O herbicida octanoato de ioxinila, também conhecido como ioxynil, é seletivo, de contato, posicionado em pós-emergência para o controle de eudicotiledôneas.
Marcas comerciais: Fico.
EC – Concentrado emulsionável
1 – Recomendações de uso:
Culturas: alho e cebola.
Plantas daninhas controladas pelo octanoato de ioxinila:
Ançarinha-branca (Chenopodium album)
Beldroega (Portulaca oleracea)
Caruru (Amaranthus viridis)
Macela-branca (Gnaphalium spicatum)
Mentruz (Lepidium virginicum)
Picão-branco (Galinsoga parviflora)
Picão-preto (Bidens pilosa)
Serralha (Sonchus oleraceus)
Posicionamento: alho – aplicar com cultura com mais de 3 folhas, quando as plantas infestantes estiverem na fase inicial de desenvolvimento, em pós-emergência precoce, com 2 a 4 folhas. Cebola – em lavoura de semeadura direta, aplicar com a cebola acima de 3 folhas e no início do crescimento das plantas infestantes, em pós-emergência precoce, quando as mesmas apresentarem de 2 a 4 folhas. Em lavoura de transplante, aplicar após o enraizamento da cebola e no início do crescimento das plantas infestantes, em pós-emergência precoce, quando as mesmas apresentarem de 2 a 4 folhas. Recomenda-se uma única aplicação por ciclo das culturas.
Doses: 335 a 670 g i.a./ha.
Consulte sempre um(a) engenheiro(a) agrônomo(a) e siga as prescrições da receita agronômica e da bula.
2 – Características físico-químicas do herbicida:
Grupo químico: benzonitrila.
Pressão de vapor: <1 x 10-3 Pa (20ºC).
Solubilidade: octanoato de ioxinila é insolúvel em água. Por outro lado, a solubilidade do ácido é de 130 mg/L de água, a 25ºC.
pKa: 3,96 (ácido fraco).
3 – Comportamento nas plantas:
Absorção e translocação: absorvido principalmente pela parte aérea, porém, com alguma absorção radicular. Devido à limitada mobilidade, é considerado um herbicida de contato.
Mecanismo de ação: inibidor da fotossíntese no fotossistema II.
Classificação HRAC: grupo C3.
Sintomatologia: algumas horas após a aplicação, percebe-se pontos necróticos nas folhas das espécies suscetíveis. Após, os tecidos tornam-se cloróticos no entorno dessas lesões, evoluindo para secamento e necrose. Os sintomas finais são de dessecação.
Metabolismo e seletividade: a seletividade está relacionada ao metabolismo diferencial, retenção diferencial das gotas de pulverização e outros mecanismos ainda não completamente elucidados.
Casos de resistência: até o momento, não há relatos de resistência.
4 – Comportamento no ambiente:
Sorção: fracamente ligado ao solo.
Koc: 234 a 1420 mL/g.
Transformação: degradado por microrganismos do solo.
Persistência: não apresenta atividade em pré-emergência, nas doses recomendadas.
5 – Tecnologia de aplicação terrestre:
Volume de calda: 200 a 400 L/ha.
Preparação da calda: utilizar água de boa qualidade, livre de coloides em suspensão (terra, argila ou matéria orgânica), uma vez que a presença destes pode reduzir a eficácia do octanoato de ioxinila. Preencher o tanque do pulverizador com água até a metade de sua capacidade, inserir a dose recomendada do herbicida e completar com água. Manter sempre o sistema em agitação e retorno ligado durante todo o processo de preparo e pulverização.
Tamanho de gotas: média a grossa.
Pontas de pulverização: tipo leque (jato plano).
Altura da barra: certificar-se que a altura da barra é a mesma em relação ao alvo em toda sua extensão, devendo esta altura ser adequada ao estágio de desenvolvimento da cultura de forma a permitir uma perfeita cobertura das plantas.
Velocidade do vento: entre 3 e 10 km/h.
Umidade do ar: maior que 55%.
Temperatura: menor que 30ºC.
Incompatibilidades e limitações de uso: incompatível com fertilizantes líquidos em com formulações salinas de 2,4-D. Além disso, pode ser incompatível com algumas formulações EC.
Facilitadores de eficácia: para uma boa atuação do produto, é essencial a presença de luminosidade.
Literatura consultada:
AGROFIT. Sistemas de agrotóxicos fitossanitários. Disponível em: https://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons. Acesso em: 2 abr. 23.
HEAP, I. The international herbicide-resistant weed database. Disponível em: www.weedscience.org. Acesso em: 2 abr. 23.
RODRIGUES, B. N.; ALMEIDA, F. L. S. Guia de herbicidas. 7ª ed. Londrina, 2018. 764 p.
SHANER, D. L. Herbicide Handbook. 10th Edition, Weed Science Society of America, Lawrence, 2014. 513 p.
Sulfentrazona
Controle desde capins, caruru, poaia até buva com sulfentrazone, isolado ou em mistura, em abacaxi, amendoim, cana, citros, fumo e soja.
Pirazossulfurom-etílico
O herbicida Sirius 250 SC (pirazossulfurom-etílico) controla aguapé, juncos e sagitária no arroz irrigado. Conheça e aplique melhor!
Foramsulfurom
O herbicida foramsulfurom é seletivo para milho, aplicado em pós-emergência para o controle de capins, guanxuma, leiteiro e outras daninhas.
S-metolacloro
S-metolacloro, isolado ou em mistura com flumioxazina, metribuzim, atrazina, fomesafem e outros é valiosa opção no manejo de resistência.