raphanistrum)
Picão-preto (Bidens pilosa)
Tiririca (Cyperus rotundus)
Posicionamento: aplicação em pós-emergência das plantas daninhas nas culturas do algodão (2 a 3 semanas após a semeadura) e cana-de-açúcar. A mistura formulada de Ametrina + trifloxissulfurom-sódico é indicada para o controle pós-emergente das plantas infestantes, na cultura da cana-de-açúcar (planta e soca).
Doses: 7,5 a 22,5 g i.a./ha.

Consulte sempre um(a) engenheiro(a) agrônomo(a) e siga as prescrições da receita agronômica e da bula.

2 – Características físico-químicas do herbicida

Grupo químico: sulfoniluréia.
Pressão de vapor: <1 x 10-5 Pa (25ºC).
Solubilidade: 5016 mg/L de água (pH 7, 25ºC).
pKa: 4,76.
Kow: log Kow = -0,43 (pH 7).

imagem da molecula do herbicida trifloxissulfurom sodico - Trifloxissulfurom-sódico
Figura 1 - Estrutura molecular do herbicida trifloxissulfurom-sódico.
3 – Comportamento nas plantas

Absorção e translocação: absorvido tanto pelas raízes, quanto pela parte aérea.
Mecanismo de ação: inibidor de Acetolactato sintase (ALS).
Classificação HRAC: grupo B.
Sintomatologia: a inibição do crescimento é rapidamente perceptível. No entanto, os demais sintomas nas plantas se manifestam somente 5 a 6 dias após aplicação, com a clorose do meristema apical que se torna posteriormente necrótico, sendo necessários de 7 a 15 dias, até a morte da planta.
Metabolismo e seletividade: metabolizado pelas plantas tolerantes através diversas reações. Absorção e metabolismo diferenciais conferem tolerância ao algodão.
Casos de resistência: biótipos de caruru (Amaranthus retroflexus, A. viridis) e mentrasto (Ageratum conyzoides) foram relatados como resistentes ao herbicida, em lavouras de algodão e soja, no Brasil.
Mecanismos de resistência: em se tratando de inibidores de ALS, principalmente, sítio de ação alterado. No entanto, nos casos relatados no Brasil, o mecanismo de resistência não foi informado.

4 – Comportamento no ambiente

Sorção: fortemente influenciada pela textura e pH do solo.
Koc: 29 a 574 mL/g.
Transformação: passível de fotodegradação e hidrólise no solo. Trifloxissulfurom-sódico é menos estável em solos mais ácidos.
Persistência: a meia-vida varia de 5 a 15 dias em solos mais úmidos e sob temperaturas elevadas.
Mobilidade: dependente do pH. No entanto, em condições de campo, o herbicida costuma permanecer na camada superficial do solo.
Volatilização: perdas desprezíveis.

5 – Tecnologia de aplicação terrestre

Volume de calda: 100 a 400 L/ha.
Preparação da calda: calcular a quantidade de água e produto necessários para tratar a área. Colocar ¼ de água limpa no tanque do pulverizador e acionar o sistema de agitação. Adicionar o produto na dose recomendada e, em seguida, completar o tanque. O espalhante adesivo deve ser adicionado ao final da preparação.
Tamanho de gotas: não especificado em bula.
Pontas de pulverização: tipo leque 80.02., 80.03, 80.04, 110.02, 110.03 ou 110.04 ou similares.
Altura da barra: não especificado em bula.
Velocidade do vento: evitar ventos superiores a 10 km/h.
Umidade do ar: acima de 50%.
Temperatura: entre 20 e 30ºC.

6 – Incompatibilidades e limitações de uso

É necessário um período aproximado de 2 a 3 horas sem chuvas após a aplicação, para que o herbicida seja absorvido pelas plantas infestantes. Além disso, não aplicar trifloxissulfurom-sódico em algodão com menos de 4 folhas, em razão da maior sensibilidade do algodoeiro ao produto. Ainda, não aplicar o produto associado aos herbicidas graminicidas pós-emergentes, devido à possível ocorrência de antagonismo. Após o uso na cultura do algodão, não plantar outra cultura na mesma área, dentro do período de 8 meses. Em caso de perda da cultura, o replantio poderá ser feito após 30 dias da aplicação. Na cultura do algodão, não usar óleo mineral ou vegetal.

7 – Facilitadores de eficácia

As plantas daninhas demonstram maior sensibilidade ao trifloxissulfurom-sódico no estádio inicial de desenvolvimento, estando com 2 a 4 folhas. Além disso, a adição de espalhantes ou adjuvantes à calda da pulverização favorece o efeito pós-emergente do produto, resultando em melhor controle. Dentre os diversos adjuvantes, destaca-se o uso de espalhante adesivo não iônico, conforme prescrição em bula.

Conheça também os herbicidas:

Conheca e aplique melhor mobile - Trifloxissulfurom-sódico

Imazapique

O herbicida imazapique chegou como Plateau, mas revolucionou o mercado como Only (+imazetapir) e Kifix (+imazapir) em arroz CL. Saiba mais!

Ver herbicida »
Conheca e aplique melhor mobile - Trifloxissulfurom-sódico

Oxifluorfem

Oxifluorfem controla capins e folhas largas no algodão, arroz irrigado, café, cana-de-açúcar, citros, pinus, eucalipto, cebola e repolho.

Ver herbicida »
Conheca e aplique melhor mobile - Trifloxissulfurom-sódico

Tepraloxidim

Aramo 200 controla gramíneas, em pós-emergência, nas culturas do algodão, feijão e soja. Conheça e aplique melhor o herbicida tepraloxidim.

Ver herbicida »

Literatura consultada:
AGROFIT. Sistemas de agrotóxicos fitossanitários. Disponível em: https://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons. Acesso em: 16 mai. 23.
HEAP, I. The international herbicide-resistant weed database. Disponível em: www.weedscience.org. Acesso em: 16 mai. 23.
RODRIGUES, B. N.; ALMEIDA, F. L. S. Guia de herbicidas. 7ª ed. Londrina, 2018. 764 p.
SHANER, D. L. Herbicide Handbook. 10th Edition, Weed Science Society of America, Lawrence, 2014. 513 p.

AVISO DE DIREITOS AUTORAIS: 

Todo o material desse site, sendo proibida toda e qualquer forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer outra forma de uso, sem autorização prévia. E-mail: contato@weedout.com.br

 

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Quer estar por dentro das novidades no manejo de plantas daninhas? Deixe seu email!

Também detestamos spam. Não se preocupe, você não receberá email todo dia! :)

Artigos relacionados:

error:

Facilite a eficácia de controle.

Conheça e aplique melhor: um guia completo de todos os herbicidas registrados para uso no Brasil.

Domine o controle químico das plantas daninhas.