O fumigante de solo dazomete visa a desinfecção e desinfestação do solo para posterior semeadura ou transplantio.
Marcas comerciais: Basamid
MG – Micro granulado
1 – Recomendações de uso:
Culturas: fumigante de solo.
Plantas daninhas controladas pelo dazomete:
Beldroega (Portulaca oleracea)
Capim-carrapicho (Cenchrus echinatus)
Capim-colchão (Digitaria sanguinalis, Digitaria horizontalis)
Capim-marmelada (Brachiaria plantaginea)
Capim-pé-de-galinha (Eleusine indica)
Caruru-de-mancha (Amaranthus viridis)
Caruru-roxo (Amaranthus hybridus)
Falsa-serralha (Emilia sonchifolia)
Gorga (Spergula arvensis)
Guanxuma (Sida rhombifolia)
Junquinho (Cyperus ferax)
Mastruz (Lepidium virginicum)
Nabo (Raphanus raphanistrum)
Picão-branco (Galinsoga parviflora)
Picão-preto (Bidens pilosa)
Roseta (Soliva pterosperma)
Tiririca (Cyperus rotundus)
Trapoeraba (Commelina benghalensis)
Posicionamento: visa a desinfecção e desinfestação do solo para posterior semeadura ou introdução de plantas que, livres dos agentes nocivos eliminados pela ação do produto, podem se desenvolver melhor. Recomenda-se o tratamento de solo para canteiros de formação de mudas ou plantio definitivo, bem como para tratamento de terra destinada ao enchimento de saquinhos plásticos, jacás ou torrões-paulista, para a produção de mudas diversas. Como herbicida, dazomete controla plântulas e sementes em processo de germinação.
Doses: 50 g p.c./m² de solo, numa profundidade de 10 a 15 cm. Acrescentar 10 gramas para cada 5 cm a mais de profundidade.
Consulte sempre um(a) engenheiro(a) agrônomo(a) e siga as prescrições da receita agronômica e da bula.
2 – Características físico-químicas do herbicida:
Grupo químico: precursor de isotiocianato de metila.
Pressão de vapor: 3,7 x 10-4 Pa (20ºC).
Solubilidade: 2000 mg/L de água (20ºC).
pKa: não ionizável.
Kow: 1,4 (pH 7).
3 – Comportamento nas plantas:
Absorção e translocação: absorvido pelo tegumento da semente durante o processo de germinação, ou ainda, pelas raízes e parte aérea das plantas em emergência.
Mecanismo de ação: não completamente compreendido. Dazomete interfere em diversos processos, como na atividade de enzimas contendo cobre e outros metais cofatores enzimáticos. Além disso, interage com grupos tiol em enzimas em proteínas.
Classificação HRAC: não visto como herbicida.
Sintomatologia: atrasa a emergência ou mata as plântulas antes da emergência do solo.
Metabolismo e seletividade: a decomposição é dependente da umidade e da temperatura do solo. O isotiocianato de metila é mais fitotóxico que o composto parental.
Casos de resistência: sem registros até o momento.
Mecanismos de resistência: –
4 – Comportamento no ambiente:
Sorção:
Koc: média de 10 mL/g.
Kd: –
Transformação: dazomete é ativo no solo a partir da sua decomposição para isotiocianato de metila. Esse processo requer umidade no solo.
Persistência: meia-vida de 7 dias.
Mobilidade: –
Volatilização: perdas significativas, por isso, a importância de cobrir o solo após o tratamento.
5 – Tecnologia de aplicação:
Modo de aplicação: distribuir uniformemente sobre o solo ou sobre camadas de terra a tratar. Pode-se usar uma lata com diversos furos pequenos no fundo, na qual se despeja o produto e, por agitação, pode-se espalhar o granulado. Incorporar e cobrir a área com lona plástica.
Incompatibilidades e limitações de uso: sementes dormentes ou que não germinaram devido a condições limitantes podem sobreviver à aplicação do produto. Observar o tempo entre a aplicação do produto e a semeadura. Realizar sempre o teste de germinação, antes da implantação da cultura.
Facilitadores de eficácia: o solo deve ser mantido úmido por um período de 5 a 7 dias antes do tratamento, para estimular a germinação das sementes de plantas infestantes. Em solos com pH corrigido, a liberação dos gases é melhor que em solos muitos ácidos.
Literatura consultada:
AGROFIT. Sistemas de agrotóxicos fitossanitários. Disponível em: https://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons. Acesso em: 11 fev. 23.
HEAP, I. The international herbicide-resistant weed database. Disponível em: www.weedscience.org. Acesso em: 11 fev. 23.
RODRIGUES, B. N.; ALMEIDA, F. L. S. Guia de herbicidas. 7ª ed. Londrina, 2018. 764 p.
SHANER, D. L. Herbicide Handbook. 10th Edition, Weed Science Society of America, Lawrence, 2014. 513 p.