O herbicida tiafenacil é seletivo, de contato, posicionado em pós-emergência para o controle de mono e eudicotiledôneas.
Acesso rápido
Marcas comerciais de tiafenacil
Baurus 300 WG, Baurus 339 SC, Burntop, Terrad’or 339 SC.
SC – Suspensão concentrada
WG – Grânulos dispersíveis em água
1 – Recomendações de uso
Culturas: algodão, feijão, milho, soja, café e citros.
Plantas daninhas controladas pelo tiafenacil:
Agriãozinho (Synedrellopsis grisebachii)
Apaga-fogo (Alternanthera tenella)
Azevém (Lolium multiflorum)
Beldroega (Portulaca oleracea)
Botão-de-ouro (Galinsoga parviflora)
Buva (Conyza bonariensis)
Capim-amargoso (Digitaria insularis)
Capim-braquiária (Brachiaria decumbens)
Capim-carrapicho (Cenchrus echinatus)
Capim-marmelada (Brachiaria plantaginea)
Capim-pé-de-galinha (Eleusine indica)
Caruru (Amaranthus retroflexus)
Caruru-de-mancha (Amaranthus viridis)
Caruru-rasteiro (Amaranthus deflexus)
Caruru-roxo (Amaranthus hybridus)
Corda-de-viola (Ipomoea hederifolia, Ipomoea grandifolia)
Erva-de-touro (Tridax procumbens)
Erva-quente (Spermacoce latifolia)
Feijão voluntário (Phaseolus vulgaris)
Guanxuma (Sida rhombifolia)
Leiteiro (Euphorbia heterophylla)
Losna-branca (Parthenium hysterophorus)
Milho voluntário (Zea mays)
Nabiça (Raphanus raphanistrum)
Picão-preto (Bidens pilosa)
Poaia-branca (Richardia brasiliensis)
Serralha (Sonchus oleraceus)
Soja voluntária (Glycine max)
Trapoeraba (Commelina benghalensis)
Trigo voluntário (Triticum aestivum)
Vassourinha-de-botão (Borreria verticilatta)
Posicionamento: dessecação pré-plantio de soja, algodão, feijão e milho, em pós-emergência das plantas daninhas. Em café e citros, aplicar em jato dirigido à entrelinha, evitando o contato com as culturas. O momento de aplicação depende do estádio de desenvolvimento indicado para cada espécie alvo. Além disso, o herbicida é recomendado para a dessecação pré-colheita da soja, algodão e feijão.
Doses: 36 a 140 g i.a./ha, a depender da cultura e plantas daninhas.
Consulte sempre um(a) engenheiro(a) agrônomo(a) e siga as prescrições da receita agronômica e da bula.
2 – Características físico-químicas do tiafenacil
Grupo químico: uracila.
Pressão de vapor: <1,48 x 10-8 Pa.
Solubilidade: 110 mg/L de água (20ºC, pH 7).
pKa: não aplicável.
Kow: 89,3 (20ºC).
3 – Como o tiafenacil age nas plantas?
Absorção e translocação: absorvido pelas raízes e parte aérea das plantas. Tiafenacil apresenta mobilidade, principalmente quando absorvido pelas raízes e estruturas emergentes. No entanto, devido à rápida ação sob luz, é considerado um herbicida de contato.
Mecanismo de ação: inibidor de protoporfirinogênio oxidase (PROTOX).
Classificação HRAC: grupo E.
Sintomatologia: clorose seguida de necrose, que ocorre dentro de poucas horas após a aplicação. A morte completa das espécies suscetíveis ocorre dentro de poucos dias.
Metabolismo e seletividade: ácido trifluoracético é o principal metabólito do tiafenacil em plantas. Convém ressaltar que o mesmo ocorre com o herbicida saflufenacil.
Casos de resistência: não foram encontrados registros.
4 – Comportamento no ambiente
Sorção:
Koc: 6,1 a 30 mL/g.
Kd: 0,23 a 0,63 mL/g.
Transformação: passível de hidrólise, cuja meia-vida diminui com aumento do pH e temperatura (5,7 dias em pH 7 e 45ºC). Degradado rapidamente em solo aeróbico.
Persistência: varia conforme a dose, no entanto, o intervalo mínimo entre a aplicação e semeadura é de 15 dias para soja, milho, feijão e algodão.
Mobilidade: moderadamente móvel no solo. O composto parental não foi identificado abaixo de 15 cm de profundidade. Por outro lado, metabólitos podem ser encontrados a 30 cm.
Volatilização: não volátil em temperatura ambiente.
5 – Tecnologia de aplicação terrestre
Volume de calda: 100 a 300 L/ha.
Preparação da calda: nenhuma recomendação específica prevista em bula.
Tamanho de gotas: finas a médias.
Pontas de pulverização: bicos tipo leque (jato plano).
Altura da barra: o mínimo possível para a obtenção de cobertura uniforme dos alvos, conforme ângulo da ponta de pulverização utilizada.
Velocidade do vento: até 10 km/h.
Umidade do ar: superior a 60%.
Temperatura: inferior a 28ºC.
6 – Incompatibilidades e limitações de uso
O intervalo recomendado entre pulverização e semeadura é de 15 dias.
7 – Facilitadores de eficácia
Aplicar as doses maiores para estádios mais avançados das plantas daninhas ou em altas pressões. É essencial a adição de adjuvante a base de alquil ester etoxilado do ácido fosfórico na concentração de 0,5% v/v. Além disso, para evitar rebrotas, é essencial respeitar o estádio de desenvolvimento indicado para o controle, obter boa cobertura dos alvos e pulverizar as plantas daninhas em pleno vigor vegetativo. Ainda, a presença de luz solar intensa aumenta a velocidade de controle.
Conheça também outros herbicidas recomendados para o manejo de buva:
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Bentazona
Seletivo para diversas culturas, o herbicida bentazona controla plantas daninhas como trapoeraba, beldroega e ciperáceas.
Cloransulam-metílico
O herbicida cloransulam-metílico controla plantas daninhas como corda-de-viola, picão e guanxuma, dentre outras, na cultura da soja.
Clorimurom-etílico
Clorimurom-etílico controla caruru, corda-de-viola, erva-quente e outras folhas largas nas culturas do café, citros, eucalipto, pinus e soja.
Literatura consultada:
AGROFIT. Sistemas de agrotóxicos fitossanitários. Disponível em: https://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons. Acesso em: 8 mai. 23.
AUSTRALIAN GOVERNMENT. Public Release Summary on the evaluation of tiafenacil in the product Terrad’or 700 WG Herbicide APVMA product number 88074. Disponível em: https://apvma.gov.au/sites/default/files/publication/75726-public_release_summary_on_the_evaluation_of_the_tiafenacil_in_the_product_terrador_700_wg_herbicide.pdf. Aceso em: 8 mai. 23.
HEAP, I. The international herbicide-resistant weed database. Disponível em: www.weedscience.org. Acesso em: 8 mai. 23.
U.S. ENVIRONMENTAL PROTECTION AGENCY. Tiafenacil 70WG Herbicide. Disponível em: www3.epa.gov/pesticides/chem_search/ppls/071512-00036-20200925.pdf. Acesso em: 8 mai. 23.
