O herbicida metribuzim é seletivo, sistêmico, posicionado em pré-emergência para o controle de mono e eudicotiledôneas.
Marcas comerciais: Alion Pro (indaziflam + metribuzim), Boundary EC (metribuzim + S-metolacloro), Cookie, CoronelBR, Greener, Metribuzim 480 SC Agroimport, Metribuzin Tide 480 SC, Ralbuzin 480 SC, Sencor 480, Soccer SC, Tenace, Unimark 480 SC e Unimark 700 WG.
EC – Concentrado emulsionável
SC – Suspensão concentrada
WG – Grânulos dispersíveis em água
1 – Recomendações de uso:
Culturas: batata, café, cana-de-açúcar, mandioca, soja, tomate e trigo.
Plantas daninhas controladas pelo metribuzim:
Algodão voluntário (Gossypium hirsutum)
Apaga-fogo (Alternanthera tenella)
Beldroega (Portulaca oleracea)
Braquiária (Brachiaria decumbens)
Capim-carrapicho (Cenchrus echinatus)
Capim-colchão (Digitaria horizontalis)
Capim-colonião (Panicum maximum)
Capim-marmelada (Brachiaria plantaginea)
Capim-pé-de-galinha (Eleusine indica)
Caruru-de-mancha (Amaranthus viridis)
Caruru-gigante (Amaranthus retroflexus)
Caruru-roxo (Amaranthus hybridus)
Catirina (Hyptis lophanta)
Cipó-de-veado (Polygonum convolvulus)
Corda-de-viola (Ipomoea aristolochiaefolia)
Desmodio (Desmodium tortuosum)
Erva-quente (Spermacoce latifolia)
Falsa-serralha (Emilia sonchifolia)
Gorga (Spergula arvensis)
Guanxuma (Sida rhombifolia)
Joá-de-capote (Nicandra physaloides)
Maria-mole (Senecio brasiliensis)
Mentrasto (Ageratum conyzoides)
Mentruz (Coronopus didymus)
Mostarda (Brassica rapa)
Nabo (Raphanus raphanistrum)
Picão-branco (Galinsoga parviflora)
Picão-preto (Bidens pilosa)
Poaia-branca (Richardia brasiliensis)
Quebra-pedra (Phyllanthus tenellus)
Serralha (Sonchus oleraceus)
Posicionamento: batata – a aplicação deve ser realizada em pré-emergência total (pré-emergência da cultura e das plantas daninhas) ou logo após a emergência. Para as aplicações após a emergência da cultura, não se deve aplicar sobre as plantas de batata se estas estiverem com mais de 5 cm de altura. Café – a aplicação deve ser realizada em pré-emergência das plantas daninhas, realizando a aplicação logo após a arruação, ou ainda logo após a emergência das plantas daninhas (com no máximo 4 folhas). Cana-de-açúcar – realizar a aplicação em pré-emergência da cultura e das plantas daninhas, ou logo após a emergência da cultura e das plantas daninhas. Mandioca – recomenda-se aplicar em pré-emergência da cultura, logo após o plantio da mandioca e antes das manivas brotarem, e em pré-emergência das plantas daninhas ou em pós-emergência inicial. Soja – recomenda-se a aplicação em pré-emergência total. Além disso, a mistura formulada de metribuzim + S-metolacloro deve ser aplicada uma única vez, logo após a semeadura, na pré-emergência total da cultura da soja e das plantas infestantes. Tomate – recomenda-se a aplicação a partir de duas semanas após o transplantio das mudas de tomate, em pré-emergência ou ainda em pós-emergência inicial das plantas daninhas. Trigo – Recomenda-se aplicar em pós-emergência da cultura, aplicando somente após o início do perfilhamento do trigo e em pós-emergência inicial das plantas daninhas. Recomenda-se o uso do produto exclusivamente em cultivares de trigo nacionais. Não é recomendado fazer mistura de tanque com outros agrotóxicos ou com adubo foliar.
Doses: 144 a 1920 g i.a./ha.
Consulte sempre um(a) engenheiro(a) agrônomo(a) e siga as prescrições da receita agronômica e da bula.
2 – Características físico-químicas do herbicida:
Grupo químico: triazinona.
Pressão de vapor: 1,6 x 10-5 Pa (20ºC).
Solubilidade: 1100 mg/L de água (20ºC).
pKa: 1,0 (base fraca).
Kow: 44,7.
3 – Comportamento nas plantas:
Absorção e translocação: absorvido pelas raízes e translocado pelo xilema para a parte aérea. Também é absorvido pela parte aérea, porém, em menor proporção. Em razão de sua físico-química, metribuzim não fica retido no floema, transportando-se, predominantemente, junto a corrente transpiratória.
Mecanismo de ação: inibidor da fotossíntese no FSII.
Classificação HRAC: grupo C1.
Sintomatologia: as plântulas tornam-se cloróticas logo após a emergência, evoluindo para necrose e morte em alguns dias.
Metabolismo e seletividade: diversas reações de detoxificação conferem tolerância em culturas como soja, tomate e trigo.
Casos de resistência: até o momento, nenhum relato no Brasil. Somam-se 30 relatos no mundo.
Mecanismos de resistência: sítio de ação alterado.
4 – Comportamento no ambiente:
Sorção: moderadamente adsorvido na maioria dos solos. Alta afinidade pela matéria orgânica e, em menor proporção, pela argila. Além disso, pHs elevados diminuem a adsorção.
Koc: 46,7 mL/g em solo arenoso com 1% de matéria orgânica e pH 4,3.
Kd: 0,246 mL/g, no referido solo.
Transformação: degradação microbiana é o principal meio de dissipação do metribuzim no solo.
Persistência: meia-vida sob condições ótimas de degradação é de 14 a 28 dias.
Mobilidade: lixivia facilmente em solos arenosos e com pH elevado.
Volatilização: perdas desprezíveis.
5 – Tecnologia de aplicação terrestre:
Volume de calda: 200 a 400 L/ha.
Preparação da calda: abasteça o reservatório do pulverizador até ¾ de sua capacidade com água limpa, mantendo o agitador ou retorno em funcionamento. Adicionar a quantidade correta de produto, previamente medido em recipiente graduado no reservatório do pulverizador, e então, completar o volume com água. A agitação deverá ser constante durante todo o processo de preparo e pulverização da calda. Prepare apenas a quantidade de calda necessária para completar o tanque de aplicação, pulverizando logo em seguida. Caso aconteça algum imprevisto que interrompa a agitação da calda, agitá-la vigorosamente antes de reiniciar a aplicação. Realizar o processo de tríplice lavagem da embalagem durante o preparo da calda.
Tamanho de gotas: aplicar o maior diâmetro de gotas possível para dar uma boa cobertura e controle (> 150 a 200 μm).
Pontas de pulverização: jato do tipo leque, exemplo 80.04.
Altura da barra: uniforme sobre o alvo, o mínimo possível, a depender da ponta de pulverização.
Velocidade do vento: entre 3 e 10 km/h.
Umidade do ar: superior a 55%, ideal superior a 70%.
Temperatura: inferior a 30ºC.
Incompatibilidades e limitações de uso: metribuzim não deve ser usado nas cultivares de soja FT-21 (Siriema), FT Cometa, Coodetec 206, BRS 132, Ufv-19, Ufv-20, Campos Gerais, FT- 1, FT – 11 (Alvorada) e Embrapa 132.
Facilitadores de eficácia: boa cobertura do alvo é essencial para elevada eficácia de controle do herbicida.
Literatura consultada:
AGROFIT. Sistemas de agrotóxicos fitossanitários. Disponível em: https://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons. Acesso em: 29 mar. 23.
HEAP, I. The international herbicide-resistant weed database. Disponível em: www.weedscience.org. Acesso em: 29 mar. 23.
RODRIGUES, B. N.; ALMEIDA, F. L. S. Guia de herbicidas. 7ª ed. Londrina, 2018. 764 p.
SHANER, D. L. Herbicide Handbook. 10th Edition, Weed Science Society of America, Lawrence, 2014. 513 p.
Cletodim
Cletodim controla diversas gramíneas como capim-amargoso, capim-arroz, capim pé-de-galinha e possui registro para 67 culturas!
Bixlozona é o novo herbicida autorizado no Brasil
Bixlozona controla capim-arroz, capim-amargoso, capim-pé-de-galinha, azevém e outras gramíneas.
Picloram
Recomendado para arroz, cana-de-açúcar, erradicação de eucalipto e pastagem, picloram controla folhas largas com o maior residual do mercado.
Lactofem
Aplicado em pós-emergência da soja, o lactofem controla caruru, erva-quente e muitas outras plantas daninhas. Saiba como usar esse herbicida!