O herbicida pinoxadem é seletivo, sistêmico, posicionado em pós-emergência para o controle de gramíneas na cevada e no trigo.
Marcas comerciais: Almane, Axial, Sedum (clodinafope-propargil + pinoxaden) e Traxos (clodinafope-propargil + pinoxaden).
EC – Concentrado emulsionável
1 – Recomendações de uso:
Culturas: cevada e trigo.
Plantas daninhas controladas pelo pinoxadem:
Aveia-preta (Avena strigosa)
Azevém (Lolium multiflorum)
Posicionamento: aplicar em pós-emergência (início do perfilhamento) ou 15 a 25 dias após a emergência da cultura. Além disso, a mistura formulada de clodinafope-propargil + pinoxadem é também é recomendada para o controle de aveia-preta e azevém, em pós-emergência do trigo (início do perfilhamento).
Doses: 30 a 50 g i.a./ha.
Consulte sempre um(a) engenheiro(a) agrônomo(a) e siga as prescrições da receita agronômica e da bula.
2 – Características físico-químicas do herbicida:
Grupo químico: fenilpirazol.
Pressão de vapor: 2,0 x 10-6 Pa (20ºC).
Solubilidade: >200 mg/L de água (25ºC).
pKa: não ionizável.
Kow: log Kow = 3,2.
3 – Comportamento nas plantas:
Absorção e translocação: absorvido pelas raízes e folhas. Porém, a translocação ocorre predominantemente pelo floema.
Mecanismo de ação: inibidor da Acetil CoA carboxilase (ACCase).
Classificação HRAC: grupo A.
Sintomatologia: paralisação do crescimento é o sintoma inicial. Posteriormente, percebe-se clorose foliar e necrose das regiões meristemáticas logo acima dos nós. Ou seja, as folhas centrais dos colmos soltam com facilidade. Além disso, as folhas mais velhas podem adquirir coloração arroxeada ou avermelhada. Segue necrose e morte das plantas em algumas semanas.
Metabolismo e seletividade: metabolizado pelas culturas tolerantes.
Casos de resistência: até o momento, são relatados 57 casos de resistência de gramíneas ao pinoxadem. Nenhum ocorre no Brasil.
Mecanismos de resistência: principalmente sítio de ação alterado.
4 – Comportamento do pinoxadem no ambiente:
Sorção:
Koc: 299 a 852 mL/g.
Transformação: passível de hidrólise e instável sob condições alcalinas.
Persistência: meia-vida menor que um dia, em condições aeróbicas.
Mobilidade: pinoxadem não lixivia.
Volatilização: desprezível.
5 – Tecnologia de aplicação terrestre:
Volume de calda: 200 L/ha.
Preparação da calda: agitar vigorosamente a embalagem do produto antes da diluição. Encher o tanque até a metade da sua capacidade com água, mantendo o agitador ou retorno em funcionamento e então adicionar a quantidade recomendada do herbicida. Após isso, proceder a homogeneização e completar o volume do tanque com água. A agitação deve ser constante durante a preparação e aplicação do produto. Preparar apenas a quantidade necessária de calda para uma aplicação, pulverizando logo após a sua preparação.
Tamanho de gotas: gota com DMV (diâmetro mediano volumétrico) entre 150 a 400 μm (micrômetro) e uma densidade de gotas mínima de 20 gotas/cm².
Pontas de pulverização: jato cônico vazio ou jato plano (leque).
Altura da barra: não especificado em bula. No entanto, é essencial que a altura da barra seja a mínima para viabilizar cobertura uniforme do alvo.
Velocidade do vento: entre 3 e 10 km/h. Evitar aplicar com ventos superiores a 10 km/h.
Umidade do ar: mínima de 50%.
Temperatura: inferior a 30ºC.
Incompatibilidades e limitações de uso: não é necessário a adição de espalhantes ou adjuvantes à calda de pulverização. Não aplicar o produto com o solo seco, principalmente se ocorreu um período de estiagem prolongado que predispõe as plantas daninhas ao estado de estresse por deficiência hídrica. Tal condição irá comprometer a eficiência de controle com o herbicida. Por outro lado, é necessário um período aproximado de 2 a 3 horas sem chuvas ou irrigação logo após a aplicação do produto. Após o uso de pinoxadem nas culturas do trigo e cevada, não plantar outra cultura na mesma área, dentro de um período mínimo de 4 semanas.
Facilitadores de eficácia: as plantas daninhas apresentam maior sensibilidade ao produto no estádio inicial de desenvolvimento (2 a 4 folhas).
Literatura consultada:
AGROFIT. Sistemas de agrotóxicos fitossanitários. Disponível em: https://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons. Acesso em: 12 abr. 23.
HEAP, I. The international herbicide-resistant weed database. Disponível em: www.weedscience.org. Acesso em: 12 abr. 23.
RODRIGUES, B. N.; ALMEIDA, F. L. S. Guia de herbicidas. 7ª ed. Londrina, 2018. 764 p.
SHANER, D. L. Herbicide Handbook. 10th Edition, Weed Science Society of America, Lawrence, 2014. 513 p.
Pirazossulfurom-etílico
O herbicida Sirius 250 SC (pirazossulfurom-etílico) controla aguapé, juncos e sagitária no arroz irrigado. Conheça e aplique melhor!
MSMA
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Amicarbazona
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Halossulfurom-metílico
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