Conheça e aplique melhor os herbicidas

S-metolacloro

O herbicida S-metolacloro é seletivo, sistêmico, posicionado em pré-emergência para o controle de mono e eudicotiledôneas.

Acesso rápido

Marcas comerciais
Isolado:
Dual Gold
Dual Gold 915 EC
Gardomil
Lucens
Metagan
Metolox 96 EC
Metraro
S-Metolacloro 960 EC Proventis
S-Metolacloro 969 EC PLS CL1
Misturas formuladas:
Apresa (flumioxazina + S-metolacloro),
Boundary EC (metribuzim + S-metolacloro),
Cheval (glufosinato + S-metolacloro),
Eddus (fomesafem + S-metolacloro),
Eddus EC (fomesafem + S-metolacloro),
Equinox (S-metolacloro + sulfentrazona),
Fegrat (hexazinona + S-metolacloro),
Grover (hexazinona + S-metolacloro),
Grover SE (hexazinona + S-metolacloro),
Lifeline-SYNC (glufosinato + S-metolacloro),
Primagram Gold (atrazina + S-metolacloro),
Primaiz Gold (atrazina + S-metolacloro),
Primestra Gold (atrazina + S-metolacloro),
Raprus (glifosato + S-metolacloro),
Sequence (glifosato + S-metolacloro),

EC – Concentrado emulsionável
EW – Emulsão óleo em água
OD – Dispersão de óleo ou suspensão concentrada em óleo
SC – Suspensão concentrada
SE – Suspo-emulsão

 

1 – Recomendações de uso

Culturas: algodão, amendoim, aveia, caju, cana-de-açúcar, canola, canola, caqui, carambola, centeio, cevada, ervilha, feijão, feijão-caupi, feijão-fava, figo, girassol, goiaba, grão-de-bico, lentilha, mandioca, mangaba, milho, plantas ornamentais, soja, sorgo, trigo, triticale, uva e uva-de-mesa.
Plantas daninhas controladas pelo S-metolacloro:
Arroz-daninho (Oryza sativa)
Azevém (Lolium multiflorum)
Beldroega (Portulaca oleracea)
Capim-amargoso (Digitaria insularis)
Capim-arroz (Echinochloa crusgalli)
Capim-braquiária (Brachiaria decumbens)
Capim-carrapicho (Cenchrus echinatus)
Capim-colchão (Digitaria horizontalis)
Capim-colonião (Panicum maximum)
Capim-custódio (Pennisetum setosum)
Capim-marmelada (Brachiaria plantaginea)
Capim-pé-de-galinha (Eleusine indica)
Caruru-de-mancha (Amaranthus viridis)
Caruru-rasteiro (Amaranthus deflexus)
Caruru-roxo (Amaranthus hybridus)
Erva-de-coração (Chamaecrista rotundifolia)
Erva-quente (Spermacoce latifolia)
Joá-de-capote (Nicandra physaloides)
Maria-pretinha (Solanum americanum)
Picão-branco (Galinsoga parviflora)
Poaia-branca (Richardia brasiliensis)
Trapoeraba (Commelina benghalensis)
Posicionamento: de modo geral, aplicar S-metolacloro em pré-emergência das culturas e das plantas daninhas. No algodão, pode ser realizada aplicação sequencial, com uma aplicação em pré-emergência da cultura, seguida por uma aplicação em pós-emergência inicial. No entanto, sempre em pré-emergência das plantas daninhas. No milho, pode ser aplicado até o estádio de charuto e na soja, no estádio de palito de fósforo (cotilédones fechados). Para a aplicação em sorgo, as sementes da cultura devem ser previamente tratadas com o protetor fluxofenim (Benefic). Em aveia, cevada, centeio, trigo e triticale podem ser realizadas aplicações em pré-emergência das culturas e das plantas daninhas (plante e aplique), pós-emergência das culturas e pré-emergência das plantas daninhas e sequencial (pré + pós). Para tal, a semeadura dessas culturas deve ser realizada com boa cobertura da semente pelo solo, a uma profundidade mínima de 3 cm.
Atrazina + S-metolacloro é indicado para o controle pré e pós-emergente precoce em milho.
Flumioxazina + S-metolacloro deve ser aplicado após a semeadura, porém em pré-emergência das plantas daninhas e da soja.
Fomesafem + S-metolacloro deve ser aplicado após a semeadura, porém em pré-emergência das plantas daninhas, do algodão e da soja.
Glifosato + S-metolacloro é recomendado para dessecação pré-plantio e em pós-emergência de algodão, soja e milho resistentes ao glifosato. Além disso, é utilizado em pré-plantio ou em jato dirigido em eucalipto.
Glufosinato + S-metolacloro é recomendado para a dessecação pré-plantio de soja, milho e algodão, assim como, em pós-emergência inicial, em jato dirigido, nesta última cultura. Além disso, pode ser aplicado em pós-emergência de cultivares geneticamente modificadas para tolerar glufosinato.
Hexazinona + S-metolacloro é posicionada em pré-emergência, na cana-de-açúcar, desde a germinação até a fase de esporão.
Metribuzim + S-metolacloro deve ser aplicado após a semeadura, porém em pré-emergência das plantas daninhas e da soja.
Sulfentrazona + S-metolacloro é recomendado em pré-emergência das plantas daninhas e da cultura da soja e da cana-de-açúcar.
Doses: 960 a 2880 g i.a./ha, a depender da cultura, alvos e textura do solo.

Consulte sempre um(a) engenheiro(a) agrônomo(a) e siga as prescrições da receita agronômica e da bula.

 

2 – Características físico-químicas do herbicida

Grupo químico: cloroacetanilida.
Pressão de vapor: 1,73 x 10-3 Pa (20ºC) e 3,73 x 10-3 Pa (25ºC).
Solubilidade: 488 mg/L de água (20ºC).
pKa: não ionizável.
Kow: 794.

 

3 – Comportamento nas plantas

Absorção e translocação: absorvido pela parte aérea durante a emergência do solo, em especial pelo coleóptilo das gramíneas e hipocótilo das folhas largas. Por outro lado, a absorção radicular é menos importante. A absorção após a emergência também ocorre, no entanto, o herbicida não é fitotóxico nesse estádio.
Mecanismo de ação: inibidor da síntese de ácidos graxos de cadeia muito longa (VLCFA).
Classificação HRAC: grupo K3.
Sintomatologia: inibição da emergência de plantas daninhas muito suscetíveis. As plântulas de gramíneas que emergem, se apresentam malformadas e com as folhas enroladas em espiral. Em folhas largas, a nervura central normalmente é encurtada, conferindo um aspecto de coração ao limbo foliar.
Metabolismo e seletividade: a seletividade é conferida por sucessivas reações metabólicas que levam a desativação do herbicida por clivagem, conjugação com glucose, glutationa, homoglutationa, oxidação, redução, dentre outras.
Casos de resistência: biótipos de azevém (Lolium rigidum) e caruru (Amaranthus palmeri e A. tuberculatus) foram relatados como resistentes na Austrália e Estados Unidos.
Mecanismos de resistência: metabolismo aumentado e, em alguns casos, o mecanismo de resistência não foi elucidado.

 

4 – Comportamento no ambiente

Sorção: moderadamente adsorvido ao solo.
Koc: 66,7 mL/g em solo argiloso com 4,8% de matéria orgânica, 42% de argila e pH 5,9.
Kd: 1,869 mL/g em solo argiloso com 4,8% de matéria orgânica, 42% de argila e pH 5,9.
Transformação: fotodegradação é importante forma de dissipação em condições de campo. Em especial, quando o herbicida é mantido na superfície do solo após a aplicação (ausência de chuvas para incorporação). Além disso, a dissipação também ocorre via degradação microbiana.
Persistência: dependente das condições ambientais e das características do solo. A meia-vida em condições de campo pode variar de 30 dias a 5 meses.
Mobilidade: comumente não é encontrado abaixo de 45 cm de profundidade.
Volatilização: geralmente baixa. No entanto, pode ocorrer se mantido na superfície do solo, sob elevadas temperaturas.

 

5 – Tecnologia de aplicação terrestre

Volume de calda: 150 a 300 L/ha.
Preparação da calda: o produto, na quantidade pré-determinada, deve ser despejado diretamente no tanque do pulverizador parcialmente cheio (1/4 do volume) e com o sistema de agitação em funcionamento. Em seguida completar o volume de água.
Tamanho de gotas: acima de 350 micra.
Pontas de pulverização: bicos leque tipo Teejet – 80.02, 80.03, 80.04, 110.02, 110.03, 110.04 ou similares. Nas regiões sujeitas a ventos acentuados, as aplicações em pré-emergencia poderão ser feitas com uso de bicos anti-deriva do tipo FULLJET, como o FL5, FL6, FL8.
Altura da barra: o mínimo possível para viabilizar cobertura uniforme do alvo.
Velocidade do vento: entre 3 e 15 km/h.
Umidade do ar: superior a 55%.
Temperatura: inferior a 30ºC.

 

6 – Incompatibilidades e limitações de uso

Na cultura do feijão, S-metolacloro é recomendado para as variedades Carioquinha, IAPAR 44, IAPAR 14, Minuano e Itaporé.

7 – Facilitadores de eficácia

No sistema convencional, o solo deve estar bem preparado com as operações usuais de aração, gradagem e nivelamento superficial, de modo a obter a camada de solo livre de torrões, cujas condições são as mais apropriadas para a semeadura e aplicação dos herbicidas. Além disso, nas áreas com altas infestações de espécies que germinam nas camadas mais profundas como capim-marmelada, capim-carrapicho, capim-braquiária e trapoeraba, a última gradagem que antecede o plantio deverá ser feita no máximo 3 dias antes da semeadura e da aplicação do herbicida. Nos sistemas sem revolvimento do solo, é importante conjugar S-metolacloro com dessecantes. Ainda, para maior eficácia, é essencial que o solo deve esteja úmido ou ocorra chuva após a aplicação, uma vez que a umidade promove a ativação e incorporação do herbicida e germinação das sementes.

Conheça outros herbicidas inibidores de ácidos graxos de cadeia muito longa:

Conheca e aplique melhor mobile - S-metolacloro

Alacloro

O alacloro controla plantas daninhas como capins, caruru e trapoeraba nas culturas do algodão, amendoim, café, cana-de-açúcar, milho e soja.

Ver herbicida »
Conheca e aplique melhor mobile - S-metolacloro

Acetocloro

O herbicida acetocloro é seletivo, de ação não sistêmica, posicionado em pré-emergência para o controle de mono e eudicotiledôneas.

Ver herbicida »

Literatura consultada:
AGROFIT. Sistemas de agrotóxicos fitossanitários. Disponível em: https://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons. Acesso em: 1 mai. 23.
HEAP, I. The international herbicide-resistant weed database. Disponível em: www.weedscience.org. Acesso em: 1 mai. 23.
RODRIGUES, B. N.; ALMEIDA, F. L. S. Guia de herbicidas. 7ª ed. Londrina, 2018. 764 p.
SHANER, D. L. Herbicide Handbook. 10th Edition, Weed Science Society of America, Lawrence, 2014. 513 p.

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