O herbicida prometrina é seletivo para algodão, sistêmico, posicionado em pré e pós-emergência para o controle de mono e eudicotiledôneas.
Marcas comerciais: Gesagard 500 SC.
SC – Suspensão concentrada
1 – Recomendações de uso:
Culturas: algodão.
Plantas daninhas controladas por prometrina:
Beldroega (Portulaca oleracea)
Capim-colchão (Digitaria horizontalis)
Capim-pé-de-galinha (Eleusine indica)
Carrapichão (Xanthium cavanilesii)
Carrapicho-de-carneiro (Acanthospermum hispidum)
Caruru-de-mancha (Amaranthus viridis)
Corda-de-viola (Ipomoea grandifolia)
Erva-de-santa-luzia (Chamaesyce hirta)
Fedegoso (Senna occidentalis)
Guanxuma (Sida rhombifolia)
Picão-preto (Bidens pilosa)
Trapoeraba (Commelina benghalensis)
Posicionamento: prometrina pode ser aplicado logo após o plantio do algodão, nas condições de pré-emergência da cultura e das plantas daninhas. Ou ainda, quando a cultura atingir porte aproximado de 40 a 60 cm de altura e antes do fechamento das ruas do algodoeiro, em jato dirigido à entrelinha e em pós-emergência das plantas daninhas.
Doses: 750 a 1000 g i.a./ha.
Consulte sempre um(a) engenheiro(a) agrônomo(a) e siga as prescrições da receita agronômica e da bula.
2 – Características físico-químicas do herbicida:
Grupo químico: triazina.
Pressão de vapor: 1,6 x 10-4 Pa (25ºC).
Solubilidade: 33 mg/L de água (22ºC).
pKa: 4,09 (20ºC). Prometrina comporta-se como base fraca.
Kow: 1212 (25ºC).
3 – Comportamento nas plantas:
Absorção e translocação: Quando absorvido pelas folhas, a mobilidade é muito reduzida ou nula. No entanto, quando absorvido pelas raízes, é móvel pelo xilema, acumulando-se nas folhas mais velhas, por onde iniciam os sintomas.
Mecanismo de ação: inibidor da fotossíntese, no fotossistema II.
Classificação HRAC: grupo C1.
Sintomatologia: clorose internerval das folhas, seguida de amarelecimento das bordas, clorose generalizada, necrose e morte da planta. Além disso, pode ocorre o bronzeamento do ápice foliar.
Metabolismo e seletividade: prontamente metabolizado pelas plantas tolerantes. A seletividade para plantas com sistema radicular profundo como citros e café também é conferida pela posição do herbicida na superfície do solo.
Casos de resistência: biótipos de caruru (Amaranthus retroflexus e A. viridis) foram relatados como resistentes a prometrina em lavouras de algodão, no Brasil.
Mecanismos de resistência: sítio de ação alterado.
4 – Comportamento no ambiente:
Sorção: moderadamente adsorvido ao solo.
Koc: média de 400 mL/g.
Kd: 3,18 mL/g em solo argilo-siltoso com 1,2% de matéria orgânica e pH 6,9.
Transformação: metabolismo por microrganismos aeróbicos é a via mais importante de dissipação em condições de campo.
Persistência: meia-vida média de 60 dias.
Mobilidade: não detectado abaixo de 30 cm de profundidade.
Volatilização: baixas perdas por volatilização.
5 – Tecnologia de aplicação terrestre:
Volume de calda: 150 a 300 litros de calda por hectare.
Preparação da calda: o produto, nas quantidades pré-determinadas, poderá ser despejado diretamente no tanque do pulverizador parcialmente cheio (¹/4 do volume cheio), com o sistema de agitação em funcionamento. Em seguida, completar o volume com água.
Tamanho de gotas: não especificado em bula.
Pontas de pulverização: utilizar bicos leque do tipo Teejet – 80.02, 80.03, 80.04, 110.02, 110.03, 110.04 ou similares.
Altura da barra: não especificado em bula.
Velocidade do vento: evitar aplicações com ventos superiores a 10 km/h.
Umidade do ar: mínima de 55%.
Temperatura: máxima de 27ºC.
Facilitadores de eficácia: o solo deve estar bem preparado, com as operações usuais de aração, gradagem, nivelamento superficial, de modo a obter a camada de solo livre de torrões, cujas condições são as mais apropriadas para a semeadura e para a aplicação de herbicidas específicos ao sistema de plantio adotado. Além disso, a umidade é fundamental para a ativação do herbicida, através da incorporação e distribuição do produto no perfil do solo, de modo a assegurar o pleno funcionamento, proporcionando uma melhor atividade sobre espécies com hábito de germinar nas diferentes profundidades no solo (0 a 12 cm).
Literatura consultada:
AGROFIT. Sistemas de agrotóxicos fitossanitários. Disponível em: https://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons. Acesso em: 16 abr. 23.
HEAP, I. The international herbicide-resistant weed database. Disponível em: www.weedscience.org. Acesso em: 16 abr. 23.
RODRIGUES, B. N.; ALMEIDA, F. L. S. Guia de herbicidas. 7ª ed. Londrina, 2018. 764 p.
SHANER, D. L. Herbicide Handbook. 10th Edition, Weed Science Society of America, Lawrence, 2014. 513 p.
Residual de picloram: o que influencia na persistência do herbicida?
Entenda e reduza as chances de injúria!
MCPA
MCPA é recomendado para o controle de buva, caruru, corda-de-viola, leiteiro, nabo, picão, poaia e trapoeraba. Conheça melhor esse herbicida!
Hexazinona
Controle buva, capins, caruru, erva-quente, losna e muitas outras plantas daninhas na cana-de-açúcar com hexazinona.
Lactofem
Aplicado em pós-emergência da soja, o lactofem controla caruru, erva-quente e muitas outras plantas daninhas. Saiba como usar esse herbicida!