O herbicida piritiobaque-sódico é seletivo, sistêmico, posicionado em pré e pós-emergência para o controle de mono e eudicotiledôneas.
Marcas comerciais: Staple 280 CS.
SL – Concentrado solúvel
1 – Recomendações de uso:
Culturas: algodão.
Plantas daninhas controladas pelo piritiobaque-sódico:
Beldroega (Portulaca oleracea)
Carrapicho-de-carneiro (Acanthospermum hispidum)
Caruru (Amaranthus viridis)
Corda-de-viola (Ipomoea grandifolia, Ipomoea aristolochiaefolia)
Leiteiro (Euphorbia heterophylla)
Picão-preto (Bidens pilosa)
Trapoeraba (Commelina benghalensis)
Posicionamento: o piritiobaque-sódico pode ser aplicado em pré-emergência do caruru e da beldroega, assim como, em pós-emergência das demais plantas daninhas para as quais é recomendado. Além disso, no caso de leiteiro e trapoeraba, ainda é possível a realização de aplicações sequenciais, espaçadas de 10 a 30 dias.
Doses: 42 a 140 g i.a./ha.
Consulte sempre um(a) engenheiro(a) agrônomo(a) e siga as prescrições da receita agronômica e da bula.
2 – Características físico-químicas do herbicida:
Grupo químico: análogo de ácido pirimidiniloxibenzóico.
Pressão de vapor: 4,8 x 10-8 Pa (25ºC).
Solubilidade: 760 g/L de água (pH 4,5, 10ºC).
pKa: 2,34 (ácido fraco).
Kow: log Kow = -0,84 (pH 7).
3 – Comportamento nas plantas:
Absorção e translocação: absorvido pelas raízes e parte aérea. Piritiobaque-sódico apresenta mobilidade primária via floema.
Mecanismo de ação: inibidor de Acetolactato sintase (ALS).
Classificação HRAC: grupo B.
Sintomatologia: inibição rápida do crescimento, seguida de clorose da região meristemática, que evolui para necrose e morte em semanas.
Metabolismo e seletividade: metabolizado pelo algodão.
Casos de resistência: biótipos de picão-preto (Bidens pilosa), caruru (Amaranthus retroflexus) e mentrasto (Ageratum conyzoides) foram relatados como resistentes no Brasil.
Mecanismos de resistência: sítio de ação alterado.
4 – Comportamento no ambiente:
Sorção: fracamente adsorvido.
Transformação: piritiobaque-sódico é passível de degradação fotoquímica e microbiana.
Persistência: meia-vida estimada de 60 dias.
Mobilidade: maior em solos com pH elevado e baixo teor de matéria orgânica.
Volatilização: muito baixa volatilidade.
5 – Tecnologia de aplicação terrestre:
Volume de calda: 200 a 400 L/ha.
Preparação da calda: o sistema de agitação do tanque deve ser mantido em funcionamento durante toda a aplicação.
Tamanho de gotas: não especificado em bula.
Pontas de pulverização: bicos cônicos.
Altura da barra: mínimo para viabilizar cobertura uniforme dos alvos.
Velocidade do vento: evitar ventos acima de 10 km/h.
Umidade do ar: preferivelmente, acima de 70%.
Temperatura: inferior a 27ºC.
Incompatibilidades e limitações de uso: não misturar com malatiom e S-metolocloro.
Facilitadores de eficácia: adicionar óleo mineral, conforme prescrito em bula.
Literatura consultada:
AGROFIT. Sistemas de agrotóxicos fitossanitários. Disponível em: https://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons. Acesso em: 14 abr. 23.
HEAP, I. The international herbicide-resistant weed database. Disponível em: www.weedscience.org. Acesso em: 14 abr. 23.
RODRIGUES, B. N.; ALMEIDA, F. L. S. Guia de herbicidas. 7ª ed. Londrina, 2018. 764 p.
SHANER, D. L. Herbicide Handbook. 10th Edition, Weed Science Society of America, Lawrence, 2014. 513 p.
Acetocloro
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