A imagem mostra uma lavoura de azevém (lolium multiflorum)

Azevém (Lolium multiflorum)

Pastagem de excelente qualidade forrageira, cobertura do solo ou planta daninha em cereais de inverno. Qual é a do azevém?

Acesso rápido

1. Relevância
Para que serve o azevém? 

Planta com excelentes habilidades forrageiras. É também utilizada como cobertura do solo, para a formação de palhada, no sistema de plantio direto.

Influências negativas: planta daninha em cereais de inverno, pomares e vinhedos. Além disso, a resistência ao herbicida glifosato é amplamente dispersa.

2. Taxonomia
Qual é o nome científico do azevém?

Lolium multiflorum Lam.

Sinônimos: Lolium perene var. multiflorum (Lam.) Parn.
Família: Poaceae.
Código EPPO: LOLMU.
Nomes populares: azevém, joio, azevém italiano.

3. Morfologia e reconhecimento

Plântulas: ápice agudo, folhas estreiras, verde-claras, brilhantes com nervuras bem marcadas, prefoliação convoluta e base da plântula avermelhada.
Sistema radicular: raízes fasciculadas.
Caule: ereto ou decumbente, com touceiras chegando a aproximadamente um metro de altura. O colmo é cilíndrico, liso, glabro, geralmente com coloração avermelhada na base da planta.
Folhas: verdes brilhantes na face superior, porém um tanto opacas na inferior, com estrias fortemente marcadas. Colar de largura média, lígula membranácea e aurícula amplexicaule, que abraça o colmo.
Inflorescência: espigas dísticas, eretas ou algo pendentes. As espiguetas são sésseis, ocorrem dos dois lados da raque e se soltam na maturação.
Frutos e sementes: cariopse achatada dorso-ventralmente, com 3 a 4 mm de comprimento. Revestidas pela lema e pálea.
Distinção de outras espécies: a prefoliação convoluta é um distintivo de L. multiflorum em relação à outras espécies do gênero.

4. Biologia e ecologia

Hábitat: solos argilo-arenosos, em regiões de clima temperado.
Origem e distribuição: centro de origem na região do Mar Mediterrâneo. Provavelmente tenha sido introduzida com a imigração italiana. Distribui-se pelo sul do Brasil, em especial, nas regiões mais frias.

Qual é o ciclo do azevém?

Anual ou bianual, se reproduz por sementes. No Sul do Brasil, o florescimento costuma ocorrer de setembro a outubro.
Características gerais: fotossíntese de ciclo C-3. Apresenta forte potencial alelopático, além disso, quando permitido no manejo, tem ressemeadura natural.

5. Herbicidas para o controle de azevém

Ingredientes ativos registrados:
Acetocloro
Cletodim
Clodinafope-propargil
Flumioxazina
Fomesafem
Glifosato
Glufosinato
Haloxifope-P-metílico
Imazamoxi
Imazapir
Imazetapir
Indaziflam
Iodossulfurom-metílico-sódico
Nicossulfurom
Pinoxadem
Piroxasulfona
Piroxsulam
Quizalofope-P-etílico
S-metolacloro
Tepraloxidim
Tiafenacil
Trifluralina
Misturas formuladas registradas:
Atrazina + nicossulfurom
Cletodim + fluroxipir-meptílico
Clodinafope-propargil + pinoxadem
Clorimurom-etílico + flumioxazina
Piroxasulfona + flumioxazina
Resistência a herbicidas: cinco biótipos foram relatados como resistentes aos herbicidas glifosato, iodossulfurom-metílico-sódico, cletodim e piroxsulam no Brasil, em lavouras de trigo, soja, milho e pomares.

Observe as características e saiba separar o joio do trigo!

Literatura consultada:
AGROFIT. Sistemas de agrotóxicos fitossanitários. Disponível em: https://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons. Acesso em: 12 jun. 23.
EPPO Global Database. Disponível em: https://gd.eppo.int/. Acesso em: 12 jun. 23.
KISSMANN, K. G.; GROTH, D. Plantas infestantes e nocivas – TOMO II. São Paulo: BASF Brasileiras S.A., 1992. 798 p.
LORENZI, H. Plantas daninhas do Brasil: terrestres, aquáticas, parasitas e tóxicas. 3. ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2000. 607 p.
TROPICOS ORG. Missouri Botanical Garden. Disponível em https://www.tropicos.org/home. Acesso em: 12 jun. 23.

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