Conheça e aplique melhor os herbicidas

Bromacila

O herbicida bromacila é seletivo, sistêmico quando absorvido pelas raízes e de mobilidade reduzida quando absorvido pela parte aérea, posicionado em pré e pós-emergência para o controle de mono e eudicotiledôneas.

Marcas comerciais: Krovar (diurom + bromacila – WG)

WG – Grânulos dispersíveis em água.

1 – Recomendações de uso:

Culturas: abacaxi e citros.
Plantas daninhas controladas por bromacila + diurom:
Beldroega (Portulaca oleracea)
Capim colonião (Panicum maximum)
Capim-angola (Brachiaria mutica)
Capim-carrapicho (Cenchrus echinatus)
Capim-colchão (Digitaria horizontalis)
Capim-favorito (Rhynchelitrum repens)
Capim-marmelada (Brachiaria plantaginea)
Capim-massambará (Sorghum halepense)
Capim-pé-de-galinha (Eleusine indica)
Carrapicho-de-carneiro (Acanthospermum hispidum)
Falsa-serralha (Emilia sonchifolia)
Grama-batatais (Paspalum notatum)
Guanxuma (Sida rhombifolia)
Mentrasto (Ageratum conyzoides)
Milhã (Digitaria decumbens)
Picão-preto (Bidens pilosa)
Poaia-branca (Richardia brasiliensis)
Serralha (Sonchus oleraceus)
Trapoeraba (Commelina benghalensis)
Posicionamento: na cultura do abacaxi, realizar uma aplicação após o plantio, em pré-emergência ou pós-emergência inicial das plantas daninhas. Ainda, utilizando jato dirigido, na entrelinha, antes ou após a diferenciação floral da cultura. Em citros, aplicar apenas em pomares a partir de um ano de idade, evitando o contato com a cultura.
Doses: 1 a 4 kg/ha do produto comercial, a depender da cultura, plantas daninhas, momento da aplicação e textura do solo.

Consulte sempre um(a) engenheiro(a) agrônomo(a) e siga as prescrições da receita agronômica e da bula.

2 – Características físico-químicas do herbicida:

Grupo químico: uracila.
Pressão de vapor: 4,1 x 10-5 Pa (25ºC).
Solubilidade: 815 mg/L de água, do ácido a 25ºC.
pKa: 9,1 (base fraca).
Kow:

3 – Comportamento nas plantas:

Absorção e translocação: absorvido pelas raízes e translocado para parte aérea pelo xilema. Mobilidade reduzida quando absorvido pela parte aérea.
Mecanismo de ação: inibidor de Fotossistema II.
Classificação HRAC: grupo C1.
Sintomatologia: clorose e necrose das folhas.
Metabolismo e seletividade: reduzido metabolismo em citros, porém alguns metabólitos são encontrados.
Casos de resistência: espécies de caruru, na Hungria.
Mecanismos de resistência: sítio de ação alterado.

4 – Comportamento no ambiente:

Sorção: baixa a moderada sorção ao solo.
Koc: média de 32 mL/g.
Kd: 0,2 a 1,8 mL/g.
Transformação: degradação por microrganismos do solo.
Persistência: meia-vida de 60 dias, podendo persistir no solo, em concentrações fitotóxicas, por mais de 1 ano.
Mobilidade: moderada.
Volatilização: desprezível.

5 – Tecnologia de aplicação terrestre:

Volume de calda: 250 a 400 L de calda/ha em pré-emergência 350 a 800 L de calda/ha em pós-emergência.
Preparação da calda: realizar a pré-diluição do herbicida em balde antes da adição da calda.
Tamanho de gotas: > 150 a 200 μm.
Pontas de pulverização: usar bicos de jato plano (ex.: Teejet, XR Teejet, TK, DG ou Twinjet); ou de jato cônico (ex.: Fulljet, Conejet), de acordo com as recomendações do fabricante.
Altura da barra: deve permitir boa cobertura do solo e/ou plantas infestantes.
Velocidade do vento: inferior a 10 km/h.
Umidade do ar: acima de 60%.
Temperatura: entre 20 e 30ºC.
Incompatibilidades e limitações de uso: chuvas nas primeiras 6 horas após a aplicação comprometem a eficácia do produto. Não pulverizar em temperaturas inferiores a 5ºC. Além disso, pode apresentar incompatibilidade quando misturado em tanque com produtos redutores de pH.
Facilitadores de eficácia: usar adjuvante quando aplicado em pós-emergência das plantas daninhas.

Literatura consultada:
AGROFIT. Sistemas de agrotóxicos fitossanitários. Disponível em: https://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons. Acesso em: 2 fev. 23.
HEAP, I. The international herbicide-resistant weed database. Disponível em: www.weedscience.org. Acesso em: 2 fev. 23.
RODRIGUES, B. N.; ALMEIDA, F. L. S. Guia de herbicidas. 7ª ed. Londrina, 2018. 764 p.
SHANER, D. L. Herbicide Handbook. 10th Edition, Weed Science Society of America, Lawrence, 2014. 513 p.

AVISO DE DIREITOS AUTORAIS: 

Todo o material desse site, sendo proibida toda e qualquer forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer outra forma de uso, sem autorização prévia. E-mail: contato@weedout.com.br

 

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Quer estar por dentro das novidades no manejo de plantas daninhas? Deixe seu email!

Também detestamos spam. Não se preocupe, você não receberá email todo dia! :)

Artigos relacionados:

error:

Facilite a eficácia de controle.

Conheça e aplique melhor: um guia completo de todos os herbicidas registrados para uso no Brasil.

Domine o controle químico das plantas daninhas.