O herbicida simazina é seletivo, sistêmico, posicionado em pré-emergência para o controle de mono e eudicotiledôneas.
Acesso rápido
Marcas comerciais: Atrasimex WG (atrazina + simazina), Atrasimex 500 SC (atrazina + simazina), Atrazina 250 + Simazina 250 SC CCAB (atrazina + simazina), Coliseo (atrazina + simazina), Duozina (atrazina + simazina), Extrazin SC (atrazina + simazina), Gesazina, Gesazina Combi (atrazina + simazina), Gesazina Supermix (atrazina + simazina), Herbimix SC (atrazina + simazina), Herbimix WG (atrazina + simazina), Primatop SC (atrazina + simazina), Senior WG (atrazina + simazina), Simanex Supermix (atrazina + simazina), Simatop Rainbow (atrazina + simazina), Simazina 500 SC Rainbow, Supermix (atrazina + simazina).
SC – Suspensão concentrada
WG – Grânulo dispersíveis em água
1 – Recomendações de uso
Culturas: milho.
Plantas daninhas controladas por simazina:
Apaga-fogo (Alternanthera tenella)
Beldroega (Portulaca oleraceae)
Capim-colchão (Digitaria horizontalis)
Capim-marmelada (Brachiaria plantaginea)
Capim-pé-de-galinha (Eleusine indica)
Carrapicho-de-carneiro (Acanthospermum hispidum)
Carrapicho-rasteiro (Acanthospermum australe)
Caruru-roxo (Amaranthus hybridus)
Corda-de-viola (Ipomoea grandifolia)
Erva-de-macaé (Leonorus sibiricus)
Falsa-serralha (Emilia sonchifolia)
Fazendeiro (Galinsoga parviflora)
Guanxuma (Sida rhombifolia)
Leiteiro (Euphorbia heterophylla)
Macela (Achyrocline satureioides)
Maria-pretinha (Solanum americanum)
Mentrasto (Ageratum conyzoides)
Nabo (Raphanus raphanistrum)
Picão-preto (Bidens pilosa)
Poaia-branca (Richardia brasiliensis)
Serralha (Sonchus oleraceus)
Trapoeraba (Commelina benghalensis)
Posicionamento: realizar uma única aplicação pós-plantio e na pré-emergência das plantas infestantes, logo após a semeadura, em solo bem preparado e úmido. A mistura formulada de simazina + atrazina é recomendada para o controle em pré e pós-emergência inicial na cultura do milho.
Doses: 2 a 2,5 kg i.a./ha, a depender dos alvos, da textura e teor de matéria orgânica do solo, além do sistema de cultivo do milho.
Consulte sempre um(a) engenheiro(a) agrônomo(a) e siga as prescrições da receita agronômica e da bula.
2 – Características físico-químicas do herbicida
Grupo químico: triazina.
Pressão de vapor: 8,1 x 10-7 Pa (20ºC); 2,9 x 10-6 Pa (25ºC) e 4,8 x 10-6 Pa (30ºC).
Solubilidade: 3,5 mg/L de água (20ºC) e 6,2 mg/L de água (22ºC).
pKa: 1,62 (base fraca).
Kow: 122 (25ºC).
3 – Comportamento nas plantas
Absorção e translocação: facilmente absorvido pelas raízes e translocado pelo xilema. A absorção foliar é limitada e praticamente não há movimento em direção às raízes, nessa circunstância.
Mecanismo de ação: inibidor da fotossíntese no fotossistema II.
Classificação HRAC: grupo C1.
Sintomatologia: clorose internerval e amarelecimento da borda das folhas mais velhas. Esses sintomas evoluem para clorose generalizada e necrose. Também pode ocorrer o bronzeamento da ponta das folhas.
Metabolismo e seletividade: espécies tolerantes, como o milho, são capazes de hidrolisar simazina para compostos menos fitotóxicos, nas raízes. Além disso, essa cultura realiza a conjugação do herbicida com a glutationa, o que resulta em elevado nível de tolerância.
Casos de resistência: até o momento, são registrados 72 relatos de resistência. Nenhum ocorre no Brasil.
Mecanismos de resistência: sítio de ação alterado.
4 – Comportamento de simazina no ambiente
Sorção: prontamente adsorvido a argila.
Koc: média de 130 mL/g.
Kd: 1,27 mL/g em solo arenoso com 1,9% de matéria orgânica, 16,8% de argila e pH 7,5.
Transformação: estável em água, porém a fotodegradação pode contribuir para a dissipação quando simazina permanece longos períodos na superfície do solo. Passível de degradação microbiana, porém, ocorre lentamente.
Persistência: meia-vida média de 60 dias em condições de campo. Em solos com pH elevado a persistência é maior, podendo causar injúria em culturas plantadas em sucessão.
Mobilidade: limitado potencial para lixiviação.
Volatilização: perdas desprezíveis.
5 – Tecnologia de aplicação terrestre
Volume de calda: 100 a 400 L/ha.
Preparação da calda: colocar água limpa até aproximadamente 2/3 da capacidade do tanque de pulverização. Em seguida, adicionar simazina nas doses recomendadas, completando o tanque com água, mantendo a agitação da calda durante o processo de preparo. Realizar a aplicação em seguida, com o sistema de agitação do tanque em funcionamento também durante a aplicação.
Tamanho de gotas: 200 – 400 μ (micra), densidade mínima de 20 gotas/cm².
Pontas de pulverização: tipo leque: 8002 – 8004 ou 11002 – 11004 ou equivalentes.
Altura da barra: não especificado em bula.
Velocidade do vento: entre 3 e 10 km/h.
Umidade do ar: mínimo de 60%. Porém, quando em pós-emergência, evitar aplicações com umidade inferior a 64%.
Temperatura: até 30ºC.
6 – Incompatibilidades e limitações de uso
Não aplicar em solo seco, assim como, evitar aplicação nas horas mais quentes do dia. Por outro lado, chuvas excessivas por longos períodos após a aplicação podem ocasionar fitoxicidade para as culturas, resultando em leve amarelecimento e redução no crescimento. Áreas tratadas com simazina não poderão ser utilizadas para o plantio de culturas sensíveis antes que se passem 80 dias da sua aplicação.
7 – Facilitadores de eficácia
A umidade no solo deve ser suficiente para translocação até as sementeiras ou raízes das plantas infestantes.
Confira outras opções de herbicidas para a cultura do milho:
Imazapique
O herbicida imazapique chegou como Plateau, mas revolucionou o mercado como Only (+imazetapir) e Kifix (+imazapir) em arroz CL. Saiba mais!
Setoxidim
Controle gramíneas em algodão, feijão, fumo, gladíolo, soja e milho resistente. Conheça e aplique melhor o herbicida setoxidim!
Simazina
Controle, em pré-emergência, diversas plantas daninhas como leiteiro, picão e poaia na cultura do milho com simazina.
Haloxifope-P-metílico
A aplicação de haloxifope-P-metílico não deve ser realizada antes de 10 dias após uma aplicação 2,4-D na mesma área. Entenda o motivo!
Literatura consultada:
AGROFIT. Sistemas de agrotóxicos fitossanitários. Disponível em: https://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons. Acesso em: 29 abr. 23.
HEAP, I. The international herbicide-resistant weed database. Disponível em: www.weedscience.org. Acesso em: 29 abr. 23.
RODRIGUES, B. N.; ALMEIDA, F. L. S. Guia de herbicidas. 7ª ed. Londrina, 2018. 764 p.
SHANER, D. L. Herbicide Handbook. 10th Edition, Weed Science Society of America, Lawrence, 2014. 513 p.