O herbicida propanil é seletivo, de contato, posicionado em pós-emergência para o controle de mono e eudicotiledôneas em arroz.
Marcas comerciais: Herbipropanin, Herbipropanin 450 ES, Pilin WG, Propanil Milenia, Ricepal, Spada WG, Stam 360, Stam 480, Stam 800 WG, Stampir BR (propanil + triclopir-butolítico).
EC – Concentrado emulsionável
WG – Grânulos dispersíveis em água
1 – Recomendações de uso:
Culturas: arroz de sequeiro e arroz irrigado.
Plantas daninhas controladas pelo propanil:
Acácia-da-flor-vermelha (Sesbania punicea)
Angiquinho (Aeschynomene rudis, Aeschynomene sensitiva)
Beldroega (Portulaca oleracea)
Capim-arroz (Echinochloa crusgalli, Echinochloa colona, Echinochloa cruspavonis)
Capim-barbicha-de-alemão (Eragrostis pilosa)
Capim-carrapicho (Cenchrus echinatus)
Capim-colchão (Digitaria horizontalis, Digitaria sanguinalis)
Capim-do-banhado (Panicum dichotomiflorum)
Capim-marmelada (Brachiaria plantaginea, Brachiaria platyphylla)
Capim-pé-de-galinha (Eleusine indica)
Capim-rabo-de-raposa (Setaria geniculata)
Caruru-de-espinho (Amaranthus spinosus)
Caruru-rasteiro (Amaranthus deflexus)
Caruru-roxo (Amaranthus hybridus)
Cuminho (Fimbristylis miliacea)
Erva-de-bicho (Polygonum persicaria, Polygonum punctatum, Polygonum hydropiperoides)
Erva-de-botão (Eclipta alba)
Guanxuma (Sida rhombifolia)
Junquinho (Cyperus iria)
Maria-pretinha (Solanum americanum)
Mentrasto (Ageratum conyzoides)
Picão-branco (Galinsoga parviflora)
Picão-preto (Bidens pilosa)
Poaia-branca (Richardia brasiliensis)
Tiriricão (Cyperus esculentus)
Posicionamento: realizar uma aplicação de propanil em pós-emergência da cultura do arroz, quando as plantas daninhas tiverem de 2 a 3 folhas. Em arroz de sequeiro, por não ser utilizada a inundação (que inibe a nova infestação) pode ser necessário fazer nova aplicação.
Doses: 2880 a 3600 g i.a./ha.
Consulte sempre um(a) engenheiro(a) agrônomo(a) e siga as prescrições da receita agronômica e da bula.
2 – Características físico-químicas do herbicida:
Grupo químico: anilida.
Pressão de vapor: 5 x 10‾³ Pa (20ºC).
Solubilidade: 500 mg/L de água (25ºC).
pKa: não ionizável.
Kow: 193 (20ºC).
3 – Comportamento nas plantas:
Absorção e translocação: absorção foliar com movimento muito limitado para os pontos de crescimento. Como resultado, é considerado um herbicida de contato.
Mecanismo de ação: inibidor da fotossíntese no fotossistema II.
Classificação HRAC: grupo C2.
Sintomatologia: clorose, seguida de dessecação foliar e necrose.
Metabolismo e seletividade: rapidamente metabolizado para compostos inativos em espécies tolerantes como arroz.
Casos de resistência: até o momento, totalizam 28 os relatos de resistência ao propanil no mundo. Nenhum caso ocorre no Brasil, embora a maioria deles seja de capim-arroz na cultura do arroz irrigado.
Mecanismos de resistência: metabolismo aumentado e sítio de ação alterado, dentre outros casos não elucidados.
4 – Comportamento no ambiente:
Sorção: fracamente adsorvido ao solo.
Koc: 306 mL/g (solo arenoso, com 0,3% de matéria orgânica).
Kd: 0,54 mL/g (solo arenoso, com 0,3% de matéria orgânica).
Transformação: rapidamente metabolizado, mesmo em condições de anaerobiose (arroz irrigado).
Persistência: meia-vida varia de 1 a 3 dias.
Mobilidade: moderadamente móvel em solos arenosos. Por outro lado, a mobilidade diminui conforme o teor de argila aumenta. No entanto, devido a rápida degradação, a possibilidade de lixiviação é reduzida.
Volatilização: perdas desprezíveis.
5 – Tecnologia de aplicação terrestre:
Volume de calda: 180 a 360 L/ha.
Preparação da calda: encher o tanque do pulverizador com cerca de 2/3 da sua capacidade com água limpa. Em seguida, adicionar propanil nas doses recomendadas e completar com o restante da água, sempre sob agitação e aplicar em seguida.
Tamanho de gotas: usar gotas médias a grandes, acima de 300 μ (micra), com densidade mínima de 20 gotas/cm².
Pontas de pulverização: bicos do tipo leque.
Altura da barra: deve permitir boa cobertura das plantas infestantes. Observar para que a barra esteja na mesma altura em toda a sua extensão.
Velocidade do vento: entre 3 e 10 km/h.
Umidade do ar: mínimo de 60%.
Temperatura: até 30ºC.
Incompatibilidades e limitações de uso: nas formulações EC, não adicionar espalhante adesivo à calda do produto. Além disso, propanil não deve ser aplicado em misturas com inseticidas, fungicidas e adubos foliares. Inseticidas do grupo dos carbamatos devem ser aplicados com intervalo de 30 dias do herbicida. Ainda, o intervalo para inseticidas fosforados é de 7 dias. Não aplicar, casos as sementes tenham sido tratadas com carbofuram.
Facilitadores de eficácia: são necessárias de 4 a 6 horas sem chuva após a aplicação, a depender do produto comercial, para que a eficácia do herbicida não seja comprometida. Além disso, por tratar-se de herbicida de contato, a cobertura do alvo é essencial para a obtenção de elevada eficácia de controle.
Literatura consultada:
AGROFIT. Sistemas de agrotóxicos fitossanitários. Disponível em: https://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons. Acesso em: 17 abr. 23.
HEAP, I. The international herbicide-resistant weed database. Disponível em: www.weedscience.org. Acesso em: 17 abr. 23.
RODRIGUES, B. N.; ALMEIDA, F. L. S. Guia de herbicidas. 7ª ed. Londrina, 2018. 764 p.
SHANER, D. L. Herbicide Handbook. 10th Edition, Weed Science Society of America, Lawrence, 2014. 513 p.
Tolpiralate: o novo herbicida para milho autorizado no Brasil
O herbicida tolpiralate é seletivo, sistêmico, posicionado em pós-emergência para o controle de mono e eudicotiledôneas na cultura do milho.
Alacloro
O alacloro controla plantas daninhas como capins, caruru e trapoeraba nas culturas do algodão, amendoim, café, cana-de-açúcar, milho e soja.
Imazapir
Isolado ou em mistura com imazapique, o herbicida imazapir controla desde arroz daninho até buva, com um dos maiores residuais do mercado!
Tembotriona
Aplique Soberan em pós-emergência do milho para controlar capins, leiteiro, picão, poaia e trapoeraba. Conheça e aplique melhor tembotriona!